Capítulo 9

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Parte 9

POV Seokjin

Acordei assustado com alguém batendo na porta do quarto e percebi que a S/n não estava na cama, olhei em volta e não havia sinal dela no quarto. Levantei procurando-a, mas ela não se encontrava ali. Dispensei a camareira e voltei em busca do meu celular, só aí eu notei um bilhete com uma letra cursiva bonita que dizia: "Não quis te acordar, fui para a reunião com o Sr. Borges e logo estarei de volta. Nos vemos mais tarde. Um beijo, S/n." Apesar de ter tido a certeza no dia anterior de que ela poderia lidar com aquele bosta assediador, eu confesso que não gostei de pensar nela sozinha com aquele cara, porque algo me dizia para não confiar nele. Tentei ligar para ela, mas a chamada estava caindo direto na caixa postal. Retornei à minha suíte e depois de uma chuveirada rápida, eu me arrumei e saí atrás da coisa linda. Era por volta das 8:20 da manhã quando eu cheguei ao endereço e assim que eu me preparei para entrar pelo portão da residência, a S/n bateu em cheio contra mim. Ela vinha correndo lá de dentro e no momento em que eu encarei os seus olhos assustados e cheios de lágrima, eu vi que tinha acontecido alguma coisa grave.

— O que aconteceu, S/n? – perguntei assustado com a sua expressão e ela praticamente gritou:

— Aquele homem me atacou! – a voz dela saiu esganiçada e deu pra perceber que ela estava tremendo da cabeça aos pés. – Eu descobri que o livro não era dele e ele tentou me atacar, eu gravei tudo com o meu celular! – ela passou a procurar pelo aparelho e só aí eu reparei que a blusa dela estava com os botões arrebentados e parcialmente aberta, e ao ver aquilo um ódio tão grande tomou conta de mim que eu não fui capaz de me controlar e assim que a ouvi dizer: — Merda! Meu telefone ficou lá dentro! – eu só corri na direção da casa pronto para acabar com aquele verme, ela ainda me chamou gritando que poderia ser perigoso, mas eu não raciocinei na hora. Eu chutei a porta da frente e pude ver o imbecil tentando estancar o sangue do nariz, ele se assustou com a minha presença ali e deu uns passos para trás.

— Cadê o celular dela? – perguntei indo até ele a passos rápidos e o cara praticamente rosnou.

— Eu vou processar vocês e sua editora de merda! Aquela puta me agrediu! – o imbecil ainda teve coragem de tentar se fazer de vítima. Eu o agarrei pela camisa na mesma hora.

— É você que será processado, seu bosta! Roubando uma obra que não é sua e tentando atacar uma mulher! Você é um verme mesmo! – eu segurei o cara pelo colarinho e o encarei. – Eu não vou perguntar outra vez! Onde está o telefone dela? – falei entre os dentes.

— Se ela deixou aqui, então é meu! – ele falou me encarando e logo depois teve a coragem de tentar me dar um soco. Eu me esquivei de seu punho e acertei diretamente o seu nariz já machucado fazendo o cara soltar um berro. Ele cambaleou caindo sentado no chão e por instinto, eu o chutei com toda força. Já estava pronto para dar uma surra naquele canalha no momento em que a S/n entrou novamente na casa pedindo para que eu não fizesse aquilo.

— Jin, ele não vale isso! – ela falou segurando o meu braço. – O meu celular está aqui! – S/n pegou o aparelho de cima do sofá e se virando para o imbecil disse: — Tudo está gravado, você vai pagar pelos seus crimes! – os olhos dele se arregalaram por um instante, mas mesmo tampando o nariz, eu consegui ver o sorriso perverso que vinha daquele homem.

— Vocês dois vão se arrepender! Não sabem com quem se meteram! – eu voltei a avançar na direção dele ao ouvir aquela ameaça, mas parei quando a S/n entrou na minha frente.

— Não, Jin! Não escute ele! – ela me puxou pela mão, mas ela voltou a me soltar e pegou a manuscrito de cima da mesa. – Isso aqui vai com a gente, eu faço questão de encontrar o dono da obra que você roubou! – ela falou apontando para o imbecil que ainda se encontrava sentado no chão.

O Seu Amor É Meu! - Kim SeokjinOnde histórias criam vida. Descubra agora