Capítulo 12

1.2K 114 2
                                    

(Multimídia: Zoya Vassiliev)








Não demoramos chegar na boate. Eu vim na minha moto, enquanto Nicolas, Andrei e Zoya vieram de carro. Entrar na boate foi fácil, aliás somos Martinelli e os Martinelli sempre conseguem tudo.

A boate já estava lotada. Pessoas se esfregando uma na outra ao som de uma música qualquer. Esses lugares nunca foi meu forte, prefiro um bar qualquer com um rock tocando de fundo.

Nicolas segura a mão de Zoya para não a perder no meio dessas pessoas. Mesmo com as poucas luzes percebo seu rosto corar. Meu Deus essa menina nunca foi tocada por um homem?

Chegamos a área vip do local. Sentamos em um sofá e logo uma garota usando uma roupa minúscula aparece.

— O que vão querer? – diz quase esfregando os seios no rosto de Nicolas com um sorriso malicioso.

— Com certeza não são seus peitos. – digo sarcástica. A garota lança um olhar raivoso enquanto Nicolas sorri.

— Vou querer uma dose de tequila. – diz Andrei.

— Traga vodka para mim. – Nicolas pronuncia.

— Quero o whisky mais forte que tiverem. E mandem a garrafa.

— E você menina? – a garota pergunta pra Zoya.

— Um suco por favor. – lanço um olhar incrédulo em sua direção. Quem vem para a balada e bebe suco? – Eu não bebo.

— Não te....

— Traga um drink sem álcool pra ela. – digo para a garota. Ela confirma se retirando.

Todo mundo permanece em silêncio. Observo Zoya olhando curiosa para todos os cantos.

— Nunca tinha vindo em uma boate? – pergunto.

— Não. É minha primeira vez. – diz tímida. Parece que não é só isso que vai ser sua primeira vez.

— Quantos anos tem?

— 21. – Como assim essa garota é mais velha que eu?

A garota anterior volta com nossos pedidos. Na hora de colocar em cima da mesa se joga em cima de Nicolas me fazendo revirar os olhos.

Pego minha garrafa de Whisky nem me dando o trabalho de colocar no copo. Bebo diretamente da garrafa. Zoya me olha assustada, Andrei surpreso e Nicolas sorri.

— Não se preocupem, álcool corre nas veias de Kisa. Pode acreditar, isso não é o bastante para derrubá-la. – Nicolas diz sorrindo.

— Como está em relação ao casamento? – pergunto. Nicolas lança um olhar mortal em minha direção.

— Não seja incoveniente. – sussurra no meu ouvido.

— Relaxa, é só uma pergunta. – ele revira os olhos.

— Eu fui criada para isso. Esse é o papel das mulheres na máfia. – responde Zoya e é a minha vez de revirar os olhos – logo também chegará sua vez, vai ver que não é tão horrível. – gargalho alto chamando atenção de algumas pessoas. Zoya me olha assustada.

— Nem se todas as máfias do mundo se juntassem me obrigariam a casar.

— Quem seria doido o suficiente para aceitar casar com Kisa? É a mesma coisa que assinar sua própria sentença de morte. – Nicolas diz me fazendo sorrir.

— Talvez você seja a mulher mais perigosa que já conheci. Conquistou um respeito invejável dentro da máfia. – pronuncia pela primeira vez Andrei. Nossos olhos se cruzam, a tensão que existe entre nós é quase palpável – e sabe de uma coisa? Sempre gostei de perigo. – dou um sorriso malicioso para ele e bebo mais um pouco da minha bebida.

KISA - O perigo tem nomeOnde histórias criam vida. Descubra agora