Sim, postei o capitulo mais cedo porque sim
Hoje, finalmente estou oficialmente voltando para o St. Martin. Isso aconteceu depois de duas semanas em casa após ter recebido alta, recebendo a fisioterapeuta para me ajudar com a recuperação, uma enfermeira cuidando de mim, junto com uma psicóloga.
Insisti tanto para o meu pai me liberar que ele acabou cedendo aos meus pedidos. Eu estava ansiosa para voltar, reencontrar todo mundo e voltar para a minha rotina. Porém, estou um pouco arrependida já que ainda é difícil andar e voltar à normalidade, mesmo depois de algumas aulas de fisioterapia e a alimentação regulada.
Além do coma, tive outros problemas no acidente. Isso explica os vários curativos que ainda uso, incluindo a tipoia imobilizando o braço que tinha sido fraturado.
– Todo mundo, dando espaço! – Becca grita com seu megafone.
E não esqueci meu outro arrependimento.
Uma tipoia no braço, uma faixa na cabeça para esconder a cicatriz na cabeça, agora junta Becca com um megafone para evitar as pessoas de aproximarem e causar algum acidente. Tessa com minha mochila e ao meu lado me ajudando a caminhar, eu viro completamente o centro das atenções do colégio.
As duas não desgrudam um segundo de mim, só autorizam a aproximação dos Cold Demons que ficam alegres em me ver ali. E para piorar, Sankur, Arnold, Alex e Steve resolvem ajudar Becca, montando uma guarda ao meu arredor, apontando o dedo para os alunos que corriam pelos corredores e dizendo que eram um perigo pra mim.
Sinto um pouco de vergonha, mas o sentimento de ser o alvo de preocupação dos meus amigos me acolhe de forma confortante.
Consigo assistir as aulas antes do almoço e toda vez que o horário terminava, alguém vinha me pegar na minha sala. A última aula antes do almoço, quem surgiu na minha porta foi o próprio Charlie, que estava com óculos escuros para dar ainda mais ênfase na postura de guarda costas.
– Eu me pergunto quanto tempo vai levar para vocês continuarem dessa forma – digo rindo assim que o garoto se coloca ao meu lado.
– Pode durar anos se precisar – Charlie diz e para quando vê as escadas, ele oferece o braço para que eu me apoie e eu aceito, já que minhas pernas tremem feito geleia com o esforço. – Você é um cristal agora, loirinha, se não ficarmos de olho, vai acabar se quebrando.
– Quanto exagero, Charlie – digo dando risadas. – Mas eu fico feliz em todo mundo estar tão preocupado comigo.
– E confesso que eu estou adorando, se quer saber – Charlie diz e assim que chegamos no fim da escada eu paro, reparando no seu semblante que parece estar bastante abatido. – Poder fazer algo por você é um alívio e pouco em comparação a todo tempo que você ficou em coma.
Engulo em seco. Minha vida voltou ao normal no momento que acordei, sei disso. Claro que estou passando por alguns sufocos por causa do gesso e as consequências de ficar um mês em coma, mas nada se compara a todos aqueles que me esperaram durante tanto tempo.
– E se precisar, eu subo essa escada e desço quantas vezes for preciso pra te atender – Charlie coloca o braço ao redor do meu ombro. – Tudo pela minha pessoa favorita.
– Ah, Charlie – Abraço meu amigo de lado e choramingo. – Não sabe o quanto eu estou feliz por todo mundo estar aqui por mim.
O garoto entra em pânico.
– Loirinha está chorando? – Charlie diz exaltado. – Não achei que ia se emocionar tanto assim...
– É que eu estou de TPM – revelo a ele, chorando ainda mais.
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Teoria da Serendipidade [CONCLUÍDO]
Ficção AdolescenteLola Fontaine não estava preparada para o que iria encontrar ao se mudar para Millstown, uma adolescente antissocial e reclusa que teria que enfrentar uma nova cultura, novas pessoas e costumes, mas apesar de todas as barreiras, ela tinha uma única...