Nono dia: Eu gosto mesmo de você

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Assim que acordei, notei que havia um corpo quentinho grudado ao meu. Sorri automaticamente ao sentir o cheirinho doce do seu sabonete logo próximo ao meu rosto e os cabelos macios contra minha pele. Adorável, e eu sequer precisava abrir os olhos para saber disso.

Ontem, após o convite de Jimin, nós fomos para a sua casa e caímos já cansados na cama após um banho. Não fizemos nada além de trocar beijos, carinhos e palavras bonitinhas que derretiam um ao outro. Foi muito gostoso, se querem saber. E não precisamos de nada mais ousado para ser um momento prazeroso ainda assim.

Acontece que Jimin tem muitos receios, então sempre vou deixar que ele dite o ritmo para nós dois. Isso não me incomoda nem um pouco.

— Vamos acordar, bebê? — Chamei baixinho, acariciando a cintura de Jimin com ternura, deixando beijinhos em sua nuca e vendo-o se encolher mais contra o meu corpo, o que acabou me fazendo rir. — Amor...

— Mas está tão bom assim. — Murmurou, eu podia imaginá-lo fazendo um bico adorável. — Eu quero ficar agarradinho em você. Me deixa aproveitar.

O abracei de maneira mais confortável assim que ele se virou de frente para mim e enfiou o rosto na curvatura do meu pescoço, agarrando minha pele como se eu fosse fugir a qualquer instante. Mas, bem, sair dali não estava nos meus planos. Sendo sincero, por mim ficaria o resto do dia ali, agarrado no meu amor.

Entretanto, quando decidi fechar os olhos e dormir mais um pouquinho — mesmo sem saber o horário —, tomei um susto ao que alguém abriu com tudo a porta do quarto de Jimin.

— Vamos levantar, meu be... — Uma voz masculina... o pai de Jimin?

— Appa, me deixa dormir. — Jimin murmurou ainda contra meu peito, parecendo pouco se importar que eu estava quase nu e deitado junto a si.

— Por que tem um homem nu na sua cama? — O mais velho perguntou com calma, e Jimin pareceu perder a paciência ao sentar-se com tudo na cama.

— Appa, você conheceu o Jungkookie ontem, lembra? — Indagou enquanto coçava seus olhinhos e bocejava, adorável. — Não precisa imaginar mil e uma coisas que sei que está pensando, nós só dormimos.

— Ah, se é assim.

— E nos beijamos bastante também, mas foi só, eu juro. — Jimin deu de ombros e levantou da cama com seu pijama amarelinho que era um amorzinho só. Como eu podia admirá-lo quando estava quase tendo uma síncope? — Vou tomar banho.

Jimin depositou um beijo na bochecha do seu pai e adentrou o banheiro do seu quarto, me deixando ainda mais perdido, porque... eu estava sozinho com seu pai.

Eu sentei totalmente desconfortável na cama, olhando para um ponto fixo na minha frente, sem saber o que esperar daquela provável conversa que teria. Só travei ainda mais quando o mais velho sentou ao meu lado, as mãos juntas sobre as pernas e um olhar aterrorizador também em um ponto fixo na sua frente.

— E-eu... — Tentei começar, mas ele me olhou com tanta firmeza que desisti. — Não precisa me olhar como se fosse me matar.

— Dependendo do que você me responder, pode ser que eu de fato o mate. — Afirmou, me fazendo engolir em seco. — Quais as suas intenções com meu filho?

Eu queria mostrar minha indignação perante sua pergunta tendo em vista que Jimin era mais velho do que eu, contudo não me senti encorajado o suficiente uma vez que aquele era seu pai. Jimin é filho único, todos o conhecem por saber o quão mimado ele é, é óbvio que seus pais o protegem e querem cuidar o tempo todo.

— Eu gosto do seu filho. — Afirmei. — Eu gosto dele desde o ensino médio. Ele não sabe, e eu pretendo contar a ele com calma sobre meus sentimentos. Nós não tivemos uma conversa sobre isso, na verdade.

