Capítulo Doze: Primeiro dia

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Tava descendo a escada com minhas malas e bolsas quando vejo a Taylor passar a mão na perna do James.

-Você tá louca? -Gritei.

Eles dois me olharam, James confuso e a Taylor assustada por ter pegado ela com a boca na botija. Por sorte ou azar meu pai não estava com eles.

-Algo errado? -Meu pai pergunta assim que chega.

Pensei em falar mas ele nem iria acreditar em mim, James ficou calado e a Taylor pagou de doida.

-Nada meu amor, foi só porque eu mandei o uber dela embora. -Mentiu.

-Você o quê??

-Fazia tempo que ele estava esperando, então mandei.

-James, desculpa mas aconteceu um imprevisto! -Meu pai disse e parecia estressado.

Peguei minhas coisas e sai sem me despedir ou ouvir a conversa deles.

-Está indo pra onde?

-Não interessa. -Fui ríspida.

-Por quê me tratar assim?

-Lembra que você me tratou assim antes de vir pra cá?

-Você sabe muito bem o motivo. -Disse e eu fingi demência. -Deixa eu te levar.

-Só porque não encontro uber. -Falei bloqueando o celular.

Ele me ajuda a colocar as coisas no porta malas e depois a entrar em seu carro.

-Por quê gritou com a Taylor? -CÍNICO!!!

-Ata James. -Ironizei.

-É sério...

-Ela tava dando em cima de você mano.

J.B.
Aaron desce a escada irritado com a filha e vai a algum lugar fora de casa, Taylor não tira os olhos de mim.

-Você é lindo. -Disse.

-Hum.

-Já pensou em ser modelo da playboy? -Pergunta toda safada.

-Não. -Fui firme em minha resposta.

-Com esse porte...-Disse passando a mão em minha coxa.

Escuto a Mandy gritar um "Tá maluca?" e a encaro sem entender, parecia até ciúmes mas acredito que foi raiva pelo pai.
No carro perguntei o motivo.

-Ela é uma sem caráter. -Respondi após seu comentário.

-E você tava gostando! -Resmungou.

-Ciúmes? -Pergunto a olhando.

-Claro que não, meu pai está sendo enganado por aquela mulherzinha e nem percebe! -Disse e é claro que concordo.

-Tem razão. -Olhei para a frente.

Ficamos em um silêncio ensurdecedor e isso já estava me matando.

-Estamos indo para onde mesmo? -Pergunto.

-Nossa, não acredito que esqueci. -Gargalha. -Casa da Isa.

Deu o endereço e eu segui, de vez em quando a olhava e pegava algumas olhadas dela que logo eram desviadas.

-Tudo bem? Ainda não me disse o motivo de estar saindo de casa...

-Longa história. -Disse cabisbaixa.

-Imagino.

-A convivência com meu pai está terrível por conta da noiva dele. -Suspirou. -Ela vai dá o bote nele e ele nem enxerga isso!

O Sócio do Meu PaiOnde histórias criam vida. Descubra agora