Capítulo DEZESSEIS

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Abro a porta e encontro Christian sorrindo, parado na varanda, vestindo uma calça jeans, camisa polo branca e jaqueta de couro. Preciso afirmar que está lindo?

— Eu já disse que você parece um adolescente rebelde quando se veste assim? — zombo, me recostando ao batente da porta.

— Senhorita Steele, não sei se devo levar isto como um elogio. — ele arqueia uma sobrancelha.

— Você fica muito sexy vestindo couro. — afirmo, olhando-o de cima abaixo.

Seu rosto se ilumina com seu sorriso radiante.

— Agora eu gostei. — diz divertido, e levanta uma garrafa de champanhe à minha frente. — Eu trouxe isso para celebrarmos a sua graduação. Nada melhor que Bollinger.

Balanço a cabeça levemente, fingindo pensar.

— Eu sei o que você veio fazer aqui, e garanto que a minha formatura não tem nada a ver com isso. — cruzo os braços, sorrindo cínica.

Ele sorri.

— É por isso que eu gosto de você, Anastásia. Sempre tão esperta! — debocha. — Eu adoro essa sua sagacidade.

Semicerro os olhos em sua direção.

— Sei... — murmuro entre dentes, antes de me desencostar da porta e me virar. — Entra ai, e fecha a porta. — digo, caminhando tranquilamente até a cozinha, pego duas xícaras e volto para sala, encontrando Christian com um estranho brilho de expectativa em seus olhos cinza. — Espero que não se importe... Nós só temos xícaras, já empacotamos todos os copos.

— Xícaras? — ele torce o lábio com expressão divertida. — Bem, isso parece bom para mim.

Rio baixo e coloco as xícaras sobre a mesa, lembrando-me de uma coisa.

— Mas antes de começarmos... — inicio, pegando o pacote marrom de livros. — Isso é pra você. — digo, entregando-lhe ansiosamente.

Christian franze a testa, colocando a garrafa de Bollinger sobre a mesa e volta seu olhar para o pacote em suas mãos.

— Hm... Interessante. — murmura. — Uma citação muito oportuna. — ele desliza seu dedo indicador distraidamente pela escrita. — Eu acho que eu era D 'Urberville, não um Anjo... E você optou pela corrupção. — ele me dá um breve sorriso de lobo. — Só você poderia encontrar algo que soa tão certo e apropriado ao mesmo tempo. — afirma, e sua expressão muda para pensativa. — Mas também me soa como um apelo... — constata com perspicácia. — Quer que eu vá devagar com você?

— Quero que pense sobre o que eu te disse. — digo calma.

Ele balança a cabeça em entendimento.

— Eu comprei isto para você, Anastásia. — diz suavemente, seu olhar morno e impassível. — Eu irei pensar sobre sua proposta se você aceitar.

Olho-o, controlando minha irritação.

— Christian, esses livros valem mais de vinte mil dólares! Eu não me sinto bem com você me dando coisas desse tipo. — retruco, respirando fundo para não começar uma discussão.

— Percebe? — seu tom é duro e ríspido. — É isto o que eu estava falando, você me desobedecendo, me desafiando... Eu quero que você tenha os livros e isto é o fim da discussão. É muito simples. Você não tem que pensar sobre isto. Não tem que concordar ou discordar. Como uma submissa você só tem que ser agradecida por eles. Você só aceita o que eu compro para você porque me agrada fazer isso, e ponto final.

Fecho as mãos em punhos, olhando-o chocada.

— Não fale comigo desse jeito. Eu não sou sua submissa! — exclamo em protesto.

Cinquenta Tons de Steele - INDOMÁVELOnde histórias criam vida. Descubra agora