Capítulo 29

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Antes de começar, quero avisar que logo no pov da Eda vai ter uma cena que pode ser gatilho para muitas pessoas, então peço que se você for uma delas, por favor, pule!! 

ALERTA DE GATILHO: Tentativa de estupro.

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Eda Yıldırım...

Eu estou vivendo um pesadelo.

Consigo sentir o cheiro nojento de Efe perto — muito perto — de mim. Consigo sentir os lábios daquele desgraçado roçando a minha pele sensível do pescoço, sinto o olhar de predador que ele lança para cima de mim.

Se não me acharem logo ou se eu não conseguir uma forma de fugir, o maior trauma que ele me causou com uma tentativa, será realizado.

Eu sei que ele está me torturando, para ele isso é um jogo, na mente doentia dele nesse momento eu estou percebendo que não tenho saída e que serei dele por bem ou por mal. E o pior? Eu estou começando a acreditar nisso também.

Ele se afastou por um momento para conseguir encarar meu corpo por completo, logo caminha na minha direção novamente e sinto suas mãos tocando minhas coxas e subindo lentamente, um arrepio percorre pela minha espinha, mas não é um arrepio bom — que normalmente sinto com Serkan — é um arrepio de medo, de saber o que está por vir.

Estou completamente vulnerável nesse momento, presa em correntes e incapaz de me defender. Efe me conhece o bastante para saber que se deixasse qualquer brecha, eu seria capaz de sair, então estou presa em uma sala escura que só tem uma janela no alto, tão alto que eu não conseguiria alcançar, jogada em cima de uma cama e com as mãos e pés acorrentados, tornando o trabalho dele muito mais fácil.

Conforme a mão dele vai subindo, eu vou me debatendo com o resto de força que ainda me resta.

— É melhor ficar parada, princesa. Não irei te machucar... pelo menos não muito. — Ele ri. — Eu te avisei que você seria minha, agora se será a força ou não, depende de você.

— Você pode ter meu corpo, mas eu nunca serei sua. — Digo, com toda raiva que sinto.

Ele se aproxima mais, ficando com seu rosto a pouco centímetros do meu e sinto meu corpo todo tensionar.

— Você sempre foi minha, Eda. Nos perdemos no meio do caminho, mas podemos e voltaremos ao que éramos antes de tudo acontecer. — Ele diz.

— Você nunca será capaz de me fazer feliz, Efe. Serkan está impregnado em mim, ele me reinvidicou como dele e eu aceitei, tanto meu corpo; como alma e coração pertencem a ele e isso é algo que você nunca será capaz de mudar. Se quer meu corpo, vá em frente. Mas saiba que em todo o processo será nele que eu estarei pensando, é ele que eu estarei desejando que estivesse aqui. Você poderá lidar com isso? — Destilo o veneno torcendo que o afete o suficiente para que, ele precise se afastar para não me matar.

Mas, Efe é completamente instável e imprevisível. Ele leva suas mãos até meu pescoço e aperta o suficiente para que corte o meu ar, arregalo os olhos o encarando, mas me proíbo de fazer qualquer menção de desespero, ele não irá saber como isso tudo está me afetando.

— Ótima jogada, princesa. Mas isso só piorou as coisas para você mesma, eu irei arrancar Serkan de seu corpo e ocuparei o meu lugar por direito, lugar esse que aquele desgraçado me roubou. Sabe, querida? A essa altura o seu amado noivinho e Engin já devem estar mortos. — Ele sorri e sinto meus olhos ficando pesados, droga, estou prestes a desmaiar se ele não parar de me enforcar. — E sabe de quem é a culpa? Isso mesmo, princesa. A culpa é sua. Se eles estão mortos agora, é tudo por sua culpa. Se você tivesse me obedecido e feito o que lhe foi mandado, nada disso estaria acontecendo agora.

Royal FlushOnde histórias criam vida. Descubra agora