Abra essas Algemas! (Changlix) (HyunChan) (Minsung) (SeungIn)

II - Resgate!

Antes de começarem a ler, preciso explicar uma coisa!
Ao longo da fic desse capítulo para frente, vocês verão muitas frases em Negrito, quando as frases estiverem assim é por que os personagens estão se comunicando via rádio ou comunicadores. Ok? 😘

Boa leitura!!! Divirtam-se!

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~Changbin

A mesma coisa de sempre, monotonia pura, acordar com Jisung me ligando para me forçar a sair da cama, Minho mandando mensagem dizendo que vai vir me buscar, meus pais não me dando nem um bom dia, e minha única forma de afeto vindo da tia Kim, a senhora que cuida desta casa desde bem antes de eu nascer.
Quem vê de fora, pensa que eu tenho a vida perfeita, meu sobrenome é Seo, sou filho das pessoas mais bem sucedidas da Coreia do Sul, e posso ter tudo que eu quiser comprar. Mas coisas materiais não me deixam mais feliz, antigamente eu comprava de tudo apenas porque… eu simplesmente podia, meus pais nunca me deram uma demonstração de afeto então sempre tentavam ocultar a falta de amor com a única coisa que eles conhecem - dinheiro -  e por um tempo realmente funcionou, porque eu cresci assim. Mas quando eu conheci Jisung e Minho, foi até meio engraçado, porém também foi trágico. Eu vi os dois se beijando no banheiro do colégio, e meu susto acabou me fazendo parecer preconceituoso, eu acabei dizendo “Parem com essa pouca vergonha, aqui não é lugar para essa nojeira”, mas não foi porque eu sou preconceituoso nem nada, poxa… eu sou Bi, não tem como eu ser preconceituoso com isso, eu só… me assustei de ver uma cena daquelas no banheiro do colégio… mas Jisung é esquentadinho, então levou para o lado pessoal e tentou avançar em mim, mas foi segurado por Minho, que entendeu o que eu quis dizer e pediu desculpas dizendo que realmente não era lugar para aquilo. Depois disso, Jisung sempre tentava puxar briga comigo pelos corredores e Minho sempre o repreendia, depois de meses assim… a gente nem mesmo se tocou quando começamos a almoçar juntos todos os dias e contar sobre nossas vidas, também nem notados como viramos amigos e hoje em dia somos inseparáveis, claro que eu ainda brigo com Jisung sempre que ele me irrita, mas eu não me vejo sem essas irritações diárias agora.

Depois de conhecê-los e ver que eles demonstram todo amor e carinho um com o outro sem medo, eu passei a desejar algo assim… mas sou orgulhoso demais pra admitir para mim mesmo que a falta de afeto a vida toda ainda me abala.
O pouco que eu conheço sobre amor, é o que eu recebo da tia Kim, que sempre pergunta como eu estou, como foi meu dia, se eu estou com fome, se tem algo especifico que eu gostaria de comer, ela sempre procura demonstrar uma preocupação sincera comigo, e eu a estimo muito por isso, se não fosse por ela eu já teria afundado, certeza.

Hoje, com vinte e quatro anos, estou quase me formando em um curso que eu não me interesso nem um pouco, mas se eu disser isso aos meus pais, é capaz deles até me deserdarem.

– CHANGBIN!!

– E lá vamos nós…

– CHANGBIN! EU ESTOU TE CHAMANDO A HORAS.

– Não seja dramático, Jisung.. você acabou de chegar com o Minho, e eu só me distrai por alguns minutos.

– Seu ingrato.. a gente veio até aqui para te buscar.

– Eu tenho carro… vocês vêm porque querem.

– Certo… chega vocês dois. Bom dia Bin! Vamos logo, senão vamos chegar atrasados.

– Bom dia hyung!

– Porque com ele você é todo educado e comigo é um jegue?

– Por que o hyung é legal, você não. Você me irrita.

– Não fala mais comigo Changbin.

– Duas crianças… coloque o cinto crianças.

– Não me trate no mesmo nível dele.