Simplesmente Amor [COMPLETO]

Capítulo 7

OLÍVIA

Fazia cerca de dez minutos, que eu estava, desesperada ligando para Lola.

Eu estava sentada no banco de uma praça, chorando igual a uma idiota, chorando por alguém que não merece nenhuma lágrima.

Eu não estava chorando por ele, estava chorando de raiva por eu ter sido tão idiota durante todo esse tempo.

Estava bem na cara e eu nunca percebi. Parei de tentar de ligar para Lola, ela não iria me atender.

Eu precisava tirar minhas roupas da casa daquele cretino rápido, eu não fico ali nem mais um dia.

Como eu queria que meus pais estivessem vivos para cuidarem de mim. Com esse pensamento levanto minha cabeça e olho para o céu estrelado.

Nesse momento noto que um carro para bem na minha frente, franzi a testa.

Só era o que me faltava, ser assaltada.

O motorista abaixa o vidro do carro, e reviro os olhos ao ver de quem se trata.

— Barraqueira?

Ótimo, era tudo o que eu precisava agora, bufei impaciente, hoje sem dúvidas não é o meu melhor dia.

— Quer parar de me chamar assim?! —esbravejei irritada.

Ele ia falar alguma coisa, mas desiste ao reparar o meu rosto, então ele faz uma pequena ruga na testa.

— Você estava chorando? —perguntou parecendo um pouco preocupado.

Revirei os olhos.

— Não, é que meus olhos estão suando, não percebe?!

O francesinho desceu do carro, e ficou bem na minha frente.

— O quê houve?

— Olha, por favor me deixe em paz. —pedi, tentando ser a mais calma possível. — Eu não estou no clima para brigar.

— Imagina se estivesse. —resmungou baixinho, olhei feio para ele que levantou as mãos para cima em sinal de rendição. — Não está mais aqui quem falou. —sorriu para mim. — pourquoi pleurais-tu?

Fiz uma careta para ele, definitivamente francês não é para mim.

— Dá para falar minha língua, por favor?

— Oui. —sorriu largamente para mim, me odiei por ainda achar aquele sorriso bonito. — Porque você estava chorando?

Justo quando eu preciso de alguém para desabafar, esse francesinho aparece na minha frente.

— Por que te interessa?

Ele deu de ombros, e sentou-se ao meu lado no banco, deixando-me intrigada.

— Acho que não tivemos uma primeiro impressão muito boa.

— Definitivamente não. —asseverei.

— Mas podemos mudar isso, o quê acha? —ergueu a sobrancelha em minha direção, enquanto sorria. — Vamos recomeçar do zero, o que acha?