CAPÍTULO 14

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Antony Hernandez

Não conseguia parar de pensar nela! Seu cheiro, seu beijo, seu corpo junto ao meu. Olhei para o relógio e decidi mandar uma mensagem, sei da sua teimosia e imagino que esteja procrastinando em tomar os remédios.

Antony: Não trapaceie Linda! Tome seus remédios.

Sei que ficará brava comigo, mas não resisto a tentação de provocá-la.

Linda: Por acaso você está me vigiando? 🤔

Pior que não! Tentei a sorte e não é que deu certo?!

Antony: Não preciso te vigiar, já conheço seus pensamentos teimosos. 😉

Linda: Bobo.

Sorrio do seu jeitinho.

Antony: Toma logo!

Linda: Já tomei. Satisfeito?

Antony: Agora sim! Tenha uma boa manhã. Daqui a pouco estarei aí. 😘

Depois da confirmação que ela tomou os remédios, voltei a minha atenção para o enorme projeto que estava no comando, que por sinal estava bem atrasado. Tive que me adaptar ao trabalho e à vida no hospital e aquilo acabou atrasando algumas das minhas obras. A minha sorte era que Arthur me ajudava em tudo. Não sei o que seria de mim sem ele.

Falando nele...

— Bom dia, flor do dia! — Diz se aproximando e senta na cadeira à minha frente.

— Bom dia...

— Parece que seu humor não está bom hoje?! — Diz com a sobrancelha erguida, cruzando os braços.

— Só muito trabalho... — Suspiro e retiro meus óculos de grau do rosto.

— Deve ter acumulado né...

— E como. Mesmo você me ajudando, ainda tem muitas coisas a se fazer. Fora o nosso projeto, mas esse ainda temos tempo.

— Então... é sobre isso que quero falar. Temos que começar a elaborar as plantas do Shopping.

— Eu sei Arthur. Deixa eu apenas concluir uns projetos atrasados e começamos. Só quero essa semana para organizar minhas coisas.

— Tudo bem. Como está a Linda? — Pergunta.

— Tirando que ontem ela caiu por teimosia, está bem... — Coloco meu óculos e continuo a analisar o relatório à minha frente.

— Como assim caiu?! — Diz assustado.

— Cismou de ir ao banheiro sozinha e caiu. Tive que chamar o doutor Francis de madrugada. — Bufo. — Nunca vi mulher mais teimosa.

— Pior que a Thaís certeza que não é. — Murmurou pensativo.

— O que disse? — Pergunto com a sobrancelha erguida.

— Disse que ela não deve ser pior que a Thaís. Essa mulher me deixa maluco. Acredita que me envolvi numa briga por causa dela?

— Você sempre foi sensato. O que fez você perder a cabeça?

— Um babaca! Não suportei ver ela dizendo que não e o cara querendo pegar ela à força. — Suspira. — Arrebentei a cara dele sem dó.

Retiro meus óculos e o encaro.

— Ciúmes Arthur? — Digo com sarcasmo e começo a rir. — Não acredito que vivi para ver o mulherengo do Arthur de quatro por uma mulher?!

— Não enche a porra do meu saco. Não estou de quatro por ninguém! — Diz furioso.

De repente é amor (Reescrita)Onde histórias criam vida. Descubra agora