Capítulo 12

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George estava chocado... Não, o correto era... estava estupefato. Como diabos foi se descontrolar daquela forma? E apesar de ter sido um pouco mais do que magnífico, foi errado de tantas maneiras, que ele mal conseguia contar.

Havia levado Rosa para aquele lugar para lhe explicar que estava praticamente noivo de Lady Brown. Como poderia explicar isso depois de tê-la beijado daquela forma? Ele não era de perder o controle facilmente, era nítido o poder que essa mulher tinha sobre ele, já não era a primeira vez que se descontrolava em alguma situação que tinha ligação com ela.

Ele olhou para ela a analisando, se endireitou da melhor forma que pôde, respirou fundo, passou a mão no cabelo e se afastou. Precisava se manter longe dela. Ela ainda o olhava calada, ruborizada e tímida, mas com uma expectativa no olhar que seria capaz de descontrola-lo novamente.

- Isso... claramente foi... Peço desculpas se a escandalizei, não ando em meus melhores dias... - Disse George rouco. Estava perdido, tentando se recuperar dos momentos de paixão avassaladora.

- Não me escandalizei... - Disse Rosa baixo, um pouco confusa. - Apenas... estou surpresa.

- Me perdoe... Não devia ter feito isso. - Disse ele apertando o punho pela vontade de grudar o próprio corpo ao dela novamente.

Rosa ficou em silêncio, parecia ponderar algo. George viu um lampejo de mágoa em seus olhos e sentiu uma pontada física no próprio peito.

- O senhor... se arrepende, Milord? De ter... feito isso? - Perguntou Rosa baixo depois de suspirar, George percebia que ela estava muito vermelha de timidez e que ser direta daquela forma devia ser difícil para ela, admirou-a ainda mais por isso.

George aproximou-se dela no mesmo instante e abaixou-se até encostar o lábio em sua orelha e acariciou o braço dela levemente com os dedos.

- Nunca. - Disse ele rouco na orelha de Rosa e viu os pelos da nuca dela se eriçarem. Não resistiu e depositou um beijo ali.

George olhou para ela e foi se afastando devagar, como se fosse difícil tal separação, e ele sentia que realmente era. Só não conseguia entender claramente o porquê.

- Então... por que... se desculpou? - Sussurrou Rosa envergonhada.

- Por que... apesar de eu não me arrepender, eu ainda sim não deveria tê-lo feito. - Disse ele prestando atenção em algumas borboletas na tentativa de se distrair.

Um silêncio confortável se instalou enquanto Rosa observava as flores contemplativa e George aproveitava a distração dela para admirá-la e pensar.

- Mas... por que você tentava se esconder de mim? No dia em que caiu no lago? - Ele perguntou lembrando do que estavam conversando na hora do beijo. Ele percebeu as bochechas dela ficando rosadas quando ela abaixou a cabeça envergonhada.

- Eu... eu fiquei envergonhada... havia acabado de receber sua carta com as rosas vermelhas... e o senhor foi tão direto em seu desejo... eu havia ido ao parque para pensar a respeito e... não esperava vê-lo lá naquele momento, então tentei me esconder... - Disse ela envergonhada com um pouco de dificuldade, o rosto assumindo um tom de vermelho rubro que George não imaginou que fosse possível para a pele humana chegar em tal cor.

George estava um pouco chocado, ela havia ficado desconcertada por causa de sua presença no parque naquele dia. Ela havia tentado se esconder dele, por causa de uma maldita carta que foi entregue erroneamente para ela. Carta que deveria ter sido entregue para Lady Brown... Carta que ele mal se lembrava das palavras, ele não sabia o que havia prometido a ela em tal carta. Como se retrataria de algo assim? Sentia o cerco se fechando em volta de si.

Amor para uma Rosa (Irmãos Winter 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora