Oi, como vão?
Vai chegar personagem novo e coisas importantes. Capítulo escrito com muito carinho.
Aviso de gatilho: contém cenas de crise de pânico
Sejam gentis nos comentários e boa leitura!
😊😊😊😊😊😊😊
Sinceramente eu não sei quais foram as decisões que me fizeram chegar até aqui. Esse negócio de efeito borboleta é uma merda. Você faz uma coisinha insignificante que gera consequências que no espaço de um tempo indeterminado fazem você se perguntar: como eu cheguei aqui? Lembrei! Sei sim. Foi quando dois adolescentes idiotas resolveram transar e o cara disse que era mais gostoso sem camisinha e a idiota aceitou transar. Pronto, hoje eu os chamo de "mãe e pai" e sou obrigada a me formar, trabalhar e ter que existir num mundo onde tem poluição, corrupção e homofobia.
Ok, a vida não é totalmente uma merda. Eu tenho amigos, faço faculdade, não moro na casa dos meus pais e faço Jobs para ganhar uma grana. Eu tenho uma vida boa. Na verdade, uma vida melhor que muita gente. Eu reconheço meus privilégios. Mas sério, o que que aconteceu? Claro, vocês querem saber sobre Amália, a delegacia e como acabou aquela festa. Então vamos lá.
Eu fiz uma série de perguntas para o atendente e ele conferiu as informações e me disse que ela já foi liberada. Vou fazer uma brincadeira hein... por que vocês acham que Amália foi detida? Muito difícil.... Ok, agora sem enrolação a resposta é: . Surpreendendo um total de 0 pessoas. O que aconteceu foi que ela saiu correndo da festa depois que a gente brincou no futebol de sabão e viu que Léo já ia embora e pegou uma carona. No meio do caminho eles foram parados por uma e ambos estavam alcoolizados. O grande problema é que Léo para tentar escapar começou a flertar com o policial e o policial foi – nas palavras de Amália – extremamente homofóbico. Bom, o resto vocês podem adivinhar. Amália respondeu o policial e começou uma discussão e os dois foram levados para delegacia por desacato. Os pais de Léo foram liberar ele e ajudaram Amália também, que apesar de tudo, estava defendendo Léo.
Cheguei em casa com Cecília e Amália já estava dormindo. No dia seguinte ela me contou toda a história e depois fomos para a faculdade. As aulas já haviam começado há duas semanas, mas apenas depois da festa de boas-vindas que se tem a sensação de que o ano letivo começou. Chegamos na faculdade e nos direcionamos para o refeitório, como sempre, para o café matinal e eu poder me recuperar psicologicamente do fato de estar acordada tão cedo. Me sento depois de pegar o café e minha empada. Cecília silenciosa é normal, mas Amália? Estranho...
- Bom dia pessoas maravilhosas – Diz Marsha se sentando do meu lado com um sorriso enorme no rosto e com a aparência feliz
- Ninguém tem o direito de estar tão feliz uma hora dessas – Digo com um olhar desconfiada – O que você aprontou?
- Helena meu amor, eu não preciso de motivo para estar plena comigo mesma – Olho para ela como um "eu te conheço" – Ok, eu me rendo. Depois de dar uns dois socos e xingar muito aquele idiota ontem eu sai do quarto e entrei no outro achando que era a sauna. Na verdade, eu só queria um lugar para chorar. Maaassssss... no quarto estava acontecendo muita coisa... enfim. Eu só entrei e fui feliz
- Você participou de uma suruba? – Amália perguntou incrédula
- Quando a gente marcar de se encontrar para fofocar sobre a festa eu dou detalhes e nomes. Mas por enquanto o que digo é: que noite foi essa – Disse levando a mão ao peito de forma dramática
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Em busca de Ágape
Teen FictionDEGUSTAÇÃO - Essa história será publicada pela Editora Calíope a partir do dia 28/08/2024 Essa é apenas uma degustação "Quando deixar de procurar, onde menos se espera, o amor se encontra" Helena é uma estudante veterana de Relações Internacionais...