Capítulo Seis: Canadá

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M.M.
Já acordei sentindo vergonha alheia por ontem, não acredito que fiquei bêbada daquele jeito.
Observei aonde estava, meus olhos doíam de tanta dor de cabeça, mas percebo que era o quarto da Isa.

-Vai precisar disso! -Disse me entregando uma compressa de gelo e um analgésico.

-Obrigada. -Sorri fraco. -Passei mico?

-Digamos que sim, mas deixou todos preocupados inclusive o James! -Disse.

Que droga. James deve ter ficado irritado, devo pedir desculpas a ele mesmo constrangida.

Olhei no meu celular e marcava 12:30, tomei um banho rápido e chamei o Uber para a casa do James.
(...)

Vejo James saindo com uma mala e colocando no porta-malas de um carro. Viajar talvez?!

-Oi. -Falei assim que me aproximei dele.

Ele me olha, mas ignora.

-Olha me desculpa te fazer ficar acordado a madrugada inteira...-Ele me lança um olhar medonho e me encara quebrando seu silêncio.

-Não tem com o quê se desculpar. Você só saiu com um cara e voltou bêbada, não tenho nada a ver com isso. -Falou impassível.

-É, não tem. -Soltei.

-Se me der licença, tenho uma viagem á trabalho! -Disse rispidamente e entrou no carro.

Não suporto este homem.

Voltei para Isa, ela saiu com o irmão para fazer alguma coisa para a avó, fui almoçar e depois mexer no celular.

Ligacão...

-Oi pai. -Revirei os olhos.

-Como você está Mandy?

-Bem. Ligou porque precisa de mim, não é?

-Sim filha, terá uma festa da empresa e preciso que você venha e participe. -Disse como se importasse eu estar lá.

Ele sempre me faz ir a esses tipos de festas só para manter as aparências de FAMÍLIA RICA E FELIZ.

-Para fazermos nosso papel de sempre? Não, tô melhor aqui. -Menti.

-Filha, se você não vier ficarei triste. Aliás você está fazendo falta lá em casa!

Lá em casa?

"Amor desliga esse celular pelo menos uma vez e volta pra cama" Dizia uma voz ACHO que masculina.

-Com quem você está? -Perguntei mas ele gaguejou e desligou.
Ligação encerrada...

Como assim meu pai é gay?
Isa adentra a sala e eu fico louca para contar esse babado a ela.

-ISA VOCÊ NÃO VAI ACREDITAR! -Ela me olha assustada.

-Qual a bomba?

-Meu pai é gay. -Coloquei a mão na boca mas não contive a risada por conta de sua cara surpresa.

-Seu pai? Aquele gato? Mentira. -Disse incrédula.

-É sério. Estava falando com ele quando de repente escuto uma voz quase masculina o chamando de amor. -Rimos.

-Seu pai na certa é o ativo!!! -Disse me dando um tapinha no ombro.

-Credo! -Fiz careta de imaginar meu pai comendo um cara. -Seria estranho e engraçado ao mesmo tempo.

-Ah eu curto. Se ele quiser um ménage! -Sorria toda toda.

-Nossa Isa, você é uma safada.

Ficamos horas falando sobre os fetiches da Isa de transar com dois caras que fossem gays.

O Sócio do Meu PaiOnde histórias criam vida. Descubra agora