Capitulo 10 | Alye?

390 53 85
                                    

👀 boa leitura.

     A casa do Sebastian é ainda mais bonita quando está organizada

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A casa do Sebastian é ainda mais bonita quando está organizada. No sofá tem uma pequena manta preta que cobre metade da borda, junto das almofadas coloridas e dos enfeites. Sebastian sumiu para a cozinha a alguns minutos, ele foi buscar as bebidas e eu fiquei na sala para colocar em algum filme. Eu estou nervosa, confesso que faz um tempo desde que não fico sozinha com um cara, e que eu me lembre a última vez, antes do Will, foi com o Sebastian também. Eu ainda não consigo confiar cem por cento nele, ainda mais depois que o Will me pediu para tomar cuidado com ele. Tenho medo que ele tente algo e eu não consiga corresponder, porque por mais que eu tenha vontade de continuar quando os beijos se tornam melhores, tenho anseio com as marcas no meu corpo e eu simplesmente congelo quando é para dar um novo passo. Um cara já tentou isso comigo, foi traumático quando ele tirou a minha blusa e eu me deparei com as marcas em meu corpo através de nosso reflexo no espelho, eu também pude sentir o receio dele em relação ao meu corpo, ele ficou congelado, não se mexia. Foi então que eu me senti ainda pior por estar mostrando meu corpo para qualquer cara, aquela noite eu me acabei de chorar e minha mãe infelizmente teve que presenciar enquanto tentava me acalmar. Eu não sei, entrei em estado de choque, eu simplesmente não conseguia respirar direito em estar mostrando todas as minhas marcas para um cara que eu não conhecia. Foi depois desse dia que eu coloquei na minha cabeça que não precisava transar com absolutamente ninguém que não fosse especial na minha vida, porque eu sabia que se tentasse de novo o outro cara teria a mesma reação é eu ficaria ainda pior.

Cruzo as pernas em cima do sofá. Meus tênis ficaram do lado de fora, Sebastian disse que da última vez ficaram muitas marcas de sapato dentro de casa e ele teve que limpar uma por uma porque a mãe dele odiava marcas e não permite nem que ele entre de sapato em casa. A mãe dele nunca ficou sabendo da tal festa, e acredito que se soubesse Sebastian não estaria vivo hoje. Meus pais odeiam festas em casa, eles nunca me permitiram chamar mais do que três pessoas lá pra dentro, até porque eu nunca tive alguém para chamar, apenas a Martina. Nunca fui aquela garota rodeada de amigos, embora quase todos no colégio me conheçam como "a garota que sofreu um acidente junto com a melhor amiga e quase ficou sem a perna" , as pessoas não costumam falar muito comigo, mas as vezes me cumprimentam.

- Opa, voltei - ele joga uma latinha de cerveja na minha direção. Suspiro baixinho ao sentir todo meu músculo dolorido arder ao esticar os braços para não deixar a lata bater no meu rosto. Sei lá, minhas costelas parecem estar quebradas! O tombo foi feio, estou com medo de ter fraturado alguma coisa ou sei lá! - colocou um filme, bebê?

Eu definitivamente não aprovo este apelido, mas o que eu posso dizer sem estragar o clima? Mantenho-me em silêncio enquanto ele passa o braço em volta do meu ombro e me puxa para mais perto. Essa proximidade me deixa nervosa, não vou negar que o desconforto é tanto só de pensar em ter que fazer alguma coisa com o Sebastian. Eu não vou fazer porcaria nenhuma além de beija-lo, mas tenho medo que ele tente e no final eu saia como a errada por ter "aceitado" seguir em frente.

Azul da Cor do CéuOnde histórias criam vida. Descubra agora