— Isso não é um lance de verão? — Suavizou sua expressão na minha direção. — Jimin nunca namorou, nunca trouxe nenhum amigo para casa, me espantou vê-lo ontem com seis amigos aqui.

— Ele quis se afastar de mim, mas eu o mostrei que não sou como os outros se aproximam dele. — Continuei, me sentindo mais encorajado. — Quando Jimin se permitiu entrar na minha vida, ele acabou entrando na dos meus amigos também, e aqueles cinco podem ser bem doidinhos, mas são ótimas pessoas.

— Entende que só tenho medo, certo?

— Eu também tenho, Jimin é muito precioso e tenho medo de magoá-lo. — Confirmei, porque era mesmo verdade. — Mas no que for da minha escolha, eu nunca vou machucá-lo. Eu prometo.

— Está aprovado, então. — Ele riu.

E nem esperou pela minha resposta, somente saiu do quarto.

O que acabou de acontecer aqui?

~#~

Uma das minhas descobertas favoritas foi notar o quão bem a mão de Jimin se encaixa na minha. Sério, não tem sensação melhor do que ter seus dedinhos grudadinhos aos meus, é só... tão bom.

— Por que me trouxe aqui? — Quebrou o silêncio, ansioso como só ele conseguia ser.

Passei o dia inteiro na casa de Jimin, nós vimos filmes, comemos besteira e conversamos com seus pais. Tudo foi muito leve e tranquilo, ainda mais que seus pais me aceitaram extremamente bem e me fizeram sentir que eu pertencia a aquela família de alguma forma.

Mas então, no fim do dia, eu convidei Jimin para darmos uma volta. Acabou que ficamos na área das piscinas reservadas do clube. Não era nenhuma ocasião especial, eu só queria ficar a sós um pouco com ele.

— Porque queria um momento a sós com você. — Expliquei, e era a verdade mesmo. — Amor... você se sente inseguro com o que temos?

— Na verdade, me sinto inseguro por não saber o que nós temos. — Quase sussurrou, apertando minha mão um pouco mais, as pernas balançando levemente dentro da piscina. Estávamos sentados na borda, somente as pernas dentro da água. — Mas estou tentando entender que estamos indo com calma, ou minha cabeça vai criar outra vez um bicho de sete cabeças e eu só vou pensar que estou sendo usado...

Mas não era isso, estava longe de ser. Eu, no começo, fui o responsável por pensar que Jimin somente queria um amor de verão, enquanto eu voltaria para a faculdade me sentindo frustrado e de coração partido por permanecer o amando em qualquer circunstância.

Espera... amando?

— Isso não vai acontecer, bebê. — Precisei afirmar enquanto segurava com carinho seu rosto e o fazia me olhar. — Porque eu gosto de você. Eu gosto mesmo de você. Há muito tempo.

— Você gosta? — Havia um brilho sem igual nos seus olhos. — Mesmo?

— Mesmo, mesmo. — Confirmei outra vez, o roubando um selar. — Mas eu ainda não vou pedir você em namoro, não porque não quero, mas sim porque você merece algo especial. Certo? Não precisa criar esse bicho de sete cabeças, porque esse idiota aqui é todo bobinho por você.

Jimin riu feito uma criança feliz, em seguida me abraçou e me apertou contra si, rindo ainda mais enquanto eu beijava seu rosto e aproveitava para morder suas bochechas tão vermelhinhas nesse instante.

— Jungkookie?

— Sim. — O olhei, vendo-o ainda mais vermelho.

— Eu também gosto muito de você.

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Oii, gente. 15 votos no último capítulo e somente 3 comentários. Meu bloqueio não me ajuda e eu me sinto a cada dia mais frustrada, a fic tinha uma média de 20/30 comentários por capítulo e agora não passa de 6, isso é tão triste pra uma autora, que só consigo pensar que realmente está péssimo o que venho escrevendo :(

Enfim, escrevi com carinho apesar de tudo, então espero que vocês tenham gostado... beijinhos ♥

15 Dias Para Conquistar Park JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora