Capítulo CINCO

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Tudo parece tão colorido e feliz. Eu estou feliz. Me sinto empolgada... Alegre... Alta. Estou rindo, e nem sei ao certo do que, enquanto Christian está segurando em meu antebraço, me puxando junto de si para o que eu acredito ser um saguão de um hotel de luxo, já que, eu acabara de passar por um cintilante candelabro de cristal. Uau! Estou maravilhada com o brilho resplandecente da luz, quando sou impedida de continuar admirando-a, sendo arrastada para um grande e majestoso cubículo de ferro. Estou num elevador? Acho que estou. Há dois espelhos laterais que me permitem ver umas duas ou três de mim mesma. Minha visão está embaralhada. Sorrio debilmente até perceber que Christian está dizendo algo pra mim, mas não consigo assimilar suas palavras. Apenas assisto seus lábios se mexerem. Acho que ele está dizendo algo importante. Eu deveria estar prestando atenção. Deveria... Mas sua boca me distrai. O quão insana eu estou? Inclino a cabeça para o lado vagarosamente, analisando seus lábios por um outro ângulo. Continuam apetitosos, maravilhosos... Deliciosos. Oh... Parecem macios como um marshmallow. Hmm... Qual será o gosto deles? Será que são tão doces quanto um marshmallow macio e fofinho? Preciso provar. Necessito provar...

- Me beija, Christian! - balbucio incoerente, avançando contra ele até encosta-lo contra a fria parede de metal.

- Anastásia, o que está fazendo? - seus olhos se estreitam, confusos.

- O que eu queria que você tivesse feito. - digo, antes de espalmar minhas mãos em seu rosto e colar nossos lábios com urgência. Mas quando ameaço invadir sua boca com minha língua, Christian me afasta, quebrando o beijo bruscamente. Oh, droga!

- Anastásia, você está bêbada. - ele arfa. Suas mãos estão em meus ombros, me mantendo a um braço de distância.

- "Anastásia, você está bêbada." - balbucio tentando inutilmente imitar a voz de Christian, batendo meu indicador em seu peito. - "Anastásia, fique longe de mim." - continuo, ainda forçando uma voz masculina. - "Anastásia, eu não sou homem pra você." - rio sozinha, sentindo meu corpo amolecer e novamente eu estou nos braços de Christian, mas ele me ajuda a me firmar. - "Eu sou Christian Grey, eu mando na porra toda, quem sabe sou eu, quem manda sou eu." - minha gargalhada é alta e escandalosa. - Bla, bla, bla... Eu prefiro você calado. - sorrio maliciosa, apoiando minhas mãos em seus ombros. - Eu gosto de você calado... - rio, colocando meu indicador sobre sua boca. - E eu sei exatamente como te calar. - sussurro antes de me inclinar, juntando nossos lábios outra vez, mas novamente ele me afasta. Não sei porque mas, estou começando a ficar frustrada com isso.

- Anastásia, pare! - me repreende, saindo de perto de mim e indo para a outra extremidade do elevador. Eu não o entendo... Será que eu 'to com mal hálito?

- Por que não quer me beijar? - me viro para ele, olhando-o como uma criança que acaba de perder o colo. Eu rejeitei José, que queria me beijar, e agora estou tentando beijar um cara que me rejeitou e aparentemente não quer me beijar. Qual é o meu problema? Eu gosto de sofrer, só pode!

- Porque você não quer isso. - diz, me olhando através do espelho.

- Eu quero sim! - bato o pé infantilmente.

Christian passa uma mão pelo cabelo.

- Você está bêbada. - ele se vira para mim. - É a bebida quem está falando.

Eu me aproximo dele.

- Não é! Eu estou perfeitamente consciente. - minha voz soa mole e arrastada, e eu cambaleio para o lado. Droga!

- Não. - Christian segura em meus ombros, me firmando no chão. - Você não está. - ele me solta e se afasta de mim outra vez. Bufo, me virando para ele novamente.

Cinquenta Tons de Steele - INDOMÁVELOnde histórias criam vida. Descubra agora