Nova York - Aeroporto La Guardia
Algumas horas se passaram durante o percurso de carro feito por Katherina, junto a sua irmã Blair que dormiu durante todo o caminho. As duas encontravam-se no aeroporto La Guardia, tendo como destino o aeroporto de Birminghan, Alabama. O voo com esse destino era apenas por não ter um aeroporto no local especifico onde Katherina desejava ir, já que não é possível ter uma pista de pouso na Floresta Nacional de Talladega.
- Se vomitar, vai limpar. - Enquanto se sentava na poltrona reclinando o corpo, Kath avisava Blair que fazia uma expressão de sono e enjoo antes mesmo do jato se levantar. - Vamos chegar logo.
Blair se limitou a dar um sinal positivo para sua irmã, em seguida deitando na poltrona ficando de costas para a janela evitando a visão quando estivessem no ar. Graças ao jato particular pertencer a Katherina Forlys, Blair não precisaria se preocupar com passageiros barulhentos ou uma classe econômica, sendo assim conseguiu cair no sono assim que levantaram voo.
Quanto a ruiva, soltava um suspiro olhando Blair enquanto se servia preenchendo sua taça de cristal com champanhe. Enquanto segurava a taça com sua mão direita, ergueu a esquerda juntando as pontas do dedo indicador ao polegar os esfregando, saboreando o gosto do champanhe enquanto passava a direcionar o olhar para a janela vendo o céu noturno. Nesse momento, um relâmpago cortou o céu refletindo seu brilho nos olhos da mulher ruiva. O suficiente para se fazer perder em pensamentos lembrando como viera parar aqui, em seu jato voando a outro local junto de sua irmã para ver algo em que tinha interesses próprios.
Katherina se via em uma fazenda localizada em Tennessee, a sua frente uma garota e um garoto semelhantes a ela, tinham aproximadamente seis anos.
- Eu já disse que não, Kath! - A pequena garota gritava para Katherina. - Kaion e eu vamos sozinhos, não vamos cuidar de você.
A jovem Katherina Forlys abaixava suas cabeça voltando para o quintal, enquanto Kaion olhava para Kayla devido a repreensão dada em Kath, porém não discordava totalmente. O garoto não tinha o interesse em ser babá de sua irmã que havia nascido por último entre os três, sendo assim considerada a mais nova entre os trigêmeos. Não contente com a situação, Kath havia se emburrado fechando a cara e corrido para encontrar seus irmãos fora dos limites da fazenda de sua família.
O local onde encontrou seus irmãos era um terreno plano, com gramado verde vivo, os ventos sopravam as folhas de árvores de uma mata que se iniciava próximo de onde os dois brincavam. Ao chegar no local, Kath via Kayla e Kaion apostando corrida entre si pela extensão do local, até que Kath foi observada e os dois pararam indo até ela com um olhar de raiva por terem sido seguidos. Kaion se colocou a frente impedindo que Kayla a agredisse com um tapa no rosto, segurando seu braço no último instante fazendo com que a pequena Kath fechasse seus olhos com medo, os abrindo novamente ouvindo a voz de Kaion.
- Não deveria ter nos seguido... - Sua voz era firme para uma criança, combinado ao seu olhar de raiva contida para Kath. - Volte agora para a fa...
Um rugido ecoou pela área e de dentro da mata um ser de dois metros e dez centímetros correndo balançando um porrete de madeira para os lados em direção aos trigêmeos. Kath olhou para a situação apavorada, enquanto Kaion a puxou para trás de seu corpo e se preparava para defender sua irmãs, mas Kayla foi mais rápida batendo a mão no peito de Kaion e avançando contra o monstro que em seu rosto possuía apenas um olho centralizado.
Com um simples golpe usando o porrete de forma lateral, Kayla havia sido lançada para o lado e o ciclope avançou contra Kath e Kaion.
- Volte depressa a fazenda, eu vou... - Kaion foi interrompido tendo seu corpo golpeado com brutalidade o lançando longe deixando apenas a pequena Kath indefesa contra o ciclope que fixava seu único olho na garota, enquanto uma baba escorria de sua boca aberta pronto para iniciar sua refeição.
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A última relíquia
FantasyO local onde costumavam chamar de lar havia sido destruído por seres que começaram a surgir aos poucos, mas se multiplicaram em um pequeno espaço de tempo servindo um ser primordial tão velho quando nosso próprio mundo, ou qualquer outro existente...