Capítulo Vinte

2K 108 13
                                    

Assim que acabamos, James continuou deitado ao meu lado.

-Isso jamais devia ter acontecido! -Falei arrependida.

-Foi ruim? -Pergunta confuso.

Resolvo não responder, ele sabe que não foi ruim mas eu preciso me afastar dele por ser sócio do meu pai e estar me sujeitando a iludir ele ou o Gustavo.

-Por favor, é melhor você ir. -Levantei, peguei a calcinha e vesti.

James fez o mesmo e saiu do meu quarto sem soltar uma palavra.
Sempre que nos encontramos acabamos de cara fechada um pro outro.

(...)
No dia seguinte acordo com vozes atropeladas no corredor, meu pai e James estavam de viajem. Parece que eu nem dormi.

Levantei indo na direção deles e vejo o olhar chateado do James.

-Filha, não deveria estar dormindo?? -Meu pai pergunta.

-Levantei parar beber água. -Menti.

Desci e encarei o James como um sinal. Cheguei na cozinha, peguei um copo d'água e esperei ele aparecer... O que não aconteceu, pois ouvi a porta bater e o silêncio sequencialmente sendo interrompido pelo barulho do salto de piranha da Taylor.

-Vadiazinha Mirim? -Disse com aquela voz de madrasta má.

Não a respondo e saio de perto da mesma indo para o meu quarto, peguei meu celular e marcava exatamente 4 da manhã, então resolvi dormir.

J.B.
É difícil entender o quê a Mandy quer. Às vezes ela me quer, às vezes não... está complicado continuar insistindo em uma coisa que eu vejo não fluir.

Fiquei pensativo a viagem inteira até Seattle.

-Tudo bem James? -Aaron pergunta me tirando do devaneio.

-Sim... Está tudo bem sim! -Respondi.

-Parece distante...

-Assuntos pessoais mal resolvidos! -Soltei e ele não perguntou mais nada.

Continuamos a viagem calados até pousamos.

-Vamos em carros alugados separados para termos mais privacidade e liberdade para irmos aonde quisermos. -Gargalhou e eu sorri.

Adentro o carro e sigo meu sócio até o hotel que ficaremos hospedados.

(...)
Nossa reunião seria amanhã cedo, então tenho o resto do dia para aproveitar e pensar no que estou fazendo da vida ultimamente.

Olhei o celular e não havia nada da Mandy até que o celular vibra.

Ligação:

-Desculpa por tudo que anda acontecendo entre a gente. Mas não dá pra continuar assim, não posso te prender desta forma!

-Mandy...

-Só me escuta, todo mundo precisa de alguém e eu não posso ser sua. -Disse embargada.

-Qual o motivo? -Pergunto mas ela continua calada do outro lado. -Você tem alguém??

Ela desligou, o que é uma boa resposta para mim. E DE HOJE EM DIANTE IREI VIVER MINHA VIDA!!

M.M.
Levantei parecendo uma zumbi, não preguei os olhos um minuto pensando no James e em como poderíamos ficar juntos se meu pai não aprovaria, ele poderia até fazer com que o James perdesse tudo.

Então liguei pra ele e falei tudo que eu queria ou pelo menos tudo o quê eu precisava para fazê-lo se afastar de mim.
No final da ligação eu chorei igual bebê, mas precisava libertar ele de mim. Talvez o quê sentimos seja paixonite, algo passageiro.

(...)
Isa chegou em casa me encontrando entupida de lanches e chorando com filmes melosos.

Ah, e sim. Estou na casa da Isa já faz algumas horas.

-O que houve amiga?? -Pergunta se aproximando rapidamente para me consolar.

-James e eu transamos. -Respondo entre choros. -Mas falei que era errado e ele saiu chateado do quarto, mais tarde quando ele já estava em Seattle eu o liguei e falei para seguir a vida dele!

-Você está maluca??? -Grita. -Não ver que vocês são feitos um para o outro?

Continuei cabisbaixa e ela lá me dando sermão, mas minha cabeça não estava aqui e sim em Seattle.

-Você precisa falar com ele. -Disse dando meu celular.

-Já falei que não vou, é melhor assim. Melhor sem mim e com emprego do que sem nada! -Falei e fui para o quarto.

Uns minutos depois recebo uma mensagem do Gustavo me chamando para dar uma volta por aí e é claro que aceitei.

-Isa, vou dar uma volta. -Gritei no corredor e peguei minha mini bolsa.

Gustavo estava com o carro parado na esquina, vi que não estava sozinho.

-Oii... -Gaguejei ao me aproximar.

-Maah, esse é meu filho. -Disse ele apresentando um pequeno garotinho ruivo com a perna enjessada.

-Oi, Mah. -Disse o garoto.

-Tudo bem pequenino? -Sorri.

Gustavo o prendeu de volta na cadeirinha e me ajudou subir no seu carro. Paramos em frente uma casa no centro.

-Só um minuto! -Gustavo diz descendo do carro e pegando seu filho no braço.

Pedro me deu língua escondido do Gustavo me deixando boquiaberta na falsidade do garoto tão pequeno, uma mulher ruiva aparece na porta da casa e sorri pro Gus.

Fiquei no carro olhando eles e vi que a mulher me olha rápido e fecha a cara pra ele, os dois parecem discutir e ela toma o garoto dos braços do pai batendo a porta em seguida.

-Desculpa te fazer esperar. -Disse e parecia estressado.

-Tudo bem.

- Não, você não sabe o quanto é estressante ter um vínculo com uma ex namoradinha e principalmente quando ela é chata e grudenta! -Desabafa.

Nossa... -Minha Mandy interior e surpreendida aparece.

(...)
Estamos passeando num parque enquanto Gustavo fala sobre sua vida, descobri que ele é brasileiro. Conversamos sobre várias coisas aleatórias até eu me enjoar das histórias de vida dele e resolver ir pra casa.

-Estava com o Gustavo né, como foi? -Isa perguntou assim que apareci no hall, parecia mais calma em relação os sermões mais cedo.

-Uma droga... -Falei revirando os olhos.

Talvez seja a TPM que está pra chegar daí eu fico enjoando e me estressando com tudo.

-Primeiro ele me apresentou o filho que é um pestinha falso e pra completar a mãe do filho dele é uma surtada e ciumenta. Sem contar que as histórias do Gustavo são chatas! -Por fim falei me jogando no sofá.

-Nossa, que empolgante uhulll... - Ironizou Isa.

Hoje o dia estava muito chato, não consigo pensar em nada.

-Aonde vai? - Isa pergunta ao me ver indo até a cozinha.

-Me encher de besteiras e hibernar um pouco! -Falei pegando um pote de sorvete e indo pro quarto.

....

O Sócio do Meu PaiOnde histórias criam vida. Descubra agora