Em busca de Ágape

Capítulo 8 - Paraíso para Ludus (parte 1)

Sejam gentis nos comentários e boa leitura!

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Quando a gente fala de amor geralmente associam a um sentimento duradouro ou singelo, algo entre duas pessoas ou que exija sacrifícios, mas as coisas não são bem assim, não necessariamente. Existe um tipo de amor que os gregos denominaram Ludus. Ludus é basicamente definido por brincadeira, alegria e falta de compromisso. Este é o tipo de amor que podemos sentir quando dançamos com um estranho numa festa. O único objetivo de Ludus é o prazer.

Por muitos motivos eu pude experimentar esse sentimento de muitas formas na minha vida, principalmente no último ano e com a ajuda da organização dos meus amigos nos tornamos especialistas em proporcionar esse tipo de sentimento para as pessoas. Não pense que é fácil despertar prazer, desejo e principalmente satisfação nas pessoas. Talvez em uma ou duas, mas uma festa inteira no mesmo ritmo é bem difícil, mas nós sempre conseguimos. Claro, há quem duvide, mas o segredo é a surpresa. Não pode simplesmente entregar tudo de uma vez. É como o sexo, começa devagar, apenas estimulando para que a pessoa sinta e imagine o que está por vir. Depois o ritmo acelera e você pode dar o que a pessoa tanto quer. No fim há o clímax e então estamos todos cansados e exaustos. Fim de festa como o pós-sexo, também pode ser divertido com um pouco de conversa e talvez falar sobre o que aconteceu nas últimas horas, mas sabendo que o melhor já passou.

Assim que fazemos nossas festas e é assim que as pessoas podem até falar mal, mas estão loucas para entrar. Talvez eu esteja me tornando uma especialista em duplo sentido. Mas calma, a festa de Boas-Vindas para os novatos chegou e a noite é longa. Essa festa como todas as outras deu o que falar, mas algumas coisas saíram do controle... Não necessariamente deram errado... Só... Bom, Mel sumiu, Apolo e Pablo estão aparentemente brigados, eu peguei Marsha transando com o veterano de Engenharia Civil, Soraia mostrou as tetas para alunos num jogo e Cecília deu PT. Sinceramente eu esperava entrar em coma alcoólico e esquecer dessa festa, mas já que eu lembro, vamos lá!

Estamos na casa que alugamos. É uma pequena mansão com 5 quartos, sendo 2 dele suíte, hidromassagem e ofurô, uma piscina nos fundos e uma pequena área de lazer. Sala grande e espaçosa. É no estilo rustico, então não há vidros,

apenas madeira e o ambiente amplo. Pouquíssimos móveis, tiramos da casa tudo que pode ser danificado com facilidade e substituímos. Já temos prática nisso e nossos prejuízos são mínimos. É importante que sobre sempre alguém sóbrio para checar as coisas. Geralmente Apolo e Pablo apesar de beberem, sempre bebem pouco e estão a postos. Quando eles querem exagerar eu ou Mel tomamos o posto e só cuidamos de tudo.

A festa não tem exatamente um tema, apenas adereços de festa, muito neon e disponibilizamos uma pessoa para pintar as pessoas que chegam. Na verdade, demos um ingresso de graça ao veterano de engenharia civil para pintar a galera. Ele vai ficar umas duas horas na porta e depois vai curtir a festa. Eu vou ficar na porta com Mel para receber todo mundo e os meninos vão fiscalizar o bar man e a festa em geral. Marsha está junto com os outros veteranos preparando uma... surpresinha para os novatos. Vai ser uma pequena trollagem. Do bem, não vamos machucar nem humilhar ninguém, mas digamos que eles vão ficar bastante irritados, mas vai valer a pena. Já disse para Marsha e todos não avisarem sobre a trolagem para Cecília. Apesar de ela fazer parte do grupo, ela também é novata e passar por essas coisas faz parte da faculdade.

Vamos nos arrumar na mansão mesmo e todos já trouxeram suas coisas na mochila. Vamos deixar um dos quartos trancados para apenas um de nós usar e podermos guardar com segurança nossas coisas. É o menor quarto, sem banheiro e bem simples mesmo. Não pretendemos usar, é apenas para acudir alguém ou ter privacidade se precisar. Nessas horas apenas quatro paredes resolvem.