Azul da Cor do Céu

Capitulo 51 | Aaron... baby.

A L Y S S A

Eu não me lembro de muitas coisas que aconteceram ontem, mas me lembro de escutar Aaron dizer alguma coisa a respeito de amor não correspondido, e isto me fez querer dormir com um travesseiro em cima da cabeça pera poder refletir. Eu fiquei muito confusa com as coisas que ele falou, principalmente a parte que ele disse que me ama e depois saiu do quarto sem dizer muita coisa. Eu não me lembro para o de ele foi, só me lembro de receber um beijo na testa, me virar e capotar de exaustão no colchão macio dele. Jack dormiu comigo na cama do Aaron, acordei até um pouco assustada quando vi os cabelos cor de rosa espalhados no travesseiro ao meu lado, eu pensei que Aaron tivesse ficado aqui, mas pelo jeito não.

Hoje de manhã eu me deparei com Aaron na cozinha arrumando a bagunça que o pessoal deixou antes de irem embora, eu até tentei me aproximar um pouco mais, mas ele não me parecia em um clima apropriado para aquilo no momento. Eu e Jack saímos para tomar café da manhã e, bem, isto me deixou muito feliz! Fizera tempo que eu e Jack não tínhamos uma conversa sensata, e me sentar com ele na banqueta de um restaurante e falar apenas sobre as bobeiras da vida foi revigorante. Agora eu estou na casa do Aaron novamente, não tinha mais o que fazer, então vim para cá e estou o ajudando a lavar o chão da sala já que está todo pisoteado. Eu nunca vi os pais dele, mas hoje terei que conhecê-los já que eles estão chegando e vão entrar por aquela porta a qualquer momento. Por sorte eu tive a brilhante ideia de ir para a minha casa tomar um banho e vestir uma roupa adequada, porque a minha estava toda manchada de bebida e eu não ficaria com a blusa e a cueca do Aaron o dia todo, ainda mais para ir a um restaurante tomar café da manhã. Aaron é um bom dono de casa, ele sabe lavar, arrumar, fazer comida e tudo de mais importante. Eu já não sou como ele, não sei fazer comida, a maioria dos pratos que preparo em casa saem com gosto de queimado ou muito salgados já que não faço a mínima ideia de como dosar o sal. Minha mãe não teve muita paciência em me ensinar a cozinhar, mas eu não a culpo, ela sempre chegava muito cansada em casa e fazia o jantar no modo automático, então eu não tinha oportunidade de ficar olhando ela para me inspirar, porque em menos de cinco minutos ela arrumava toda a comida nas panelas e ia tomar banho enquanto o jantar cozinhava. Meu pai também não me ensinou! Ele gosta bastante de mexer com comida, é quase sempre ele quem prepara nosso café da manhã e o almoço, mas tem dias que ele chega tão cansado em casa que sequer se interessa em passar na cozinha para comer alguma coisa, ele vai direto para o quarto e ignora todo mundo.

— Você está bem aí? — Aaron inclina o corpo para fora da cozinha, conferindo se estou conseguindo lidar com o rodo e o pano de chão. Falta bem pouco, só estou terminando de enxugar a água e a sala estará limpa como antes! — eu estou terminando a cozinha e vou para a sala te ajudar, tá bom?

— Tudo bem.

Continuo deslizando os pés na água, me divertindo em secar o chão. Eu nunca lavei o chão lá de casa, minha mãe nunca me permitiu porque sabe meu histórico nem um pouco confiável! Eu vivo caindo, escorregando, torcendo o pé e entre outros desastres que só eu cometo dentro de casa. Meu irmão nunca cai, acho engraçado que só eu tenha uma obsessão absurda pelo chão.

. . .

Os pais do Aaron chegaram e ele está no banho! Resumindo, eu estou sozinha na sala enquanto eles entram pela porta da sala com duas malas gigantescas, esbanjando estilo e riqueza apenas no modo de andar. Eles são muito bonitos, não é atoa que o Aaron seja como é, lindo, cheiroso e gostoso. O pai dele é alto, tem o peitoral inteiramente malhado e tatuado como o de Aaron, e eu consigo vislumbrar cada uma de suas tatuagens através da camisa branca levemente transparente que ele está usando. Já a mãe do Aaron é elegante pra caramba, está usando um vestido vermelho até os pés com uma fenda até o joelho e saltos brilhantes. De onde eles vieram? Parece que saíram da capa de uma revista da vogue. Quando me avistam sentada no sofá sem nenhuma classe, abro um sorrisinho fraco e me levanto para cumprimenta-los e recebo um sorriso muitíssimo grande, um dos mais bonitos que já vi. Fico até sem graça com a brancura do dente de ambos, e eles não hesitam em vir me cumprimentar, mas ao contrário do que pensei que fariam, eles me puxam para um abraço caloroso, como se lembrassem de mim. Faz muito tempo que não vejo os pais do Aaron, e eles continuam incríveis, como sempre! Ainda mais bonitos do que eu me lembrava. Quando Ryder me acolhe, aproveito os segundos em seu corpo perfumado. Ele foi sempre muito bonito, ele e a esposa dele sempre foram os mais bonitos da reunião de pais no colégio, todos ficam olhando para eles quando eles chegam, inclusive eu e minha mãe!