Capítulo 42

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ATENÇÃO — ALERTA DE GATILHO!

Passando para avisar que ao longo do capítulo irão aparecer duas cartas que tem conteúdo sensível. Se você não se sentir confortável ou não quiser ler, é só pular as cartas que o resto do capítulo está tranquilo.

É isso, aproveitem a leitura. ;)

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Maya Y. Bolat...

Finalmente é hoje.

Nem posso acreditar.

Hoje Umüt — meu lindo e querido irmão gêmeo — e eu completamos 20 anos.

Desde que me entendo por gente, somos acostumados a fazer nossas festas juntos. Já vi história de diversos gêmeos que não gostavam de dividir absolutamente nada; festa, quarto, atenção. Mas posso dizer que eu e meu irmão somos uma linda excessão.

Eu sempre amei festa compartilhada, o momento em que apagamos as velas e fazemos os desejos que ninguém além que nós dois pode saber, é algo muito especial para mim.

Obviamente, não dividimos mais o quarto, mas fizemos isso durante longos anos. Mas não muda o fato de que toda vez que chove e troveja muito, eu apareço em seu quarto de madrugada, ele me abraça, fica fazendo carinho em meu cabelo até que eu esqueça os ruídos que me assustam desde criança e acabe pegando no sono.

Quanto a atenção, nunca tivemos problemas já que nossos pais, avós e tios sempre souberam dividir igualmente e não demonstram diferença de tratamento entre nós. Mas sabemos que os nossos queridos pais tem seu preferido e, sinceramente, nunca ligamos. Não é nenhuma novidade que eu sou a filhinha do papai e Umüt o filhinho da mamãe. Nós até gostamos desses cargos porque facilita muito a nossa vida quando queremos algo deles.

Olho para o meu irmão enquanto ele anda de um lado para o outro enlouquecendo a todos e penso em como eu tenho sorte de tê-lo comigo. Eu nunca tive dificuldade alguma em fazer amigos, mas Umüt sem sombra de dúvidas é e sempre será o meu melhor amigo. Nossa conexão é algo surreal e eu amo isso.

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Umüt Y. Bolat...

— Como diabos você pode estar tão calma assim? — Questiono a minha irmã, eu estou prestes a ter um colapso e a bonita está sentada bebendo seu vinho, agindo como se não tivesse nada errado. Sendo que claramente tem algo errado!

— Ah irmãozinho, eu apenas quero viver bastante ainda e não ter um ataque cardíaco aos 20 anos, e sinceramente você sabe que eu não me importo tanto assim. — Ela responde, levantando e vindo na minha direção.

— Não. — Digo, levantando a mão e a impedindo de se aproximar.

— O que foi? — Ela pergunta, fingindo uma falsa inocência.

— Você vai tentar fazer a minha mente para me acalmar, dizendo que estou levando tudo ao extremo e que não tem necessidade disso porque no fim vai ficar tudo bem, mesmo que não tenhamos a mesma definição de "tudo bem". — Explico, ainda andando de um lado para o outro.

— E porque isso seria um problema? — Ela pergunta, dessa vez realmente confusa.

— Porque eu quero continuar nervoso, Maya. Simples assim. — Respondo, com a cara fechada.

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