Oie! Como vão? Espero que muito bem!
Quero me desculpar pela demora de fato, mas esta sendo difícil escrever essa história, mais do que qualquer uma que eu já tenha feito, porem quero muito fazer ela e continuar na atividade de escrita.
Aqui esta mais um capitulo, curto de fato, pois no início preciso fazer um reconhecimento de todo mundo e como as coisas funcionam para a história realmente acontecer, como em qualquer outra história.
Espero que gostem! Comentem o que estão achando e dêem a estrelinha, beijos da Tia Ana ❤.
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- boa tarde e até mais - falei sorrindo para o gentil casal de idosos que eu acabei de atender, limpei minhas mãos no avental e olhei para a rua, o dia estava quente e as ruas movimentadas, mas hoje o movimento na sorveteria esta calmo, o que é um milagre comparado a qualquer outro dia, me permitir afastar do balcão e pegar uma garrafa de agua que sempre mantenho perto da geladeira e tomei um gole generoso de agua, faltava apenas duas horas para meu turno acabar e eu ja estava louca para tirar o avental e ir para a praia.
- boa tarde! - a voz de uma jovem me fez virar, sorri para ela e andei até o balcão novamente, pronta para fazer seu pedido.
- Beatriz, eu vou querer de menta! - a voz seguinte me fez para subitamente, virei a cabeça e observei a mulher parada a minha frente, a jovem que se chama Beatriz nos olhou e claramente viu as semelhanças, ela xingou baixinho e se afastou - Nina?
- em carne e osso - ironizei e sorri de lado começando a preparar o sorvete da garota - como vai mamãe? - perguntei colocando a calda no sorvete de Beatriz e lhe estendi, a jovem pegou agradecendo baixinho e olhei a mais velha
- você não retorna minhas ligações há dias, fui no seu antigo emprego e eles não souberam me falar onde estava trabalhando - concluiu e eu fazia seu sorvete calada, vi sua silhueta parar a minha frente e eu ergui a cabeça. Encarei seus olhos idênticos aos meus e senti meu coração doer, era sempre assim, sempre essa dor e angustia, pois toda vez que eu a encarava, me lembrava do dia que tudo aconteceu.
- eu sei, eu não estava... Me sentindo bem - coloquei a cobertura que eu sei que ela gosta como fazíamos antes de eu ir embora de casa, estendi para ela e sorri fraco, ela pegou mas não se moveu, seu olhar já me dizia tudo, ela queria conversar a sós comigo, chamei Lily, a outra funcionaria que estava na sua folga e pedi ela para ficar para mim por dez minutos e sai com a mulher, andando na calçada e parei ao lado da sorveteria.
- como ela esta? - minha garganta secou - esta recebendo o dinheiro que te envio? - perguntou e agora um gosto azedo me fez suspirar pesado, era raiva, o gosto, era muita raiva.
- esta na conta, não mexi - de fato, não toquei em um real do dinheiro dela... Do dinheiro dele, não quero - eu já disse para não me mandar, para não se envolver com isso - cruzei os braços olhando ela.
- eu não posso, você é minha filha.
- ah! Verdade, as vezes você se lembra disso - ironizei amarga e ela negou rápido.
- por favor, posso não ter ajudado muito em voltar para casa, mas eu me importo com você, eu me importo com Aurora, se não quer o dinheiro para si, então pra ela, guarde, junte pra ela, mas não negue, não some Nina - pediu e eu a encarei, filmes, flashes passam por minha memoria.
Por mais que ela realmente não tenha me ajudado a ir para casa novamente, minha mãe sem meu pai saber me ajudou, mandou dinheiro para eu comprar as coisas para Aurora quando precisei ficar longe do trabalho, me ajudou a como cuidar de uma criança, coisa que eu não fazia ideia de como fazer, ela foi quem segurou minha mão junto com Jules na hora do parto. Ela se importa eu sei que sim, mas ainda doi... Doi saber que ela simplesmente parou e deixou ele fazer tudo que fez comigo, me tirou toda a minha herança, tirou tudo que eu tinha por causa de uma gravidez, eu ainda não entendo como ele teve coragem de fazer isso, como ele me jogou como um cão sarnento para rua, nem animais devia ser tratado assim.
- desculpe por não ter dado noticias - falei baixo olhando a calçada e voltei a mulher - estou bem, estamos bem, Aurora esta ótima... Com certeza deixando a madrinha dela louca agora - falei e a mulher sorriu, seus olhos brilharam e eu me permitir sorrir um pouco.
- o que aconteceu para sair da loja e começar na sorveteria?
