Capítulo dez

263 32 58
                                    

Oie! Como vão? Espero que muito bem!

Venho hoje com um capitulo curto, como está a maioria deles, eu não posso simplesmente enfiar as coisas sem explicação e coerência para vocês, então está sendo devagar, mas logo as coisas vão se ajeitando para eles finalmente passarem muitos momentos fofos e divertidos juntos, prometo!

É isso, favoritem e comentem tambem! isso me deixa bem feliz.

Beijos da tia Ana.

════════ ××× ════════

Ian narrando

Eu olhava meu pai sentado à minha frente, o mesmo me encarava sem demonstrar um pingo de alegria em saber que eu estava de volta, olhei a paisagem atrás dele, estávamos no último andar da empresa e a parede atrás do homem era completamente feita de vidro, dando uma paisagem mais que linda.

Voltei a encará-lo e esperei, afinal ele havia me ligado e ordenado que eu viesse aqui, já que eu havia fugido dele desde que cheguei, porém meu humor agora está tão ruim quanto antes, ver Nina na boate e ela mais uma vez sumir, estava me deixando doido.

- quatro anos - ele começou, apertei meus dedos e aguardei - foi para outro país, eu te dei a casa e a faculdade durante quatro anos, era seu sonho e eu lhe dei, para agora você me dizer que não vai voltar e tomar o que é seu? - ele não estava me batendo, mas eu sentia isso, sentia como se fosse realmente vários socos sendo dados em minha cara em especial.

- as coisas mudam pai

- mudam como? Conte, estou curioso para saber - cruzou os braços e eu engoli seco, respirando e pensei minhas opções de como eu iria defender minha estadia fixa em Cambridge, mas já que eu estava ferrado, não custa nada contar a verdade pelo visto.

- Gosto da minha vida lá, tenho amigos e tenho minha namorada - falei e o homem respirou fundo - tenho uma proposta de emprego boa...

- eu quero lhe dar uma empresa e você está pensando em proposta de emprego e ficar pela namoradinha? Inacreditável Ian - disse como se eu lhe contasse algum absurdo totalmente fora do comum.

- e se eu não quiser uma empresa?

- e pra quem eu vou passar meu legado? - perguntou na mesma hora que eu e se ergueu - tudo que eu cuidei até hoje foi por você, para fazer o mesmo, seu avô também fez o mesmo, Ian, você vai fazer pelo seu filho!

- e se eu não tiver? - cruzei meus braços.

- ai o problema é seu, depois que a empresa for passada para você, só precisa manter e ai o futuro não está nas minhas mãos - me levantei enquanto negava

- Vim para Myrtle para ver vocês e curtir meus amigos, eu vou voltar para Cambridge dentro de três semanas - declarei por fim e me virei.

- Ian! - o homem me chamou e eu o olhei - não faça isso, pense bem nas suas escolhas, tem coisas que não podemos voltar atrás, não tenha esse peso em sua consciência para o resto da vida - nos encaramos, sai sem responder o homem.

(...)

Andei pela cidade que me recheia de memórias, as vezes que cai bêbado nas ruas, das brincadeiras da infância, as idas ao cinema, tomar sorvete com Nina e Jules, ouvir as duas falar de sapatos.

Viver aqui não foi ruim, de longe, foi a melhor vida que tive e pensar em ter ela novamente me assusta. Não devia mas assusta.

Meu celular tocou pela quarta vez, mas me recusei a pegar ele, não estava afim de falar com ninguém pois meu dia já estava bem ruim. Parei na sorveteria perto da praia e percebi que o que está me faltando nesse dia quente como o inferno e meu humor é algo doce e gelado.

My Precious AuroraOnde histórias criam vida. Descubra agora