Capítulo 12

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A onda de criaturas vinha com intensidade contra nosso pequeno grupo. Seres de braços esguios, longas garras negras, altos, fumaça escura os rodopiando. Os Breus sabiam serem assustadores em grande número.  Apesar da situação, Stacy e eu nos divertíamos com isso. Éramos filho daquele que representava a guerra, estava em nosso sangue, mesmo que eu não aceitasse meu laço divino com aquele cara.

- Isso é tudo que vocês podem oferecer? - Stacy gritava caindo com força no chão, causando rachaduras com seu próprio punho.

Muitos Breus que antes voavam desceram ao solo, assim os enfrentando Ashley, Olivia, Stacy e eu. Quanto ao céu, Pandora voava sozinha enfrentando um grande número de inimigos, mas nada que amedrontasse a maga da lua. Dois Breus, na batalha terrestre, se chocaram testa contra testa causando a quebra de seus crânios ainda em minhas mãos. No momento em que suas cabeças começam se reconstituir, agarro seus núcleos atravessando a mão em seus peitos. Um som abafado por algo semelhante a cristal era ouvido de forma baixa enquanto seus corpos caiam em cinzas no chão.

Um vórtice de fogo e ar girava a alguns metros de mim, atraindo cerca de oito criaturas e as liquidando ao mesmo tempo. Cabelos vermelhos como o sangue eram vistos após o cessar do vórtice, uma foice dupla empunhada ainda em chamas e uma em ar circulando suas lâminas. Olívia mantinha um olhar sério em batalha, agora recuperada graças a Samsara mais cedo. A pequena ruiva tinha uma excelente capacidade no combate com sua foice aliada a habilidade de precognição.  Quando quatro criaturas correram em direção a Olívia, a cercando de todos os lados, de forma ágil ela foi capaz de prever um breve momento do futuro identificando os movimentos dos seres.

No exato momento em que as garras se cravariam em sua pele, Olívia foi capaz de girar seu corpo dando um salto a alguns centímetros do chão, passando entre todos os braços das criaturas ajudada por sua pequena estatura, saindo ilesa de onde estava  dando um impulso a frente quando seus pés tocaram o solo. Com o olhar fixo nas criaturas, ergueu sua mão estalando os dedos. Um som de vento assoprando se formou entre as criaturas com o estalo, quatro projéteis semelhantes a lanças surgiram do local onde a garota estava se cravando no peito de todos, assim acertando os núcleos. Apesar do golpe, os núcleos não se quebraram, entretanto, em segundos começaram a sumir. Os núcleos foram enviados para outra dimensão fazendo com que os corpos das quatro criaturas ali caíssem sem vida no chão.

Ashley era capaz de passar sem ser atingida entre grandes quantidades de inimigos, sua habilidade de ver a situação em câmera lenta fazia com que olhos normais a fizessem parecer se mover em alta velocidade, quando na verdade éramos nós que nos movíamos lentamente aos seus olhos. Com sua adaga, realizava ataques furtivos de forma veloz deitando os inimigos com incrível maestria, este era o poder dos filhos do deus dos viajantes. Stacy e eu estávamos cercados, por outro lado. Ficamos de costas um para o outro protegendo a retaguarda.

- Vamos fazer o círculo obscuro da morte súbita absoluta encoberto em fúria? - Perguntei para Stacy com uma alegria por isso, mas logo levando um soco no ombro sendo repreendido.

- Deixa o nome comigo. - Stacy reclamou. - Esses nomes de maluco gigante é difícil memorizar, eu chamo aquilo de...meteoro da morte!

Com o grito final de Stacy, segurei firme o cabo da espada e senti as mãos de Stacy em minha canela no momento em que dei um salto na altura de seus ombros. Em um forte puxão, eu estava sendo girado por Stacy criando um círculo com a ponta da espada esticada. Todos que se aproximavam de nós eram fatiados de forma rápida, tendo seus núcleos destruídos ao mínimo contato. Esse combo que desenvolvemos era muito eficaz contra um número considerável de inimigos, mas tinha uma falha, somente acertava nas laterais deixando o topo com aberturas para recebermos ataques, e assim foi.

A última relíquiaOnde histórias criam vida. Descubra agora