Opostos

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Renata

Eu dirijo desde muito nova, todo tipo de automóvel eu já dirigi, mas moto com certeza é oq eu mais sei.

Acelerei a moto o mais rápido possível e a polícia veio logo atrás, ligando a sirene, eu tinha que pensar em algo antes que eles conhecem a atirar, era noite e estava escuro. Henry provável nunca passou por nada parecido eu podia sentir seu medo.

Entrei em uma rua estreita que o carro não conseguiria passar, a rua dava pra uma esquina, de um lado tinha casas e do outro lado muito mato, uma grama meio alta.

Renata- sai da moto! - falei baixo

Henry- Renata e se eles... - disse desesperado

Renata- calma véi - coloca minha mão em sua boca, ele tava falando muito alto

Eu podia ouvir sua respiração.

Ele saiu da moto e eu saí também pegando sua mão e indo em direção a grama alta.

Renata- daqui a pouco eles vão tá aqui - falo baixo e ele aperta minha mão - vai dar tudo certo tá bom? - o encaro

Caminhamos devagar pela grama alta eu sabia exatamente onde dava o final dessa grama, já transei aqui algumas vezes. É difícil de enxergar aqui e fácil de se perder, por isso segurei a mão de Henry ele é meio lentinho e eu não quero que ele se perca.

Chegamos no final da grama que dava em um terreno aberto

Renata- a polícia pode tá aqui, calma aí - falo pra ele esperar dentro do gramado enquanto eu olho lá fora.

Dou uma olhada com cuidado vendo que tava seguro, volto pro mato e subo na moto, Henry faz o mesmo e nos damos um fora dali.

Depois de uma boa rodada chegamos em casa, sem falar nenhuma palavra, Henry parecia tentar entender tudo que aconteceu e eu não queria puxar assunto com ele naquele momento. Quando a porta do elevador abrir em seu andar ele saiu às pressas sem nem olhar pra trás.

Chego no meu apartamento cumprimento jasmim e me jogo na cama, esse passeio não foi nem um pouco como eu esperava.

....

Acordo de manhã cedo, com dor por ter dormido de mal jeito.
Levanto, tomo banho e começo a me arrumar pro trabalho.

Tranco a porta do meu apartamento e do meu quarto, deixo Jasmim do lado de fora do quarto.

Ligo meu notebook e conecto a câmera.

Eu trabalho de Cam girl a algum tempo e oq os homens pagam é loucura. Quando eu comecei tinha 18 anos, eu tava sem emprego, desesperada não tinha a quem recorrer.
Mas depois de perceber o quanto eu podia ganhar comecei a ficar maluca e nunca mais quis sair.

Confesso que tenho oi pouco de medo de alguém hackear minhas contas oq é bem normal de acontecer, mas eu tentei me proteger o máximo quanto a isso...

Renata: olá daddy - digo me aproximando da câmera

...

Eram 15:06 quando eu terminei, troquei de roupa e tomei outro banho, eu não gosto muito desse trabalho, os homens são bem nojentos as vezes mas eu ganho muito bem e com a minha responsabilidade é o único que eu consigo durar.

Saio do meu apartamento e vou até o apartamento do Henry ver como ele está, parecia apavorado ontem. Tadinho, acho que ele nunca nem passou por nada parecido...

Bato na porta mas ninguém atende, lembro que ele deve estar no trabalho e provavelmente só irá voltar a noite. Revirou os olhos e resolvo voltar pra casa, era melhor eu não sair vai que a polícia ainda tá puta comigo. Provavelmente não porque eu só fugi de uma multa, eles nem devem lembrar mais de mim... Mas é melhor não arriscar

Acendo um cigarro e fico viajando pensando na vida

Como será que o Thiago tá? Não, não devo pensar naquele cuzão!
Eu conheço o Thiago desde muito tempo e ele me ajudou muito a me tornar uma garota esperta e ligada, eu nem sempre fui assim ele me ensinou a sobreviver nas ruas e eu sou grata a isso! Mas ele fudeu tanto o meu psicológico sempre que eu tô com ele é como se meu pior lado despertasse.

Droga, falei que não ia pensar nele e tô pensando agora...

Dou risada da minha contradição e meu celular vibra avisando que chegou mensagem.

Henry 🔥

- é melhor a gente parar de se falar, eu me diverti muito com você mas a gente, a nossa amizade, não vai dar certo.

-me desculpe

                                    Henry🔥 bloqueou você

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