Capítulo 11

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George não podia acreditar no que estava acontecendo. Aquilo não poderia ser real. Era alguma brincadeira do destino, ou de algum ser superior. Como explicaria para Rosa que aquilo era um engano? Estava perdido, o que poderia fazer agora?

Rapidamente George olhou em volta e viu um casal observando-os e cochichando, aquilo o irritou profundamente. Quis protegê-la. Não poderia conversar com Rosa ali no Hyde Park ainda mais naquele horário. Seria questão de tempo para ir parar na coluna de fofocas novamente, lembrou-se de seu pai furioso. Precisava pensar rápido.

- Rosa, que tal irmos para algum lugar mais reservado? - Disse ele e viu a expressão de choque que Rosa fez. - Ah! Não precisa temer, eu nunca... Eu nunca faria algo para prejudicá-la. É apenas para não aparecermos na coluna de fofocas novamente. - Corrigiu-se rapidamente observando o alívio aparecer no rosto dela.

- Claro, mas o que você sugere Milord? - Perguntou ela delicada.

- Vamos pegar uma carruagem de aluguel, acho que sei de um lugar onde não teremos problemas para conversar. - Disse George pegando na mão quente de Rosa e a guiando com firmeza até sair do parque e ficar em frente a rua. George ia observando a movimentação em volta, para ter certeza de que não haviam possíveis fontes de fofoca ali naquele momento.

Quando uma carruagem parou ao seu sinal na frente dos dois, ele ajudou Rosa a entrar e após dar o destino ao cocheiro entrou atrás dela. Ela parecia nervosa e ansiosa, e com razão. Na carta que ela recebera dizia que o passeio seria pelo parque, e não que basicamente a sequestraria para tentar fugir de possíveis fofocas. Aquilo tudo realmente não era o planejado, mas havia sido a única coisa que lhe ocorreu para não serem prejudicados novamente.

- Para onde estamos indo lorde Winter? - Perguntou Rosa segurando-se como podia na carruagem que chacoalhava mais do que o normal.

- Confie em mim, você verá. - Disse ele sorrindo para ela e viu a preocupação dela se anuviar.

Ela confiava nele, e isso não podia ser mais aterrorizante, levando em consideração que estava levando ela para um lugar mais calmo para explicar-lhe que tudo aquilo não passava de um grande engano.

Ainda dentro da carruagem George se sentiu um pouco desconfortável, não sabia o que fazer ou o que dizer. Rosa permanecia do outro lado do assento tímida e sentada ereta como uma rainha. George olhou para a flor que ainda carregava na mão e a estendeu para ela que corou e sorriu em agradecimento. George não pode explicar a sensação de ter proporcionado um sorriso nela apenas com uma flor insignificante. Ela segurou a flor e a cheirou com os olhos fechados. George observou quando o lábio inferior dela tocou delicadamente em uma pétala enquanto ela sentia seu aroma e engoliu em seco. Sentiu-se cálido e um pouco indignado, não conseguia entender a atração que sentia por Rosa.

Antes que pudesse começar a analisar tais sensações, o cocheiro parou a carruagem e anunciou que haviam chego. George abriu a porta do veículo e falou rapidamente com o porteiro. Quando o mesmo o reconheceu abriu o portão rapidamente. Haviam algumas vantagens em sua família ser do círculo social da realeza. A carruagem avançou e George foi observando o caminho.

- Estamos no castelo Lord Winter? - Perguntou Rosa observando pela outra janela da carruagem. Ela parecia atônita e agradavelmente surpresa.

- Sim, há um lugar aqui que será bom para conversarmos sem interrupções. - Disse ele ainda prestando atenção no caminho, mas ouviu ela suspirar do outro lado do assento. Estava de alguma forma extremamente consciente da presença dela.

Quando o cocheiro chegou onde George havia pedido, ele saiu da carruagem e ajudou Rosamund. Ela desceu observando a sua volta. Ele pagou a viagem e assim a carruagem se foi deixando apenas os dois em frente um portão de ferro.

Amor para uma Rosa (Irmãos Winter 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora