Joe e os três reinos

3 o grande salão

  Joe abriu seus olhos, depois de um apagão, mas não sabia aonde estava. a luz forte o cegava. O garoto lembrou do que havia acontecido e se levantou rapidamente.
- Bruce !
  Ele saltou da cama, assim que tocou seus pés no chão gelado sentiu uma enorme dor, suas pernas bambearam.
  Ele caiu olhando para a porta.
  Nesse momento a jovem dos cabelos roxos abriu a porta.
- meu Deus Joe – Dyesica o ajudou a se levantar- você ainda está muito fraco não se levante.
- aonde eu estou ?
- essa é minha cabana, fica tranquilo aqui é seguro, eu gosto de vim aqui para pensar e sair um pouco do salão principal.
- salão ?
- sim, logo você vai conhecer.
- e o Bruce ?
- eles querem você, enquanto você não for apanhado eles não irão ferir seu irmão, você está conosco por hora apenas relaxe, vamos resgatar seu irmão.
  Dyesica saiu do quarto, o garoto deu uma boa olhada ao seu arredor, observou o quarto simples porém aconchegante bem rústico na verdade. Mas também haviam coisas estranhas como espadas e cajados com marcas gravadas.
  Ele respirou fundo e tentou dormir um pouco.
  Naquela noite Joe sonhou com aquele maldito ocorrido e aquele maldito rosto sorridente daquele maldito demônio que levou seu irmão.
- AAAAAAH.
  O garoto acordou assustado e suando, se sentou na cama, ainda sem acreditar no que estava acontecendo. Mesmo com suas pernas mal sustentando seu corpo, com muito esforço Joe pensou em sair para ver a Lua.
  Enquanto andava pelos cômodos da cabana escura até a saída, reparou em uma foto de uma garotinha, uma mulher bonita e um homem bonito e elegante de longos cabelos brancos. Joe olhou por alguns instantes a fotografia e tornou a ir em direção a saída.
  Se sentou na borda da escada da entrada da cabana, respirou fundo e pensou em como sua vida estava doida e em como sua maior preocupação antes era em comprar um vídeo game, e agora seu irmão corre riscos de morte.
  A lua brilhava em um céu com milhões de estrelas que se escondia atrás de grandes árvores, e o ar fresco da madrugada o lembrava o quanto foi inútil.
- iai.
- oi.
- posso me sentar ?
- pode sim- disse se afastando para o lado.
  Dyesica se sentou ao seu lado.
-Esse lugar é lindo né?
- realmente.
- meu pai me trazia aqui quando eu era menor.
- fofo.
- ei eu sei no que você estava pensando... A culpa não foi sua.
- valeu.
  Joe olhou para os olhos da garota e sentiu um frio na barriga ao perceber o quão bela Dyesica era.
- bom seus pais ... São o casal da foto ?
- sim.
- aonde eles estão ?
- só Deus sabe ... Os demônios os levaram a 2 anos.
- sinto muito... Eu não sabia.
- está tudo bem cara, eu entendo como você se sente ... agente vai achar eles relaxa.
- valeu de verdade.
- tá tudo bem, tenta dormir amanhã o dia vai ser longo minha magia já terá curado você até amanhã, mas você precisa dormir.
- vou tentar.
- tá boa noite garoto bonito – sorriu.
- boa noite- respondeu sem graça.
  No outro dia ela o acordou cedo, a garota fez um café da manhã caprichado com tudo que Joe tivesse direito, eles comeram e conversaram por um bom tempo.
  Após isso saíram, Joe e Dyesica passaram pela linda floresta ao som de pássaros e um cheiro maravilhoso de Natureza.
- então só tem mestiços nesse salão ?
- praticamente parece o acampamento do Parcy Jakson sabe?
- ah saquei.
- mas tem alguns como eu que somos de raças que estão quase extintas até onde sei fora meu pai, se é que ele tá vivo ainda somos os últimos bruxos de Ashia.
- Mas pode se dizer q sou mestiça, bruxos são humanos que nasceram com muita energia espiritual em si, minha mãe era uma humana normal.
- saquei... Seria legal eu herdar algo também, pera ... Eu sou metade o que ?
- ah sim essa parte agente não te contou.
- pois é.
- você é filho do demônio Deliora ele é meio que um salvador da raça humana, e do anjo Ericka.
- nossa eu esperava algo menos impressionante...
- E enquanto a Bruce ?
- ele não é do seu sangue, ele cresceu com você para te esconder.
- Bruce não é meu irmão de sangue ?
- não.
- quanta informação.
  Eles chegaram a uma longa escadaria.
- puta que pariu.
  Dyesica sorriu.
- isso é um ? Sério ? Eles existem?
  Um enorme dragão vigiava os grandes portões dos muros do salão.
  Um grande dragão branco com pelos ao invés de escamas que lembrava muito um lobo. chifres dourados cor de ouro, brilhantes com runas marcadas em sua superfície. olhos verdes e grandes asas imponentes.
- sim ele existe, Fafnir esse é o Joe.
- Fafnir ? Tipo da nórdica ?
- sim sou eu, o grande dragão alado que assombrou a Escandinávia... Bons tempos.
- o ... Dragão ... Fala.
- claro que sim pensava que eu soltava gemidos altos? Você está vendo muitos filmes garoto quando vê assim acha que eu cuspo fogo.
- você não faz isso não ?
- faço...só tô tirando onda.
- legal.
  Fafnir cumprimentou Joe com um aceno de cabeça e se deitou.
  Dyesica disse algumas palavras mágicas e o portão se abriu, revelando uma casa pequena e torta.