OLÍVIA
— Você está me seguindo?! —perguntou-me erguendo uma de suas malditas sobrancelhas.
Sem me conter soltei uma grande gargalhada em deboche.
— Eu? Te seguindo? —apontei para ele. — Claro, até porque todo o mundo gira em seu redor.
Sem que eu esperasse ele sorriu, mostrando suas covinhas, que até a pouco eu não sabia que existia.
Me maltratei interiormente por reparar em tal ação.
— Você não gosta de mim mesmo em? —indagou ainda com um sorrisinho nos lábios.
— Deveria? —cruzei os braços enquanto revirava meus olhos.
— E por que não? —aproximou-se, encurtando nossa distância, ficando a pouco centímetros do meu rosto.
Por algum motivo, essa aproximidade fez meu coração bater mais rápido, como se quisesse ganhar alguma maratona.
Assustei-me com minha reação, e por impulso joguei a água que estava em minhas mãos em seu rosto.
— Nunca mais se aproxime de mim! —esbravejo apontando o dedo para ele.
O mesmo permaneceu estático como se ainda tentasse assimilar o que eu tinha acabado de fazer. Sem lhe dar tempo de raciocinar, saí dali a passos largos quase correndo, o deixando para trás.
Já fora da boate soltei a respiração, que nem eu sabia que estava prendendo.
Eu estava tremendo e ofegante, minhas mãos estavam geladas e aqueles olhos azuis brilhantes, rondavam na minha cabeça.
Passei a mão no rosto totalmente nervosa. Entro no táxi e volto para casa.
Foi uma péssima idéia sair de casa hoje, eu deveria estar dormindo.
Assim que chego em casa jogo-me no sofá uma risada escapa de meus lábios. Eu parecia uma louca gargalhanda no meio da sala. Mas, convenhamos foi hilária a cara que ele fez quando joguei a água em seu rosto.
Eu realmente fiz isso?!
— Droga esqueci da Lola! —bati na minha testa, por ter sido tão distraída.
Peguei meu celular da bolsa de vi que tinha uma mensagem dela.
Lola: cadê você?
Eu: Oi houve um impresvito tive que voltar para casa depois te conto.
Joguei meu celular no sofá e fui para o meu quarto eu estava exausta. Caí na cama e senti o cansaço me vencer.
— Boa noite mamãe, boa noite papai. —murmurei para a foto do lado da cama e adormeci.
[...]
Acordo sentido um beijo em minha testa. Assim que abro os olhos me deparo com Juan me olhando.
— Bom dia já estou saindo. —informou pegando sua maleta. — Você vai se atrasar para o trabalho.
Ainda sonolenta absorvo as horas, em seguida arregalo meus olhos.
— Ai meu Deus, eu vou me atrasar! —pulei da cama e tomei uma banho em velocidade record.
Isso é o que dá ir sair do meio da semana.
Saio do apartamento na velocidade da luz, corro até o ponto de ônibus. Paro esperando o sinal fechar. É quando um carro passa em alta velocidade em uma poça de lama me molhando por completo.
Fecho os olhos tentando controlar a raiva que cresce dentro de mim. Volto minha atenção para o carro a tempo de ver a placa.
— Um dia —aponto para o carro — Um dia eu ainda te acho seu infeliz!!
[...]
Assim que passo pela entrada do shopping, alguns funcionários e clientes me olham como se eu fosse uma alienígena.
Acho que até eu me olharia assim.
Lola estava atendendo uma cliente, assim que se vira e me nota arregala seus olhos e deixa a boca cair.
— Não diga nada! —peço entredentes assim que passo por ela.
Assim que ouço sua risadinha escandalosa, bufo irritada.
— De onde você saiu? —perguntou voltando a gargalhar. — Parece um... Um zumbi.
Me joguei em uma cadeira próxima ao balcão, e suspirei pesadamente.
— Um idiota passou com o carro por cima de uma poça de lama me sujando por inteiro. —lamentei tentando não chorar.
— Calma amiga você também não está tão ruim... —olhou para mim, dos pés a cabeça em seguida prendeu a risada. — Ok, você definitivamente está horrível!
Sem conseguir mais controlar-se caiu na gargalhada.
— Qual é a graça? —a voz do nosso chefe fez com que Lola parasse de rir e arregala-se os olhos.
— N-nada... —Lola gaguejou virando-se de frente para ele. — Vou voltar a para o trabalho.
Antes que Luís que é o nosso chefe dicesse algo, Lola saiu a passos largos dessa vez não consegui esconder um sorriso.
— E você? —virou sua atenção para mim, fiquei séria na mesma hora. — Não sabia que tinha se tornado mendiga.
— B-bom e-eu... —suspirei. — Foi apenas um acidente.
Ele me olhou sériamente e me deu as costas.
— Dê um jeito nesse acidente, ou será demitida.
— Sim, senhor... —minha voz saiu um pouco aguda, devido a raiva que eu reprimia.
Velho mal amado!
— Então —ouvi uma voz atrás de mim me fazendo pular da cadeira quando olho para trás noto ser Lola. — Que susto, sua doida.
— Ai, para de ser mole —revirou os olhos. — Agora sim, a senhorita vai me contar porque foi embora ontem.
Bufei apenas de lembrar do ocorrido de ontem, então aqueles malditos olhos azuis surgiram em minha mente.
— Lembra daquele idiota que te contei? —bati a mão na testa. — Claro que não lembra, você estava ocupada demais falando com o tal príncipe.
— Desculpe. —pediu. — Mas então, o que o tal idiota tem haver com sua fulga de ontem?
— Acredita que ele derrubou água em mim ontem?! —fiz uma careta ao me lembrar. — Mas chega de falar nele, ele não vale apena, então como foi com seu príncipe?
— Bom, na verdade ele não apareceu. —fez um bico. — Quer dizer, ele até foi até a boate mas teve que ir porque teve um imprevisto.
— Você ainda não me disse o nome dele. —lembrei.
— Ah foi mesmo, é...
— Com licença vocês tem essa blusa em tamanho M? —uma mulher surgiu do nosso lado interrompendo nossa conversa.
— Ah, claro. —disse Lola e em seguida me olhou fazendo careta. — E você vai de limpar antes que seja demitida.
Porque será que tenho a impressão de o destino não quer que eu saiba o nome do príncipe da Lola?
Dei de ombros, essa coisa de destino não existe deve ser apenas coincidência.
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Simplesmente Amor [COMPLETO]
RomanceOlívia Clarke, tem uma vida basicamente normal, trabalha em shopping junto da sua melhor amiga, Lola. Olívia tem um relacionamento de anos com Juan, um advogado. Ela vê sua vida mudar drasticamente ao cruzar seu caminho com Aaron Durand um Francês...