Capítulo - 16

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(N/A: Esse capitulo e o próximo provavelmente serão condensados em um único, pois imagino que muita gente não curta muito saber sobre partidas de jogos em cassino, mesmo que eu tenha me esforçado MUITO pra ficar emocionante, mas isso é algo que só será avaliado na reescrita.)

George observou da rua, quando a luz do quarto se apagou. Após a cena no baile ele havia se entregado a apatia. Até que já não suportava mais estar lá e após beber alguns drinks na tentativa de suportar as próximas horas, foi embora antes mesmo de esperar algum efeito da bebida. Dispensou a carruagem e foi andando pelas ruas de Londres perdido em pensamentos, até que sem perceber, parou na frente da casa de Rosa e sem saber o que fazer, observava seu quarto.

Sentia-se miserável. Devia ter falado para Rosa desde quando notou os mal entendidos. Mas seu coração sensível, não queria vê-la sofrendo, e olhando agora, sua linha de raciocínio nem fazia tanto sentido. Era mais do que óbvio que ela sofreria mais com o passar do tempo. Na verdade, se perguntava por que demorou tanto tempo para desfazer o mal entendido, não era dado a adiar coisas nesse sentido, na verdade nunca foi muito bom com a paciência em si, era bem mais alguém imediatista. Mas quando pensava nisso, a única coisa que lhe vinha à mente eram os beijos de Rosa, os olhos profundos, a mente brilhante, e sentia uma necessidade instintiva de querer protegê-la, de estar com ela, e de fazê-la sua. O coração de seu pai provavelmente pararia se soubesse o que ele pensava, e se fosse por esse caminho, George teria que aceitar que realmente era tudo aquilo que o pai dizia dele.

Lembrava-se de como se sentia toda vez que o pai o insultava dizendo o quanto era inútil, dava trabalho, não fazia nada certo e que devia ser igual a Richard. Mas por vezes, George sentia-se realmente assim. Dentre os Winter era o único que não possuía alguma ocupação, mas não sabia muito bem o que fazer, não havia encontrado algo que gostasse pelo menos um pouco para se dedicar. Richard ajudava o pai com as responsabilidades do ducado, Sebastian ainda estava na escola, e apesar de Benedict também estar, ele estava no último ano, e parecia que já havia encontrado uma ocupação para quando a universidade terminasse. Ele era o mais misterioso dos Winters, e apesar de serem irmãos, George às vezes tinha a impressão de que não o conhecia tão bem quanto imaginava. O que não era o caso a respeito de Benedict que parecia o conhecer mais do que ele mesmo às vezes. Mas George acreditava que isso se devia ao fato de Benedict ser um homem incrivelmente observador e atento a tudo e todos ao seu redor. Ele sempre fora assim desde pequeno, mas provavelmente a universidade havia contribuído.

Já o fato de Acton que era extrovertido, debochado e um pouco escandaloso, andar com Benedict e eles se darem tão bem já lhe era um mistério. George suspeitava que eles deviam ter uma sociedade ou algo parecido. O pai nunca teve a mesma obsessão que tinha por Richard, seu filho perfeito, pelos seus outros filhos. Na verdade ele possuía uma obsessão negativa a respeito de George, mas a questão era que, a ocupação dos filhos não era algo que se discutiam na mesa do jantar, até por que, depois da faculdade cada filho foi para seu próprio canto, e reuniões familiares já não existiam mais em seu convívio familiar desde que a mãe havia falecido, e para ser sincero, os filhos agradeciam por isso.

Mas o lado negativo era a distância que foi criada entre os irmãos. Embora George sabia que uma parte significativa da culpa era dele, afinal, passara anos viajando e isso definitivamente não havia contribuído para estreitar laços familiares. Ele precisava se aproximar um pouco mais dos irmãos. Se talvez ele se esforçasse para estar com eles, talvez pudesse descobrir algo para ele mesmo. Ele havia visto muitas coisas pelo mundo e vivido algumas aventuras, mas nada havia realmente feito seu coração palpitar, e feito-o pensar... é isso que eu quero fazer, gosto disso. Então estava mais do que na hora de se ocupar. E esperava que isso o ajudasse... ajudasse a tirar pensamentos indevidos da cabeça, e principalmente, ajudasse a fortalecer seu coração sensível e fraco demais.

Amor para uma Rosa (Irmãos Winter 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora