Capítulo Vinte e Nove

768 56 9
                                    

Assim que acabamos nosso café da manhã já estávamos de malas arrumadas, então chamei meu helicóptero particular e fomos destino Toronto. Mandy estava inquieta, o que me deu muita agonia.

-Vai ficar tudo bem, meu amor! -A abracei depositando um beijo em sua testa, percebi seu semblante relaxar um pouco.

Assim que pousamos a Mandy estava bastante nervosa e sem saber se iria diretamente para a casa do Aaron.

-Se quiser eu vou com você. -Falei.

-Não precisa, tenho que resolver isso sozinha! -Disse ainda sim determinada.

M.M.
Chegamos á Toronto e já fui direto para casa do meu pai, chamei um Uber e fui destino ao meu grande passado. Avisto uma Ferrari em frente minha casa e suponho que ela deve estar lá.

-Obrigada, pode ficar com o troco. -Falo descendo do carro suspirando fundo.

Deixei minhas malas com o James, pois irei procurar um apartamento para alugar. Ao adentrar aquela grande sala, um silêncio ecoa pela mesma ATÉ um certo ponto da casa.
Ouço barulhos vindo do escritório do meu pai, como gemidos e imaginei a vadia da Taylor.

Pego meu celular e finjo falar com alguém para que ele soubesse que eu estava ali.

-Oi?? Acabei de chegar... tudo bem, cheguei bem sim... Não sei, acho que meu pai deve estar lá em cima...

Funcionou, os barulhos de trepada e gemidos pararam e alguns minutos depois meu pai aparece todo suado enrolado em seu roupão.

-Mandy? -Ele parecia assustado.

-Oi pai...

-Não me avisou que viria tão cedo! -Isso me fez estranhar, pois ele nunca precisou de aviso prévio.

-Algum problema? -Assim que pergunto, uma mulher loira aparece na porta de seu escritório e me parecia familiar por algum motivo no qual irei descobrir daqui alguns segundos. -Não vai me apresentar?

-Oi filha... -A mulher atrás dele fala quase sem voz.

Nesse exato momento eu só ouvia meu coração acelerado tentando bombear sangue para o meu cérebro, tudo começou ficar longe e me senti fraca.

-Mandy!! -Meu pai grita e eu apago.

(...)
Acordo tendo flash de um sonho estranho com a minha  mãe, mas ao olhar para o lado lá estava a mulher de todo meu pesadelo.

-Não foi um sonho! -Solto irritada e ela me olha com os olhos marejados.

-Filha...

-Não me chama de filha!!! -Solto extremamente irritada.

-Eu sei o quanto você deve estar chateada comigo, mas eu precisei...

-Você sabe? Você sabe? -Fui sarcástica. -Você pode até TENTAR imaginar, mas nunca vai saber o que é crescer sem uma mãe. Nunca tive figura materna para me orientar a nada, minha primeira menstruação, primeiro beijo, primeira transa e muito menos para me amar!!!

Ela me olhou e parecia realmente chateada com a situação, mas eu não iria dar meu braço a torcer para uma pessoa que nunca se importou comigo.

-Eu precisava me reencontrar! -Explica.

-Qual tipo de mãe faz isso? Abandona uma família, uma filha de apenas 1 ano para ir se reencontrar por aí?

-O tipo de mãe que...

-PARA! Para de tentar explicar o inexplicável! -Falei entre lágrimas. -SAI DAQUI, POR FAVOR!

Logo após ela sair alguém bate na porta, revelando ser o meu pai assim que a porta abre uma brecha.

O Sócio do Meu PaiOnde histórias criam vida. Descubra agora