(13) Sarada

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3 anos depois

Sakura olhava com devoção a cidade que parecia minúscula vista tão de cima. Por entre as nuvens, ela podia ver os altos prédios, as casas e as várias ruas repletas de carros e pessoas - que mais pareciam formigas. A sensação calorosa de se sentir em casa lhe tomava o peito, junto a um frio na barriga.

Tanto tempo longe rendeu à rosada um acúmulo imenso de saudades. Sentiu muita falta dos pais, dos amigos, dos amores... Amores esses, que ainda se resumiam à um só nome, ao qual ela preferia não citar.

Enquanto o avião aterrisava, ela refletia sobre os últimos três anos de sua vida. Foram muitas reviravoltas, muitas conquistas. Mas também houve perdas, distanciamentos, desilusões.

O intenso barulho de malas e bolsas sendo puxadas do bagageiro fizeram-na despertar de suas lembranças. Levantou-se num impulso, se preparando para desembarcar também, mas acabou por esbarrar com uma criança, que não parecia ter mais que 6 anos de idade.

- Foi mal, tia - ele disse.

Tia... Será que estava tão velha para ser chamada de tia ? Ela se perguntou, e acabou por não responder ao garoto.

De fato, sentia-se velha. Talvez, fosse por causa dos anos afundando o rosto na imensidão de livros oferecidos pela faculdade extremamente exigente e respeitável dos Estados Unidos, onde concluiu, por meio de um intercâmbio, o curso em Medicina e também se pós-graduou em Pediatria.

Parte da grande saudade que Sakura acumulava foi dissolvida assim que ela saiu do aeroporto. Seus pais e amigos à aguardavam do lado de fora e haviam lhe preparado uma recepção calorosa. As altas vozes, gargalhadas e abraços espalhafatosos tumultuavam o local, mas nenhum deles se importou, estavam felizes demais com o reencontro tão esperado.

- Você está linda, minha filha - dizia Mebuki, alisando os cabelos, agora mais longos, de Sakura. A rosada sentiu-se corar com os outros elogios que vieram.

Após a pequena galhofa em frente ao aeroporto, os Haruno acompanharam-na até seu antigo apartamento, que havia se mantido alugado nesses últimos anos, porém o inquilo rompera com o contrato poucos dias atrás - o que se tornou um dos principais motivos para que a rosada voltasse à Konoha. Os outros eram: a vaga que lhe foi oferecida na equipe médica do Hospital, feito em nome da diretora Tsunade e o casamento de Naruto.
O loiro finalmente faria oficial sua união com Hinata - não que um punhado de papéis fossem necessários para isso, bastava olhar para Boruto, que já possuía dois anos de idade.

- Filha - Hizashi chamou-a enquanto colocava mais uma caixa com os pertences da rosada sobre a pilha que já se formava na sala - Sua mãe e eu gostaríamos muito que você passasse uns dias no interior conosco. Pena que você não se importa mais com esses velhos aqui. - resmungou ele, cruzando os braços e torcendo os lábios.

Mebuki gargalhou com a infantilidade do marido, sendo acompanhada por Sakura. A rosada o abraçou pelas costas e depositou um beijo sobre os ombros largos do homem.

- Ah, pai, deixa de drama - brincou - Eu começo a trabalhar em poucos dias, tenho que me organizar aqui - visto que o homem ainda não havia desfeito o bico, ela argumentou:

- Prometo ir no primeiro fim de semana, depois do casamento do Naru.

- Vou cobrar por essa promessa - Hizashi alertou sorridente, virando-se para abraçar a filha.

Gomen - KakaSaku (em revisão) Onde histórias criam vida. Descubra agora