Capítulo 5

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OLÍVIA

— Você está me seguindo?! —perguntou-me erguendo uma de suas malditas sobrancelhas.

Sem me conter soltei uma grande gargalhada em deboche.

— Eu? Te seguindo? —apontei para ele. — Claro, até porque todo o mundo gira em seu redor.

Sem que eu esperasse ele sorriu, mostrando suas covinhas, que até a pouco eu não sabia que existia.

Me maltratei interiormente por reparar em tal ação.

— Você não gosta de mim mesmo em?  —indagou ainda com um sorrisinho nos lábios.

— Deveria? —cruzei os braços enquanto revirava meus olhos.

— E por que não? —aproximou-se, encurtando nossa distância, ficando a pouco centímetros do meu rosto.

Por algum motivo, essa aproximidade fez meu coração bater mais rápido, como se quisesse ganhar alguma maratona.

Assustei-me com minha reação, e por impulso joguei a água que estava em minhas mãos em seu rosto.

— Nunca mais se aproxime de mim! —esbravejo apontando o dedo para ele.

O mesmo permaneceu estático como se ainda tentasse assimilar o que eu tinha acabado de fazer. Sem lhe dar tempo de raciocinar, saí dali a passos largos quase correndo, o deixando para trás.

Já fora da boate soltei a respiração, que nem eu sabia que estava prendendo.

Eu estava tremendo e ofegante, minhas mãos estavam geladas e aqueles olhos azuis brilhantes, rondavam na minha cabeça.

Passei a mão no rosto totalmente nervosa. Entro no táxi e volto para casa.

Foi uma péssima idéia sair de casa hoje, eu deveria estar dormindo.

Assim que chego em casa jogo-me no sofá uma risada escapa de meus lábios. Eu parecia uma louca gargalhanda no meio da sala. Mas, convenhamos foi hilária a cara que ele fez quando joguei a água em seu rosto.

Eu realmente fiz isso?!

— Droga esqueci da Lola! —bati na minha testa, por ter sido tão distraída.

Peguei meu celular da bolsa de vi que tinha uma mensagem dela.

Lola: cadê você?

Eu: Oi houve um impresvito tive que voltar para casa depois te conto.

Joguei meu celular no sofá e fui para o meu quarto eu estava exausta. Caí na cama e senti o cansaço me vencer.

— Boa noite mamãe, boa noite papai. —murmurei para a foto do lado da cama e adormeci.

[...]

Acordo sentido um beijo em minha testa. Assim que abro os olhos me deparo com Juan me olhando.

— Bom dia já estou saindo. —informou pegando sua maleta. — Você vai se atrasar para o trabalho.

Ainda sonolenta absorvo as horas, em seguida arregalo meus olhos.

— Ai meu Deus, eu vou me atrasar! —pulei da cama e tomei uma banho em velocidade record.

Isso é o que dá ir sair do meio da semana.

Saio do apartamento na velocidade da luz, corro até o ponto de ônibus. Paro esperando o sinal fechar. É quando um carro passa em alta velocidade em uma poça de lama me molhando por completo.

Fecho os olhos tentando controlar a raiva que cresce dentro de mim. Volto minha atenção para o carro a tempo de ver a placa.

— Um dia —aponto para o carro — Um dia eu ainda te acho seu infeliz!!

[...]

Assim que passo pela entrada do shopping, alguns funcionários e clientes me olham como se eu fosse uma alienígena.

Acho que até eu me olharia assim.

Lola estava atendendo uma cliente, assim que se vira e me nota arregala seus olhos e deixa a boca cair.

— Não diga nada! —peço entredentes assim que passo por ela.

Assim que ouço sua risadinha escandalosa, bufo irritada.

— De onde você saiu? —perguntou voltando a gargalhar. — Parece um... Um zumbi.

Me joguei em uma cadeira próxima ao balcão, e suspirei pesadamente.

— Um idiota passou com o carro por cima de uma poça de lama me sujando por inteiro. —lamentei tentando não chorar.

— Calma amiga você também não está tão ruim... —olhou para mim, dos pés a cabeça em seguida prendeu a risada. — Ok, você definitivamente está horrível!

Sem conseguir mais controlar-se caiu na gargalhada.

— Qual é a graça? —a voz do nosso chefe fez com que Lola parasse de rir e arregala-se os olhos.

— N-nada... —Lola gaguejou virando-se de frente para ele. — Vou voltar a para o trabalho.

Antes que Luís que é o nosso chefe dicesse algo, Lola saiu a passos largos dessa vez não consegui esconder um sorriso.

— E você? —virou sua atenção para mim, fiquei séria na mesma hora. — Não sabia que tinha se tornado mendiga.

— B-bom e-eu... —suspirei. — Foi apenas um acidente.

Ele me olhou sériamente e me deu as costas.

— Dê um jeito nesse acidente, ou será demitida.

— Sim, senhor... —minha voz saiu um pouco aguda, devido a raiva que eu reprimia.

Velho mal amado!

— Então —ouvi uma voz atrás de mim me fazendo pular da cadeira quando olho para trás noto ser Lola.  — Que susto, sua doida.

— Ai, para de ser mole —revirou os olhos. — Agora sim, a senhorita vai me contar porque foi embora ontem.

Bufei apenas de lembrar do ocorrido de ontem, então aqueles malditos olhos azuis surgiram em minha mente.

— Lembra daquele idiota que te contei? —bati a mão na testa. — Claro que não lembra, você estava ocupada demais falando com o tal príncipe.

— Desculpe. —pediu.  — Mas então, o que o tal idiota tem haver com sua fulga de ontem?

— Acredita que ele derrubou água em mim ontem?! —fiz uma careta ao me lembrar. — Mas chega de falar nele, ele não vale apena, então como foi com seu príncipe?

— Bom, na verdade ele não apareceu. —fez um bico. — Quer dizer, ele até foi até a boate mas teve que ir porque teve um imprevisto.

— Você ainda não me disse o nome dele. —lembrei.

— Ah foi mesmo, é...

— Com licença vocês tem essa blusa em tamanho M? —uma mulher surgiu do nosso lado interrompendo nossa conversa.

— Ah, claro. —disse Lola e em seguida me olhou fazendo careta. — E você vai de limpar antes que seja demitida.

Porque será que tenho a impressão de o destino não quer que eu saiba o nome do príncipe da Lola?

Dei de ombros, essa coisa de destino não existe deve ser apenas coincidência.

Simplesmente Amor [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora