Capítulo 9

2K 229 146
                                    

Serkan Bolat...

Desde que Eda saiu da minha casa, estou com o coração apertado, como um pressentimento que algo de ruim poderia acontecer com ela. Ela já deveria ter chegado em casa e me avisado, mas nada ainda, sem notícias dela. Estou começando a me preocupar e decido ligar para ela.

Ligo uma
Duas
Três
Quatro vezes
E nada.

Estou cogitando a ideia de ir até sua casa, quando sinto meu celular vibrar no bolso. Fico aliviado pensando ser Eda para dizer que chegou bem, mas pelo contrário, é Engin me ligando.

- Engin? Tudo bem? - Pergunto assim que atendo.

Escuto Engin soltar um suspiro pesado e aparentemente tentando controlar um... choro?

- Engin, por favor, você está me deixando preocupado. - Digo.

- Serkan, você precisa vir urgente até o hospital. - Ele finalmente diz.

Sinto meu coração parar por alguns segundos, não é possível que seja ela, não, não pode ser ela...

- Serkan, está me ouvindo? - Ele pergunta.

Tento controlar meu desespero e pergunto:

- Aconteceu algo com a Eda?

- Irmão, aqui eu te explico. Só vem o mais rápido possível.

Ele diz e desliga, vou correndo até meu quarto trocar de roupa, minha mente trabalhando em milhares de possibilidades do que pode ter acontecido, mas não consigo imaginar nada. Única coisa que eu consigo pensar fixamente, é: em qual estado minha mulher está?

Será que ela está tão mal?

Será possível que eu posso perdê-la?

Não. Não! Eu não posso perder Eda, ela vai ficar bem, ela precisa ficar bem.

Com esses pensamentos em mente, vou o mais rápido possível até o hospital, quando chego lá avisto de longe a família de Eda. Vejo a senhora Asli chorando enquanto o marido tenta acalmá-la, mas consigo perceber que ele também está desesperado. Será que o estado dela é tão grave assim? Antes que eu consiga me aproximar, Engin vem na direção, com os olhos vermelhos de tanto chorar.

- Irmão, ainda bem que você chegou rápido. - Ele diz e se aproxima pra me abraçar.

- Engin, o que aconteceu? Qual o estado dela? - Pergunto, desesperado.

Engin solta um longo suspiro e parece procurar as palavras certas para me explicar e logo começa:

- Ela não parece estar muito bem, irmão.

Sinto meu coração parar no peito, meus olhos começam a lacrimejar e eu me recuso a chorar, não vou porque sei que a Eda vai sair dessa, ela vai voltar pra mim. Minha mulher precisa voltar para os meus braços.

Tento me focar em outra coisa e pergunto à Engin:

- O que aconteceu?

- Não sabemos exatamente o quê pode ter acontecido, são só suposições pelo estado do carro e como ela estava...

- Engin, me conta logo!

- Aparentemente alguém bateu no carro dela de propósito, justo no lado do motorista, quando a ambulância chegou o braço dela estava preso entre o banco e a porta, ela estava presa, por isso não conseguiu fugir. Quando cheguei lá, vi que a Eda foi baleada no peito. - Ele diz, deixando algumas lágrimas escorrerem pelo seu rosto.

Royal FlushOnde histórias criam vida. Descubra agora