Simplesmente Amor [COMPLETO]

Capítulo 15

OLÍVIA

Entrei no restaurante de Aaron, e estava cheio pelo visto o Francesinho tem uma grande clientela, vi um garçom servindo algumas meses e me aproximei.

— Com licença, o Aaron está?

Ela olhou para mim com a testa levemente franzida.

— Da última vez que o vi, ele estava no escritório quer que eu o chame?

— Bom, na verdade você poderia me levar lá? É urgente.

Ele pensou em questionar, mas de certo notou minha feição séria e percebeu que realmente se tratava de algo importante.

— Me siga.

Ele me levou até a porta do escritório do Aaron que ficava um entrada depois da cozinha. O agradeci, assim que ele foi embora dei duas batidas na porta.

— Está aberta, pode entrar.

A voz de Aaron ecoou através da porta, dei um pequeno suspiro antes de entrar, assim que entrei o encontrei sentado analisando alguns papéis.

Ao notar minha presença ele levantou a cabeça, e ao notar que se tratava de mim, me olhou totalmente confuso.

— Olívia?

— Não, a Beyoncé. —revirei os olhos, enquanto ele torceu a boca.

— Se veio para brigar... —o interrompi.

— Não, me desculpe. —dei um pequeno suspiro. — É que as vezes você extrapola. Mas eu não vim para brigar, Aaron precisamos conversar.

— Estou ouvindo.

— Foi a Alissa, foi ela quem pedia para o Edgar bater em Laura e tentar abusar da Lola.

Ele me olhou raivoso e levantou brutalmente me olhando sério.

— Você enlouqueceu, Olívia?! Que você não gosta dela, isso eu já percebi mas daí à acusá-la de se juntar com um bandido, é um pouco demais!!

Passei as mãos no rosto em frustração, e olhei para ele novamente que parecia furioso comigo.

— Aaron só me escuta está bem? —perguntei e ele assentiu. — Lembra do dia que você quase me atropelou?

— Com o carro parado você quer dizer?

— Isso não importa. —revirei os olhos. — Nesse dia, eu estava seguindo a Alissa, porque eu sabia que ela estava aprontando algo, então ela foi até uma favela, onde ela estava aos beijos com um homem.

— E daí?

— E daí, que esse homem era o Edgar, o padrasto da Lola. —Aaron dessa vez olhava estupefato para mim. — No início eu achei estranho, já que ele era bem mais velho do que ela, até que quando vi seu rosto, tive quase certeza que eu já o tinha o visto antes.

— E ontem você teve a certeza. —concluio, eu assenti em resposta.

— Sim, eu devia ter o visto antes em alguma foto quando fui para a casa da Lola.

Ele passou as mãos no rosto e voltou a me olhar totalmente confuso.

— Isso não faz sentido algum! Porque a Alissa iria fazer tudo isso?

Fechei brevemente os olhos, acho que agora é hora certa para ele saber.

— Tem uma coisa que você não sabe. —confessei o fazendo franzir a testa.

— O quê?

— Há dois anos atrás, eu, Lola e Alissa éramos melhores amigas, éramos inseparáveis, todas nos conhecemos no shopping onde eu trabalho atualmente, éramos como se fôssemos irmãs, até que um dia Lola conheceu um rapaz, seu nome era Matt. Ele era sobrinho do nosso chefe, ele se encantou pela Lola e eles começaram à sair, em pouco tempo eles começaram a namorar, foi nesse tempo que a Alissa começou a ficar estranha.

— Estranha como?

— Ela começou a se afastar de nós, sempre que chamávamos ela para sair ela arrumava uma desculpa para não ir, e no trabalho nos evitava. Então, Lola e eu concordamos que ela precisava de um tempo para ela. Alguns dias se passaram até que Lola decidiu apresentar Matt para a sua mãe, ela me convidou para o jantar e também convidou a Alissa, mas ela recusou. Bom, a hora no jantar havia chegado e Matt estava atrasado uma hora, claro que nós ficamos preocupadas ele era sempre pontual, foi aí que resolvemos ir na casa dele ver o que tinha acontecido.

— E o quê aconteceu? —Aaron estava sério, prestando atenção em cada detalhe que eu contava.

— Quando chegamos na casa dele, a porta estava aberta, assim que entramos tudo estava em silêncio, seguimos até o quarto dele, foi então que tivemos a maior surpresa que poderíamos ter.

— Fala de uma vez, Olívia!

— Encontramos Matt e Alissa dormindo agarradinhos e pelados! Me dói só de lembrar como a Lola ficou.

— Bom, pelo o que entendi quem teria que ficar com raiva seria a Lola e não a Alissa.

— Calma, a história ainda não acabou. —dei um suspiro antes de continuar. — A Lola ficou arrasada, até porque seria uma traição em dose dupla. Mas aquela história estava muito mal contada, até porque no dia seguinte Matt foi atrás da Lola sem entender nada do que aconteceu, mas por algum motivo eu acreditava nele, então fui procurá-lo e montamos um plano.

— Um plano?

— Sim, para desmascarar a Alissa, eu sabia que a culpa de tudo era dela. Então, combinei com o Matt o seguinte, colocamos uma câmera na casa dele, e em seguida ele chamou a Alissa. Ele fingiu que sabia do que ela tinha feito, e à agradeceu pois queria mesmo se livrar da Lola, foi aí que ela confessou tudo. Confessou que foi até a casa do Matt na noite do jantar e que colocou sonífero na água que ele bebeu, e era por isso que ele não se lembrava de nada.

— Então foi tudo uma armação dela?

— Exatamente! Eu peguei as gravações e coloquei em um telão no shopping para todos verem quem era ela de verdade, claro que o nosso chefe ficou furioso e não pensou duas vezes para demiti-la, afinal se tratava do sobrinho dele. Desde desse dia ela jurou que se vingaria, a Lola e o Matt até reataram o namoro, mas acabou não dando certo. Entendeu agora, o porque ela nos odeia tanto e seria capaz de tudo! Na primeira vez que eu vim aqui, foi ela quem salgou a minha comida, você lembra?

Aaron estava andando de um lado para o outro visivelmente nervoso.

— Claro que eu lembro. Tudo isso é tão surreal!

Fui até ele, e segurei seus ombros com ambas as minhas mãos, e olhei profundamente para dentro dos seus olhos.

— Aaron, eu preciso que acredite em mim. —seus olhos analisaram os meus e continuamos a nos olhar. — Você acredita em mim, não é?