- não me dava bem com a outra funcionaria, um dia nos encontramos na rua e ela veio falar sobre a Aurora e eu simplesmente enfiei a mão no cabelo dela e fiz ela comer areia, então pedi demissão no outro dia e eu gosto da sorveteria - dei ombros e ela me olhou espantada, mas por fim deu uma pequena risada.
- bem, ainda posso fazer o currículo para conseguir emprego em escritório.
- e eu já disse que não quero nada que envolva aquele homem - falei seria cortando todo clima distraído entre nos duas.
- Mamãe! - eu virei imediatamente na direção da voz, vendo Joseph com a menina que saltou dos braços dele e correu na minha direção, seus cabelos presos em um rabinho de cavalo voou na minha direção, sorri e me abaixei, abrindo os braços para ela que se jogou em mim e eu sorri para ela.
- oi minha princesa! - beijei seu rosto gostoso e ajeitei seu vestido soltinho pelo calor.
- oi! Oi vovó - sorriu para minha mãe que sorriu para ela acariciando seu bracinho e eu acenei para pequena ir para os braços da mais velha e Joseph chegou ao meu lado.
- Jules me pediu para trazer ela, disse que sai em duas horas e ela vai precisar ir no trabalho dela agora - falou me passando a bolsa da menina.
- tudo bem, obrigada - ele beijou minha testa e acenou para minha mae e apertou o nariz de Aurora antes de sair - e então? Como foi o dia?
- muito legal! Dinda Jules brincou comigo, tomamos banho na banheira antes dela precisar sair - explicou e eu sorri, vendo minha mãe a observar sorrindo.
- eu preciso voltar, vou sair em duas horas - falei ajeitando a bolsa da garota em meus ombros e estendi os braços para ela.
- se quiser, posso ficar com ela - a mais velha falou enquanto eu pegava a pequena que abraçou meus ombros e beijou minha bochecha.
- não precisa, mas obrigada - dei um breve sorriso para minha mãe e suspirei - mando noticias - e assim eu sai, sem esperar ela me responder, apenas entrei com Aurora e Andrews, meu chefe, sorriu para a garota a convidando para ir brincar no espaço que ele fez para os filhos quando eles ficam aqui.
Sai da sorveteria com Aurora que falava animadamente sobre o desenho que estava assistindo, a peguei no colo para atravessar a rua, não moravamos muito longe do meu local de trabalho, então íamos sempre a pé para casa enquanto ela contava sobre seu dia.
- mamãe! O padrinho disse que vai receber um amigo - a menininha curiosa que coloquei no mundo diz.
- é mesmo? E o nome do amigo? Você pegou essa informação também? Miniatura de Julianne - pergunto e ela negou rindo de forma sapeca enquanto abraça minha cintura com as pernas curtinhas.
- não, não ouvi - seu pequeno nariz se contorceu em irritação por não conseguir a informação completa - ah! Está quase chegando nas minhas férias - disse e eu parei de imediato, olhando ela, seus olhos castanhos me encarando com curiosidade.
- mas já?! - as vezes me pergunto como Aurora consegue ser tao inteligente, por mais que eu ainda não tenha entrado na faculdade, sempre tive excelentes notas e Lucien não era diferente, ela é sagaz.
- já! - disse e eu voltei a andar, virando a esquina parei novamente, não pela proxima pergunta de Aurora, mas pela pessoa que vi saindo da loja de ternos, o homem também parou, virando na minha direção, meu pai me encarou - mamãe? - Aurora chamou mas eu não respondi, o homem me olhou, da cabeça aos pés, fez o mesmo com Aurora, não dava para eu simplesmente enfiar a menina atrás de mim, não mais, ele já viu ela, várias vezes na verdade e ele voltou a me encarar e aquela batalha sem palavras surgiu entre eu e o homem, por fim, quem pegou e virou fui eu, atravessando a rua e continuei caminhando.
- bem, o esquema ainda não muda, você vai ficar com seu padrinho durante os dias da semana que for suas férias, certeza que ele já se programou para fazer várias coisas com você - declarei abrindo o portão do prédio e entramos no elevador. Ao que parece hoje o dia resolveu me pregar peças, primeiro minha mãe e agora meu pai, como se eu não precisasse lidar com muita coisa além dos meus problemas.
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Continua?
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My Precious Aurora
FanfictionO destino é uma enorme tapeçaria, que liga não só uma, mas várias pessoas, as pessoas vem e vão, assim como os fios que se enrolam no enorme e longo destino. Ser parte de uma tapeçaria mostra que as vezes, quando menos esperamos, as coisas podem mud...