Capítulo 14 - Final

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Parte 14

POV Seokjin

A ofensa da Anne para com a S/n foi o meu limite para tomar uma decisão mais drástica em relação a minha assistente. Eu tentei levar em consideração todo o tempo em que trabalhamos juntos, porém aquela situação havia se tornado completamente insustentável e eu fui obrigado a dispensá-la de suas funções. Eu tinha a consciência tranquila de que estava fazendo a coisa certa, afinal eu a avisei várias vezes para que não se comportasse daquela maneira, mas ela não pareceu me ouvir ou se importar com o que eu dizia. Depois do almoço, eu a chamei na minha sala e abri o jogo dizendo que não havia mais condições de continuar com ela como minha subordinada e que a estava desligando do seu cargo. E a Anne fez exatamente aquilo que eu já estava esperando, deu um chilique, jogou na minha cara um monte de inverdades, gritou e esperneou, contudo no momento em que ela viu que não tinha mais nada a ser feito, ela virou as costas e saiu, mas não antes de me dizer que eu me arrependeria amargamente do que eu tinha acabado de fazer. Aquela atitude só me mostrou o que eu sempre me neguei a enxergar, a minha assistente era uma megera vingativa e ardilosa, o que fez com que eu me sentisse aliviado assim que ela deixou a empresa, se recusando a ficar mais um segundo naquela "editora de merda", palavras dela.

Ver que eu me enganei tanto com uma pessoa me fez ficar chateado e só depois que a Anne foi embora foi que eu fiquei sabendo o quanto ela era péssima para os outros funcionários da equipe e também para o restante das pessoas do escritório, não era à toa que o Robert detestava tanto ela. Eu me senti mal por nunca ter notado que mantinha uma pessoa tão tóxica por perto e também por não ter percebido o tipo de clima que ela proporcionava para os outros ao meu redor. Aquilo de fato mexeu comigo e quando eu fui pegar a S/n em sua sala para irmos embora, eu me sentia arrasado. A minha namorada notou que havia algo errado e fez questão de me ouvir e de me aconselhar e eu me senti melhor quase instantaneamente. Era incrível o poder que aquela menina linda tinha sobre mim e o bem que ela sempre me fazia apenas com as suas palavras e com o seu sorriso.

Quando eu parei o carro em frente ao seu prédio para deixa-la, eu já não estava mais aborrecido, pelo contrário, estava sorridente e a puxei para vários beijos antes que ela deixasse o veículo. Eu acenei para ela no momento em que a S/n entrava na portaria e segui para a minha casa, o plano era tomar um banho rápido, me arrumar e voltar para busca-la. A coisa linda estava empolgada em conhecer um restaurante recém-inaugurado e eu fiz questão de usar a minha influência para conseguir uma reserva para aquela noite. Entrei em meu apartamento e ao encarar a tela do meu celular, eu vi que tinha uma chamada perdida do meu sócio e retornei imediatamente. Perdemos mais ou menos uns quinze minutos conversando e o Robert me parabenizou por finalmente me livrar da Anne, acabamos falando também sobre alguns contratos e os próximos lançamentos da editora, eu desliguei notando que havia me atrasado alguns minutos. Tomei uma chuveirada e me arrumei o mais rápido que consegui, não queria deixar a S/n esperando e assim que eu entrei no carro novamente eu tentei ligar para ela, mas o telefone chamou até cair na caixa postal.

O trajeto do meu apartamento até o dela era de pouco mais de dez minutos, voltei a tentar ligar, pois já estava quase na hora da nossa reserva e seria mais rápido se a S/n me esperasse lá embaixo, porém ela continuava sem me atender e eu me senti agitado sem entender o porquê. Estacionei e subi rapidamente para casa dela, não gostava que ela morasse ali, eu já havia falado com ela sobre a falta de segurança daquele prédio. Assim que saí do elevador e me dirigi a porta do seu apartamento, estranhei ao observar que estava entre aberta. Apressei o passo quando um aperto tomou conta do meu peito e logo que eu cheguei perto o suficiente, pude ouvir o choro abafado da S/n. E no momento em que eu entrei na casa da minha namorada, eu presenciei a cena mais revoltante que eu já vi na minha vida. A S/n estava sendo praticamente esmagada por um cara e ele a mantinha completamente imobilizada enquanto a beijava a força. Eu fui tomado pela fúria e puxei o filho da puta de cima dela com toda força que eu tinha e o arremessei do outro lado da sala, só aí eu pude ver de quem se tratava, era o tal Felipe, o ex-namorado da minha coisa linda. O imbecil caiu com o impacto e eu vi quando a S/n também pareceu não aguentar o peso de suas próprias pernas e despencou no chão logo depois. Eu corri desesperado ao seu encontro e o seu choro se intensificou quando eu a puxei para o meu abraço.

O Seu Amor É Meu! - Kim SeokjinOnde histórias criam vida. Descubra agora