Há um problema em ficar muito feliz quando o motivo é outra pessoa além de si mesmo, porque você fica com cara de bobo e é tão visível e diferente do seu jeito normal, que seus amigos certamente vão notar sua estranheza.
Então é óbvio que meu sorriso bobo rendeu olhares maliciosos dos meus amigos e comentários ainda piores. Até porque Jimin não apareceu para tomar café da manhã e eu estava daquele jeito desde ontem à noite, quando provei o quão macios são os lábios de Jimin — mesmo que apenas com selinhos castos e provocantes.
— Ele não veio porque você acabou com ele noite passada, né? — Obviamente a pergunta veio de Taehyung, enquanto meus amigos apenas reviraram os olhos. — Vocês não transaram, Jungkook?
— Hyung! — Quase gritei de volta por conta da altura que ele questionou. — Nós nem nos beijamos direito e você queria que eu transasse com ele?! É muito cedo! Não posso errar com ele, não posso mesmo.
Eles me aconselharam de diversas formas, Taehyung e Yoongi disseram que não demoraria nem quinze dias para Jimin estar na minha cama, Seokjin e Namjoon me incentivaram e ir com calma e Hoseok apenas disse para eu ir com tudo e ainda assim cheio de carinho.
Podia parecer um monte de conselho irrelevante, mas eu compreendi a preocupação por trás de cada um deles. E o que eu queria, na verdade, era seguir todos ao mesmo tempo, mas ainda não sabia o ritmo que Jimin queria levar.
Falando nele, recebi uma mensagem sua que prontamente arrancou risada dos meus amigos — e olha que eles sequer sabiam o conteúdo dela, eles deram risada somente da minha feição.
Jimin hyung:
| Bom dia, Jungkookie. Podemos almoçar juntos hoje? Pode ser no refeitório se quiser, mas... queria comer com você.
Eu:
Bom dia, Jimin hyung. Claro que podemos almoçar juntos. Estarei esperando ansiosamente. |
Eu sorri feito um idiota outra vez e ainda soltei um suspiro, ouvindo ainda mais risadas vindas do meu grupinho de loucos — que eu costumo chamar de amigos, embora muitas vezes eles sequer mereçam.
Nós passamos a manhã inteira jogando cartas na beirada das piscinas, passando o tempo e conversando todo o tipo de besteiras com os quais já estávamos incrivelmente acostumados.
Passar um tempo com eles sempre é precioso para mim, porque na faculdade nós não temos tanto tempo assim juntos, cada um está ocupado com seus próprios estudos e obrigações, infelizmente não sobra tanto tempo para distrair.
Ouvi ainda mais piadinhas quando tomei um banho e vesti outra roupa para encontrar Jimin no almoço. Combinei com ele por mensagem de nos encontrarmos no refeitório mesmo e logo Jimin disse que já estava me esperando.
Quando cheguei lá já o encontrei sentadinho, balançando as pernas freneticamente sob a mesa e mexendo nas próprias mãos sem parar. Isso sem falar do lábio inferior preso entre os dentes.
— Não prefere que eu morda a sua boca? Eu vou fazer com carinho, do jeito que está fazendo você só vai se machucar. — Sussurrei ao lado dele, recebendo um sorriso de canto e bochechas bem vermelhas. — Tudo bem, hyung?
— S-sim... por que não estaria? — Seu nervosismo foi tão adorável que eu apenas sorri. — Vamos comer?
Concordei com a cabeça e o deixei ir na minha frente se servir no grande buffet do restaurante, indo logo atrás de si e sorrindo a cada poucos segundos pelo nítido nervosismo dele. Me fazia bem pensar que causava reações como essa em Jimin, como ansiedade, porque isso mostrava que nem tudo que eu sentia era unilateral. Existia uma parte recíproca.
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15 Dias Para Conquistar Park Jimin
Hayran KurguPark Jimin era o garoto mais mimado da universidade, filho do dono de um dos maiores clubes de piscinas de Seul. Como um bom filhinho de papai, ele decide fazer da vida de Jeon Jungkook, o garoto popular da faculdade, um verdadeiro inferno, sem nem...