Capitulo 13 | Você Aceita...

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     Dói demais!Eu nunca pensei que uma única farpa no pulso poderia ser tão dolorido, mas está sendo horrível, só não pior que a hora que a enfermeira retirou a farpa do corte! Deus, como doeu

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Dói demais!
Eu nunca pensei que uma única farpa no pulso poderia ser tão dolorido, mas está sendo horrível, só não pior que a hora que a enfermeira retirou a farpa do corte! Deus, como doeu. Eu quase quebrei a mão do Jack quando a moça se aproximou com a pinça. Fiquei com trauma de hospitais depois do acidente, sempre que eu posso evitar vir para cá, eu evito. Não gosto de estar no ambiente hospitalar e ter que me lembrar do dia tão traumático na minha vida, ainda mais por estar no mesmo hospital onde eu passei tanto tempo internada.

Jack está sentado na poltrona ao meu lado, ele também está tomando soro pela batida que deu no chão quando eu montei em cima dele. Eu não sei onde eu estava com a cabeça quando pensei que seria uma ótima ideia montá-lo! Ele estava distraído com seja lá o que e me deu cinco minutos de loucura e eu fui até lá, resumindo; caímos e os dois se ferraram bastante na queda. Ele bateu a cabeça como eu bati no gelo no dia que fui até a casa dos avós dele, por sinal deve ter sido ainda mais forte já que eu estava em cima dele e acabei impulsionando ainda mais a queda. Eu não me lembro bem de como aconteceu, mas eu sei que quando caímos, eu tentei me segurar na cama e só senti meu pulso indo para o saco depois que a farpa me rasgou e acabou ficando dentro da minha pele. Eu levei três pontos, três! Justo eu que prometi a mim mesma que nunca mais teria que levar pontos no corpo, aqui estou eu mais uma vez a caminho de mais uma cicatriz horrível no braço, mais um trauma para nunca mais tirar a blusa de frio.

Jack parece calmo, embora sua expressão não seja uma das melhores. Ele está segurando a minha mão, não a largou desde que chegamos no hospital... aliás, não largou minha mão desde que saímos da casa do Aaron e minha mãe nos trouxe para o hospital cuidadosamente. Ela odeia acelerar o carro, ainda mais quando eu estou no carro junto com ela, e mesmo sendo uma emergência daquelas ela manteve a calma e pensou com lógica para não causar um acidente ainda mais trágico que o anterior.

Eu me sinto melhor, o soro está aliviando a dor aos poucos e o sono está batendo firmemente agora. Eu queria virar para o lado e tirar uma soneca, mas a enfermeira praticamente implorou para que eu e Jack não dormíssemos porque daqui a pouco teremos que trocar o soro e ela não gosta de fazer isso quando os pacientes estão adormecidos, e eu também me assustaria se alguém viesse me curar enquanto eu durmo! Deus me livre, pensaria que é meu pai com uma de suas vacinas misteriosas. E falando no meu pai, graças a Deus ele não ficou sabendo do ocorrido e não veio junto com a minha mãe para me dar uma bronca daquelas! Como eu já disse, estou cansada das minhas brigas com meu pai, não gosto nem um pouco da situação em que nós nos encontramos, mas não posso fazer nada se ele também não ajuda a amenizar o clima ruim. O mundo dele virou de ponta cabeça depois do acidente, eu sei que isso o deixou muito perturbado! Mas não dá a ele o direito de me tratar como um lixo! Poxa, eu já me desculpei tantas vezes... e mesmo sabendo que desculpas não adiantam de porcaria nenhuma e que o trauma de quase perder uma filha permanecerá na mente dele para o resto da vida, eu estou viva! Ele deveria entender que não adianta ficar dando atenção ao passado e esquecendo do presente, porque ele me magoa muito quando faz coisas contra a minha vontade só porque sabe que vai me magoar... para mim isso não é amor, é punição! Ele está me punindo por eu ter sofrido um acidente enquanto estava agindo com imprudência e alcoolizada.

Azul da Cor do CéuOnde histórias criam vida. Descubra agora