Capítulo Vinte e Três: Portugal

1.2K 88 4
                                    

Isa me ajudou a fugir dali o  mais rápido possível e já longe eu desabei em lágrimas, estava morrendo de nojo do meu corpo. Ela tentava me acalmar a todo momento, acabamos indo para o hospital e lá me sedaram.

(...)

Acordo com James dormindo na poltrona do quarto, lembro do que aconteceu e me exalto fazendo os aparelhos apitarem. James pula da poltrona indo até mim.

-Calma! -Diz me abraçando.

Eu só sei chorar e ter nojo de mim mesma, foi uma imagem que parece nunca sumir de minha mente. James me apertava em forma de consolo e assim eu fui ficando mais calma.

-Tudo bem. Tudo vai ficar bem! -Ele sorria meio sem graça.

-Eu o matei...

-Ele mereceu! -Diz travando o maxilar.

-E o meu pai? -Pergunto e ele apenas balança a cabeça que não.

Ele não quis manchar a imagem dele e deixar que o vissem aqui comigo, ainda mais depois de matar alguém.
A enfermeira entra no quarto com um coquetel contra IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis), alguns remédios.

-Olá... -Sorria me fazendo retribuir o ato.

Ficamos em silêncio até ela acabar, assim que a mesma saiu James veio até mim e passou a mão em meus cabelos.

-Seu pai não sabe que estou aqui. -Disse dando uma pausa. -Ele acha que ainda estou resolvendo com os advogados e alguns policiais!

-Policiais?

-Calma, eles odeiam estupradores. Vão queimar o corpo e dar fim aos restos mortais do cretino! -Disse tranquilamente.  -Vim ficar com você para Isa ir para casa.

-Entendi... -Falei ainda triste. -Mas as pessoas que estavam com eles irão me procurar!

-Eu vou te ajudar, relaxa! -Depositou um beijo em minha testa e voltou para a poltrona de frente para meu leito. -Tente descansar.

J.B.
Encontrei o Aaron perto de um hospital e o mesmo me disse que a Mandy matou alguém, não entendi muito bem, a Isabella estava lá e a mesma me explicou tudo detalhado.

-Preciso que você resolva isso para mim, darei todo suporte e dinheiro que precisar! -Ele diz me dando um cheque recheado.

Não sei dizer se o Aaron estava agindo corretamente como deveria, pois o entendo como empresário. Porém ele deveria ser pai em primeiro lugar.
 Adentro o hospital e procuro o quarto da Mandy, chegando lá a encontro desacordada.

-Vou revolver tudo... -Deposito um beijo em sua testa e saio para resolver.

Ligo para o Lyam avisando que precisava da ajuda dele e de seus amigos policiais, chegando ao local onde tudo aconteceu avisto Lyam e três policiais em um canto conversando baixinho. Entre eles havia um delegado.

-Olá! -Falo ao me aproximar.

-Tudo certo, iremos dar um fim ao corpo colocando fogo e depois dando fim aos retos. Odiamos estupradores... -Diz um policial.

-Mas não iremos conseguir conter a fúria de familiares do individuo... -Disse em tom irônico.

-Aqui está o cheque! -Falei o entregando fazendo com que ele sorrisse de canto.

Eles retiraram o corpo do cafajeste e o enrolou num lençol feito um animal.

-No momento as câmeras estão desligadas, mas no acontecido estavam ligadas, melhor preparar-se para qualquer coisa. -O delegado diz para mim.

Após umas conversas para selarmos acordo, voltei ao hospital aonde a Mandy ainda continuava dormindo. Deitei na poltrona de frente para seu leito para observa-la melhor, alguns minutos depois ela acorda assustava me fazendo saltar de onde cochilava.

(...)

No dia seguinte fiz algumas pesquisas com contatos que tenho dentro do departamento de policia e descobri que o cara que a Mandy matou é alemão e faz parte de uma gangue pesada de tráfico. Mandy recebe alta, ligo para alguns contatos privados e a levo para um apartamento reservado.

M.M.

Recebi alta e o James me trouxe para um APÊ e assim que adentramos ele pega seu notebook.

-O que está fazendo? -Pergunto ao mesmo que parecia atrasado para algo.

-Reservando um voo para Portugal! -Dizia sério me assustando.

-Não entendo... -Indago.

-Ouvir dizer que ele era barra pesada e com certeza seus amigos irão atrás de quem o assassinou! -Dizia apreensivo. - Precisamos sair daqui o mais rápido que pudermos para não acontecer algo pior.

Não acredito que minha vida virou um pesadelo da noite para o dia, literalmente. Era para ser apenas mais um dia de balada, ficando com alguns garotos e logo eu o cara escolhe para estuprar, e pra completar ainda o mato. James só achou passagem que fossem para amanhã, mas eu vi sua aflição em querer me tirar do país, ele então ligou para alguém e disse que iríamos de jatinho particular.

-Vou tomar um banho! -Disse indo até o corredor.

Eu ainda não sei como minha vida tomou esse rumo tão sem sentido, morte, esconderijos e tudo mais.

Vou até um dos quartos, olho para o lado e vejo o James de costas no Box. QUE HOMEM!
Quando ele ameaça virar, me assusto e vou para o quarto onde estavam as roupas do James.

-E as minhas roupas? -Pergunto em tom alto para que ele possa me ouvir.

-Compramos lá.

14:00

Aqui estamos nós dois DO NADA dentro de um jatinho particular do cara que eu brigo mais que tudo indo para Portugal.

-Vamos brincar de algo para passar o tempo? -Quebro o gelo.

-Brincar?? -Retruca.

-Sim. Vamos passar sete horas no mesmo lugar, não quero que fique um clima chato! -Explico.

-Mais né? -Fala baixinho.

-Oi?

-Nada não. -Disse frio. -Mas só aceito a brincadeira se tiver algo de molhar o bico.

Sorrimos, e assim ele foi até o bar que havia em seu jato pegando uma garrafa de Rum junto com duas taças.

-Verdade ou desafio! -Falei sorridente.

-Eu começo... -Disse enchendo nossas taças. -Eu nunca fugi de casa!

Ele me olha e eu sou obrigada a dar um gole do Rum.

-Eu nunca transei com profissionais de massagens ou algo do tipo... -Alfineto e ele bebe.

-Quem nunca né! -Sorri parecendo ter ganho algum troféu. -Eu nunca fiquei com qualquer um para esquecer alguém.

Me parece que isso aqui está virando pessoal.

-Nunca paguei por sexo! -Falei o alfinetando mais uma vez.

-Acha que preciso disso? -Pergunta colocando a taça de lado.

-Não preciso achar nada. -O respondo.

Ele se aproxima me causando arrepios em minha espinha.

-Não vai continuar ou ficou ofendido? -O provoco.

-Ofendido? Eu? -Soltou uma gargalhada gostosa. -Todas me querem! Você acha que não vi você me olhando no Box?

Me fez engasgar com a bebida.

-Não te olhei. -Menti.

-Quer enganar a quem Mandy? -Disse desabotoando sua camisa social.

O Sócio do Meu PaiOnde histórias criam vida. Descubra agora