Em busca de Ágape

Capítulo 2 - Descobrindo Eros

Sejam gentis nos comentários e boa leitura!

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No dia seguinte Marsha e todos nós estávamos mais calmos e resolvemos apenas curtir. Já era carnaval em Salvador e como boa soteropolitana hoje vamos fazer como Ivete Sangalo e dizer: "Então não me conte seus problemas, hoje eu quero paz eu quero amor. Então não me conte seus problemas, nada de tristeza nem de dor".

Marsha estava precisando descansar e sinceramente pela novela que nos aguarda pela frente acredito que o grupinho todo precisa. Bom, colocamos nossas fantasias, muito glitter e formos. Quer dizer, Marsha, Amália, Soraia e eu. Como eu já disse, Apolo e Pablo não gostam de pessoas e definitivamente não vão atras do trio no carnaval. Mas tudo bem, eles jogam vídeo game e se divertem do jeito que acham melhor em casa. Depois nos reunimos na casa de alguém para contar sobre as fofocas do carnaval pros isolados. Quem não gosta de uma aglomeração?

Marsha com seu 1,80 de altura vestida de Carmen Miranda com frutas de plástico na cabeça e os brincos mais coloridos que ela achou. Soraia está de cigana, com seu cabelo liso, moreno, um acessório de prata na cabeça e pulseiras de cigana. Uma saia rosa que se me dissessem que era uma cigana de verdade eu acreditava. Claro, meu amorzinho com seu cabelo longo cacheado resolveu se vestir de anjo. Com uma aréola de pluma branca, saia de tule branca, um biquini branco e muito glitter. E eu, gado que sou por essa mulher fui obrigada a me vestir de diabinho. Com uma tiara com chifres que piscam e exatamente as mesmas peças que Amália usava, porém, todas vermelhas. Bom, eu não gosto muito desse tipo de fantasia, mas, é carnaval e nós precisamos de um descanso... então, por que não? Mas só para não perder o costume de fazer um drama eu disse:

- Você não vai me obrigar a usar isso não ne, Mel? – Não me perguntem, também não sei, mas chamo ela de Mel desde que somos crianças

- Nem começa...

- Melzinha... – Dou um abraço por trás dela rodeando meus braços na sua cintura e beijando de leve seus ombros

- Eu conheço seus truques Helena Ribeiro, eu conheço todos eles – Diz de desvencilhando de mim

- Ah Mel, sacanagem. Diabinho, sério isso?!

- Sério, você vai ficar uma delícia... Vai. Se quiser a gente faz uma aposta. Quem pega mais.

- Interessante... contabilizado na confiança?

- Sempre!

- Valendo...

- Quem ganhar vai poder escolher com quem a perdedora vai num encontro

- Mel – Disse num tom de aviso – Você sabe que eu não quero...

- Isso faz tempo já – Disse me cortando – Além do mais você sabe que eu só quero te ver feliz amiga. Sério, você precisa superar ela. E eu também quero um encontro sem fazer esforço, então se eu perder, melhor pra mim.

- Interesseira

- Mas você me ama!

- E convencida – Disse agora de frente para ela, roubando um selinho

É claro que fechamos a aposta. Quando chegamos perto do circuito Barra-Ondina já estava tudo lotado. Bom, pessoas e mais pessoas caminhando fantasiados ou com seus abadás para a avenida. Nossa primeira parada foi no Beco das Cores, onde é uma rua que só toca música lgbt+ e tem a maior concentração do vale no carnaval de Salvador. E ali nossa competição começou. Na verdade, depois de beber algumas latas eu já não tinha muita certeza dos números. De repente passou Saulo com seu bloco e levadas pela multidão nós 4 seguimos o trio.