Capítulo 23

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OLÍVIA

— Só pode ser esse o motivo, Lola.

Não consegui tirar a maneira estranha que Aaron agiu quando falei de conhecer seus pais, então logo cedo antes de ir para o trabalho decidi ligar para ela.

— Então deixa eu ver se eu entendi bem. Você está dizendo que Aaron se recusou a te apresentar para os pais, porque tem vergonha de você? Olívia, você pode ouvir o que está dizendo? Isso é um absurdo.

— Não, Lola, não é tão absurdo assim. —insisti. — Então se não foi por isso foi pelo o que?

— Não sei. Mas tenho certeza que ele deve ter os motivos dele.

Bufei irritada.

— Afinal de que lado você está, Lola? Do meu ou do dele?!

— Do seu, é claro. —eu quase podia ver ela revirar os olhos. — Eu quase esqueci o mal humor que você tem logo cedo.

Quando eu ia respondê-la, uma voz do outro lado do telefone me interrompeu.

— Lola você viu a minha cueca?!

Fiz uma careta.

Eu mereço.

— Já vou querido. Olívia eu preciso ir, depois eu te ligo, e pelo amor de Deus, não faça nenhuma besteira.

Me despedi dela, e fui direto para o trabalho, mesmo tentando me concentrar eu não conseguia tirar a mesma coisa da cabeça.

Porque Aaron não quer que eu conheça seus pais.

Não sabia que esse shopping estava tão bem frequentado.

Saí dos meus devaneios ao ouvir uma voz, logo à minha frente estava uma mulher, que aparentemente estava em seus quarenta anos.

— O que disse? —perguntei um pouco curiosa.

Ela estava segurando algumas sacolas, de certo já estava indo embora.

— Aquele pedaço de mal caminho ali. —apontou com a cabeça, olhei para frente me surpreendendo ao notar que se tratava de Aaron.

Ele estava parado na estrada do shopping, distraído em alguma coisa no celular, eu estava tão distraída que mal notei que meu turno havia acabado.

Voltei meu olhar para a tal mulher oferecida, tentando não demonstrar minha raiva.

— Pois é. —encostei meus braços no balcão, recebendo o olhar dela. — Mas com certeza deve ter uma namorada, e sem dúvidas não deve ser uma velha ofericada como a senhora.

Ela arregalou os olhos surpresa por minhas palavras, e antes que ela pudesse pronunciar qualquer palavra, Aaron se aproximou de nós.

— Oi, amor. —cumprimentou-me.

Sorri para ele, e sem que ele esperasse o puxei para um beijo, olhei de esgueira para a tal mulher que continha uma cara nada agradável.

Simplesmente Amor [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora