Parte 12
POV Seokjin
Raiva, frustração, ciúme... muito ciúme. Era exatamente aquilo que eu estava sentindo quando deixei a casa da S/n. O que aquele filho da puta estava fazendo novamente aqui? Era só isso o que eu conseguia pensar, eu achei que teria tempo de conquista-la antes que o tal ex-namorado pudesse voltar, mas pelo visto, eu estava completamente errado. E no momento em que ela me disse que precisava pensar, eu só quis trazê-la para os meus braços e mostra-la que era comigo que ela deveria ficar. Porém, eu fiz o contrário do que o meu coração mandou, eu dei vazão a revolta que senti e saí batendo a porta da casa dela. Segui para o meu apartamento e dei graças ao universo por não ter encontrado ninguém pela rua ou ficaria muito clara a minha cara de possível psicopata, porque naquele momento eu queria mesmo era matar o tal Felipe com as minhas próprias mãos.
Assim que cheguei em casa, eu joguei os meus tênis em qualquer lugar e me deitei no tapete da sala. Era ali que eu ficava quando algo não ia bem, porém mesmo em meu lugar seguro, a raiva não se dissipou e eu não consegui pensar com clareza. A vontade era de voltar até o apartamento daquela menina que havia virado a minha cabeça do avesso e faze-la enxergar que o cara certo para ela era eu, mas no fundo eu sabia que não era assim que deveria agir. Se fosse com qualquer outra mulher, eu teria desistido e partido para outra sem nem pensar duas vezes, só que eu tinha plena consciência de que a S/n não era só mais um dos meus casos. O que eu sentia por aquela garota era completamente diferente do o que eu já havia sentido antes. Eu me vi viciado em cada detalhe dela, eu adorava como ela colocava o cabelo atrás da orelha quando estava com vergonha de alguma coisa, como mordia o interior da bochecha caso estivesse nervosa ou quando mordia a tampa da caneta e nem notava porque estava concentrada demais. Pois é, eu sei o que vocês estão pensando aí, eu havia me apaixonado completamente pela coisa linda.
E por saber que eu estava mesmo de quatro por aquela baixinha, eu soube que não seria capaz de desistir sem lutar por ela. Eu nem havia me declarado ainda, além disso, eu não tinha sido rejeitado de fato, tudo o que a S/n tinha me pedido era um tempo, fui eu quem chutou o balde e deixou a casa dela espumando de raiva. E agora eu estava ali me condenando pela burrada de deixar o caminho livre para o babaca do ex-namorado tentar correr atrás do prejuízo. E foi naquele instante que eu tomei a minha decisão e soube exatamente o que eu faria no dia seguinte, eu traria novamente a coisa linda para os meus braços, seria honesto com ela e diria como eu me sentia em relação a nós dois. Eu tinha certeza de que ela também sentia algo por mim, dava para notar, eu só não sabia se era na mesma proporção do meu sentimento por ela. E agora com a volta do tal Felipe, eu estava temendo que ela pudesse escolhe-lo, afinal eram cinco anos de relacionamento e eu tinha plena noção de que não deveria ser fácil de apagar.
Depois de uma noite mal dormida, eu passei boa parte do sábado olhando para o relógio. Eu queria ir vê-la, mas também não poderia dar a impressão de estar desesperado, por isso esperei o máximo que eu consegui e quando o dia já estava próximo do fim, eu cedi ao impulso de correr até a casa dela. No caminho, eu fui tentando pensar em tudo o que eu precisava dizer a ela e o receio de ser rejeitado começou a se manifestar em mim. Peguei o celular para mandar uma mensagem para a S/n, mas desisti e voltei a colocar o telefone no bolso, era melhor falar cara a cara. A cada passo que eu dava, o nervosismo ia se fazendo cada vez mais presente e eu me condenei por ter aquela reação ridícula, eu era seguro com tudo na minha vida, não tinha cabimento agir daquela maneira só porque eu iria me declarar para uma garota. Respirei fundo assim que dobrei a esquina da rua da S/n, mas o que eu vi a frente me fez esquecer o nervoso e antes mesmo que eu me desse conta, eu já tinha sido consumido pelo ciúme mais uma vez. Eu vi a coisa linda andando rápido em direção ao seu prédio e um cara ao seu lado, eles pareciam juntos, apesar de não estarem se tocando. Milhões de perguntas pipocaram na minha cabeça e no momento em que os nossos olhos se encontraram, a expressão dela pareceu assustada, o que me fez ficar com ainda mais raiva. Logo que eu cheguei perto o suficiente da S/n, eu agi por impulso e a puxei pela cintura dizendo:
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O Seu Amor É Meu! - Kim Seokjin
FanfictionUm última noite de loucura antes de entrar de vez na vida adulta era tudo o que a S/n precisava. Desde que ela foi abandonada por seu ex-namorado, ela enfiou a cara nos livros e se fechou para o mundo, porém agora ela decidiu tirar somente uma noite...