*Esse capítulo possui spoilers de Teoria da Sincronicidade*
São leves, mas ainda assim são spoilers ne
Acho que nunca fiquei tão apreensiva em uma festa como estou agora.
E eu nem sei o motivo certo... É só uma festa qualquer, talvez pelo fato de ir sozinha sem Tessa e Becca, eu me sinta tão desarmada e nervosa, ficando bolando planos em minha cabeça sobre o que fazer naquela festa, como agir, como entrar na conversa e... Tudo parece um grande desastre.
– Pronto, terminado – Diane diz e finalmente abro os olhos.
Ela limpa o meu rosto levemente e termina de passar mais um pouco de pó no meu rosto.
Salto da cadeira e vou até o espelho em meu quarto. Meus cachos loiros estão caindo de forma definida até a minha cintura, mais volumosos graças ao penteado de três horas que eu mesma fiz. Eu estou com uma tiara grossa, deixando um par de cachos emoldurando o meu rosto, o resto da cabeleira loira está toda para trás, com um pequeno volume atrás da tiara, como faziam na época.
As botas brancas que sobem até o joelho ficaram ótimas, consegui ela em um brechó por um preço razoável, o resto, consegui no meu guarda roupa: uma saia justa e curta rosa pastel xadrez e uma blusa de malha de gola alta, com mangas compridas que terminam em meu pulso.
Aproximo do espelho, olhando a maquiagem rosada de Diane, os olhos com um delineado branco charmoso, sombra rosa pastel e os lábios brilhando com o gloss. Terminei o figurino colocando um par de brincos em formato de pompons rosas que eu improvisei.
– Então – me viro para Diane, mais nervosa do que antes. – Estou parecendo uma garota dos anos setenta?
Falta duas horas para a festa, me fazendo pensar que a minha ansiedade tinha me levado para além do que o previsto. Acho que esperar até dar a hora da festa seria uma tortura, mas pelo menos eu não teria nenhum imprevisto com a roupa.
– Definitivamente, depois de tanto empenho, é o mínimo... – ela meneia a cabeça. – Então, é a festa de aniversário de quem mesmo? Você não me especificou.
– Uma amiga.
– E ela é irmã do Rowan Mitchell? – eu abro a boca várias vezes, mas ela solta um suspiro. – Sim, eu mexi nas suas coisas, estava procurando o blush e vi o convite com o mesmo sobrenome do Rowan... E não acho que seja coincidência.
– Talvez seja – limpo a garganta.
– Por que tanto sigilo com esse seu namoro?
– Eu... Não sei se estamos namorando – a palavra "namorar" me faz dar um sorriso pro nada. – Quero dizer, ele não me pediu em nada e... É tão esquisito isso, e... Não sei como papai reagiria a uma notícia dessa, quero dizer, o seu primeiro namorado ele ainda não parecia estar satisfeito, menos sendo o melhor partido da cidade!
– Tem uma primeira vez pra tudo. – ela espreme os olhos. – Falando em pai, contou para o papai dessa festa?
– Quase isso... – dou uma risada nervosa. – Pensei que talvez você pudesse... Me ajudar.
– E vou ganhar o que com isso?
– Macarrons?
Ela espreme os olhos, pensando sobre o assunto. Antes dela dar a resposta, meu telefone começa a vibrar com um número desconhecido na tela. Arqueio a sobrancelha, mas atendo mesmo assim.
– Lola? – Sierra grita do outro lado da linha. – É você mesma? Me fale que não peguei o número errado.
– Sou eu – digo achando estranho a irmã do Rowan ligar para mim. – Como conseguiu...
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Teoria da Serendipidade [CONCLUÍDO]
Подростковая литератураLola Fontaine não estava preparada para o que iria encontrar ao se mudar para Millstown, uma adolescente antissocial e reclusa que teria que enfrentar uma nova cultura, novas pessoas e costumes, mas apesar de todas as barreiras, ela tinha uma única...