Teoria da Serendipidade [CONCLUÍDO]

11. New Face

Quando chego ao lugar combinado, a quadra de basquete no centro da cidade, sou surpreendida em ver os seis integrantes do Cold Demons reunidos. As aulas tinham acabado faz uns vinte minutos e todos tiveram tempo de trocarem as roupas por outras mais folgadas e esportivas.

Como Becca tinha pedido.

Ontem, quando recrutamos Darla para o nosso grupo, a ruiva montou um grupo com todos e mandou um recado para que reuníssemos aqui, com roupas confortáveis, como se fossemos praticar algum esporte.

Eu não tenho muitas roupas para isso porque sou adepta do sedentarismo, então tive que desenterrar os moletons e calças folgadas que usava na França para poder me incluir no grupo de modo adequado.

– Lola está aqui – Becca me dá presente em seu caderninho e depois olha ao redor – onde está Tessa?

– Ela disse que iria atrasar alguns minutos, disse que tem algo importante para fazer – dou nos ombros, reparando em Cheryll e Steve que são os únicos do grupo que estão animados enquanto fazem alongamentos.

– Soubemos que é você quem vai fazer a coreografia, Lola – Daniel pontes, o intercambista brasileiro surge do nada e recupero o ar diante da minha mania em me assustar com facilidade – como estamos indo?

De repente, todo mundo começa a me encarar, como se eu fosse a esperança de todo grupo.

– Sobre isso... – engulo em seco – Já tenho uns passos em mente...

– Você já fez isso antes? – Darla indaga, usando calças apertadas e uma regata combinando com os tênis vermelhos.

– Eu... – gaguejo sem graça, todos estão me olhando como se eu fosse a própria luz no final do túnel que eles tanto almejavam, quando mudo meu foco para o horizonte, vejo Tessa chegando, como a minha salvação – Tessa chegou!

A surpresa com a chegada de Tessa, foi ela estar acompanhada por dois garotos altos e razoavelmente fortes. Um deles é pálido e loiro, o cabelo bem curto, estilo militar e uma tatuagem no braço esquerdo, ao seu lado, um garoto bem bronzeado, o cabelo preto é liso e cai em ondas repicadas.

– E... – pergunto quando vou de encontro a Tessa, que está com as mãos na cintura e um sorriso no rosto – Quem são esses?

– Arnold Bryant e Alex Peña – Tessa empolgada, quando procuro aprovação de Becca, ela não parece muito feliz – os dois tem dezenove anos, são skatistas muito bons.

– Arnold e Alex, conheço – Becca fala nada feliz – vivem fazendo graça com qualquer pessoa que respire no St. Martin.

– Não leve para o lado pessoal, é tudo carisma, é o nosso jeito de socializar com outras pessoas– o loiro diz e dá uma cotovelada no amigo – diz pra ela, Alex, sobre nossos atributos.

– Praticamos esportes, sabemos boas piadas e, principalmente: somos leais – o amigo responde animadamente – não tem porque nos rejeitar.

– Não? – Becca fala impressionada com a certeza – Uma pergunta rápida, porque querem se juntar ao grupo?

– Bom... – Arnold abaixa a voz e dá um sorriso capcioso – Sabemos sobre... O trabalho secreto de Tessa, ela prometeu um ano pela metade do preço.

Eu e Becca encaramos Tessa com tanta descrença que a garota acaba se encolhe por estar comprando integrantes para o nosso grupo, praticamente.

– Precisávamos completar os dez! – Tessa tenta se defender.

– E vocês não se importam em entrar num grupo de líderes de torcida? – pergunto aos que negam com cabeça, todos sorridentes, parece que maconha pela metade do preço o fariam mover montanhas – Acho que está tudo bem?