De repente é amor (Reescrita)

CAPÍTULO 12

Antony Hernandez

Não sei porque fugi dela, não estou entendendo o que está acontecendo comigo. Meu plano de vingança já tinha ido para o brejo há muito tempo. Eu sentia que estava me apaixonando e não queria que isso acontecesse.

Entrei em meu quarto e fui tomar um banho frio. Meu corpo queimava, eu sentia a mesma sensação de quando me apaixonei pela Susan. Não quero passar por aquilo novamente, depois do que aconteceu com ela eu construí um muro enorme em volta do meu coração, mas sinto que ele está se ruindo aos poucos e isso me preocupa. Fecho os meus olhos enquanto a água fria escorre pelo meu corpo, então as lembranças começam a bombardear minha mente.

— Susan você quer casar comigo? — Digo me ajoelhando e abrindo a caixinha com um enorme anel de brilhantes.

— Sim, claro que sim, Tony. — Ela diz enquanto leva as mãos para sua boca e chora. Coloco o anel em seu dedo, me levanto e a beijo intensamente.

Balanço minha cabeça tentando me desviar daquele devaneio, não quero relembrar o passado, não esse passado que tanto dói. Volto para minha cama e tento dormir, mas minha mente volta a pessoa que está a uma parede de distância de mim, seu toque, seu beijo, como sua boca é doce e seu perfume que tanto me inebria. Fecho os olhos na vã tentativa de dormir, mas o sono não vem, resolvo ligar a TV em qualquer canal. Está passando um programa aleatório, não sei quando dormi.

Ouço um grito estridente vindo do quarto da Linda, me levanto rapidamente e coloco um moletom já que eu estava só com uma cueca box. Saio correndo em direção ao quarto dela, quando abro a porta me assusto com a cena que vejo.

— O que você fez Linda? — Pergunto já me aproximando dela e a pegando em meus braços.

— Para Antony! Está doendo muito. — Ela gritava de dor e aquilo me doía, mas não tinha outro jeito de levá-la para a cama.

— Calma, já estou te colocando na cama. Chamarei o médico. — Deixo-a na cama e pego o meu celular já saindo pela porta, eu estava muito nervoso com aquela situação.

Ligo para o Doutor Francis que me atende prontamente. Diz que em breve estaria aqui, pergunto se posso colocar a compressa de gelo na perna, ele afirma que sim. Sigo para a cozinha, pego a compressa o mais rápido que pude e subo para o quarto de Linda. Não entendo porque aquela teimosia toda, eu disse para ela me chamar, qual a parte de "qualquer coisa é só me chamar" que ela não entendeu. Estou muito furioso, e se ela se machucou mais do que já estava? Que mulher teimosa do caralho. Entro no quarto, ela me olha e diz:

— Não queria te incomodar com uma coisa tão simples. — Diz sem graça.

— Simples Linda! E se isso tiver prejudicado ainda mais sua perna? Você não pensou nas consequências? Eu disse para me chamar, porra! — Eu estava furioso.