🦇Cap 2 - A bela e desprotegida Velaris

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eu mal podia acreditar que a Velaris contada como um sonho, uma lenda entre os vilarejos por toda a extensão da corte noturna, meu lar , era real - tudo era real, ate mesmo o rio que era feito de estrelas estava ali, brilhando contra o sol escaldante

A cidade era movimentada e, apesar de estar agora na parte do porto, não tinha o cheiro de peixe morto ou qualquer nojeira costumeira, tinha cheiro de sal e mar, um pouco de vinho também. A maioria das pessoas nem se incomodavam com minha presença e aproveitei a distração pra conseguir algo. Ninguém parecia passar fome ou sede, definitivamente a cidade era próspera e "segura", eu senti a felicidade de cada um ali, a tranquilidade.

Subi no telhado de uma casa e fiquei ali observando. A movimentação no porto era grande, mas se acalmava ao entardecer, com a chegada da noite o rio que cortava a cidade inteira se iluminava, e as luzes das casas faziam com que se formasse uma paisagem arrebatadora.

Ao longe escutei música e alguns risos alterados, corri em direção a comoção entre os prédios e pude ver mais um pouco do cotidiano dos cidadãos de Velaris, todos alheios a pessoa que deixaram entrar na sua preciosa cidade.

Fiquei um bom tempo colhendo informações e vendo algum lugar pra ficar ou saquear, antes de entrar em uma sacada de um prédio aparentemente vazio algo me chama atenção, do lado contrário da comoção havia uma casa, na encosta da montanha, dela saíram dois machos com asas, illyrianos, com certeza.

Oque illyrianos faziam nesse local?

Não me parecia um local que gostariam de ficar, já que meu povo é conhecido por ser bruto e brigão, principalmente os machos.

Eles sobrevoaram os prédios e pararam bem a frente de um estabelecimento movimentado, foram recebidos por uma loira muito bonita e um ser pequeno, talvez uma fêmea mas não me parecia somente isso. Eles não poderiam me ver, já que estava muito bem escondida, quase uma sombra sob a varanda daquele apartamento vazio, porém eu os analisei, e conclui que se quisesse sair sem complicações dessa cidade feliz eu não poderia ser rastreada, não poderia ser vista por ninguém, afinal eles estavam inertes ao seu cotidiano e deveriam continuar assim.

†††††††

Amanheceu e decidi que teria 2 dias antes de voltar pra casa, então primeiro iria em busca de um tônico que ajudasse com a infecção de Elladan. Não poderia ser difícil
Em alguma horas consegui encontrar que me parecia ser uma loja bem pequena de remédios e encantamentos fui recebida por uma jovem simpática e esguia, pedi que me preparasse algo pra um machucado de freixo e ela me olhou preocupada

_ não estou ferida, é somente por precaução- disse tentando soar amável, como uma exímia moradora, a encenação apenas começando

uma atuação impecável eu diria

Ela assentiu e foi para dentro prepara-lo em quanto isso pulei o balcão e procurei dentre os potes de ingredientes algo que me fosse útil, a mesa de madeira antiga estava cheia de potes e ingredientes naturais e eu havia conseguido 3 dos 4 ingredientes que Solvir havia me passado, com o resto de esperança que nela havia para curar nosso irmão. Antes que a mocinha terminasse, voltei ao meu lugar e esperei calmamente olhando ao redor da loja

Ela me entregou e sorriu, peguei 2 moedas e dei a ela que simplesmente se negou

_ oh, não precisa, fiz com um resto de ingredientes que já estava acabando, não vai me dar prejuízo - falou esgueirando a cabeça pra tentar ver debaixo do capuz

_tudo bem então- disse e peguei o dinheiro de volta, ajeitei o capuz impedindo que ela me veja. quando estava saído da loja ela fala um pouco mais alto

DhaliaOnde histórias criam vida. Descubra agora