Capítulo 43

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Maya Y. Bolat...

Um jantar.

A porra de um jantar com um praticamente estranho.

Eu não acredito que concordei com isso. Onde diabos eu estava com a cabeça quando achei que isso seria uma boa ideia?

Meu pai vai infartar se descobrir, coitado.

E Umüt é capaz de tentar matar Erhan, considerando que já não foi com a cara dele desde o primeiro momento.

As vezes eu sou obrigada a concordar quando o meu irmão me chama de impulsiva e imprevisível... porque eu realmente sou!

— Eu ainda não acredito que você realmente concordou com isso. — Mel diz, tentando segurar o riso.

Sim, chamei minha melhor amiga para me ajudar com o surto que estou tendo nesse momento e tudo o que ela faz é piorar a situação.

— Melissa você não está me ajudando, porra. — Esbravejo.

— Tá bom, nervosinha. Agora não tem como voltar atrás, não é? Você não tem como se comunicar com ele e creio que não deixará o homem plantado te esperando. — Ela diz, dando de ombros.

Eu analiso a situação e devo admitir que parece ser interessante, penso seriamente em deixá-lo lá.

— Não mesmo, Maya! — Mel diz, percebendo a minha expressão.

— Argh, tudo bem. Pelo menos faça algo de útil e ajude a me arrumar. — Digo, contrariada.

— Alguém acordou com o pé esquerdo hoje. — Escuto uma voz vindo da porta do quarto e percebo que esqueci de fechá-la.

— Nem me fale, tia. Estou tendo que aguentar isso o dia todo. — Mel diz olhando para minha mãe.

— E qual seria o motivo desse estresse? — Minha mãe pergunta alternando o olhar entre nós duas.

— Tenho um encontro e não pensei muito bem quando marquei. — Respondo dando de ombros.

Eu nunca escondi nenhuma de minhas conquistas de minha mãe, posso até ser parecida com meu pai fisicamente, mas digamos que meu gênio é todinho de Eda Yıldırım — o que obviamente deixa meu pai e irmão loucos — ela sempre me acobertou em questão de encontros, conhecendo meu pai no dia em que ele descobrir que estou saindo com alguém, capaz de sofrer um infarto.

— E porque não desmarca? — Ela pergunta, simplesmente.

— Porque eu não tenho o número dele, mãe. Então ou eu vou, ou o deixo plantado lá. — Respondo.

— Eu o deixaria plantado. — Ela responde, dando de ombros.

— Tia! — Mel exclama.

Eu e minha mãe apenas rimos. Eu disse que sou igualzinha a ela.

— Mel não está deixando que eu faça isso. — Digo. — Também não tenho nada a perder indo. — Completo.

— Tudo bem então. Quero os detalhes depois, vou dizer a seu pai que vai sair com Mel. — Ela avisa e Mel assente, ela está acostumada a ser minha desculpa assim como sou a dela também.

— Ok mãe, obrigada.

— Não faça nada que eu não faria. — Ela diz, já caminhando até a porta. — Ou melhor, não faça nada que eu faria. — Ela se corrige.

Eu e Mel nos olhamos e gargalhamos. Eda Yıldırım realmente é uma figura.

Antes de fechar a porta, ela olha novamente para a gente e sorri.

Royal FlushOnde histórias criam vida. Descubra agora