Capítulo 11

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Ele foi ao armário buscar uns cobertores mesmo quentinhos e, como estava agarrada a ele. aqueci, mas, mesmo assim, continuava com algum frio. Cheguei-me mais ao George e aí fiquei mais quente. Ele tinha o braço dele à volta das minhas costas e a minha mão estava no peito dele. Sentia o coração do George a bater muito depressa, achei estranho, porque não era a primeira vez que estava tão perto dele e agarrada a ele e isso começou a preocupar-me. Não lhe perguntei nada por causa do Daniel, talvez mais tarde, mas a verdade é que começava a preocupar-me. Fui à casa de banho, passei para o quarto de solteiro, mandei mensagem à Jéssica a contar o que se tinha passado e voltei para o outro quarto.

                        - Daniel vou à casa de banho antes de dormir.- disse o George

      O Daniel voltou a agarrar-me, mas desta vez tentou ir mais longe, atirou-me para cima da cama e comecei a gritar pelo George. Tapou-me a boca e eu tentava tirar a mão dele da minha boca. Novamente o George foi a correr, tirou-o de cima de mim e empurrou-o para o meio do chão.

                        - Tu não voltas a fazer isso, percebes-te?

                        - Isso é o que vamos ver!

      Nesse momento ouvimos vozes do lado de fora e abriram a porta, era a polícia, os nossos pais, a Tatiana, o Marco, a Jéssica, o Pedro e os pais deles. Eu e o George fomos a correr para os nossos pais pedimos desculpa por aquilo e o Daniel foi levado pela polícia, provavelmente ia ao tribunal de menores, mas isso não era do meu interesse. Eles ajudaram-nos a pôr tudo no lugar e sentámo-nos a esclarecer tudo. Eles admitiram estar errados e pediram desculpa. Ficou tudo bem, apesar de ouvirmos um sermão por fugirmos de casa e depois sermos apanhados por um "guna", mas nada que não se resolvesse. Ainda conseguimos que os nossos pais nos deixassem passar a noite juntos em minha casa, para onde seguimos depois da conversa.

      Quando nos deixaram em minha casa, a minha irmã veio abraçar-me e, já com as lágrimas nos olhos, disse-me:

                        - Ainda bem que voltas-te mana! Estava cheia de saudades tuas!

                        - E eu tuas! Olha, eu e o Jorge vamos para o meu quarto. Amanhã falamos melhor sobre isso, sim?

                        - Sim!

      Subimos, deitei-me na cama, ele deitou-se ao meu lado e começou a fazer-me festinhas no cabelo.

                        - Olha, porquê tantas fotos nossas no quarto de solteiro da casa de férias dos teus pais?

                        - Isso...A minha mãe entra no meu quarto em minha casa e, se visse as fotos, pensava que era fanático por ti e imaginava logo coisas. E no outro quarto ela não entrava e então estão lá muitas fotos nossas.

                        - Hum...Posso fazer-te uma pergunta?

                        - Claro, achavas que não?

                        - Quando nós estávamos agarrados e com aqueles cobertores por cima, eu sentia o teu coração a bater mais depressa...Porque é que estavas assim?

                        - Eu sentia que tinha que te proteger dele, e sentia muito medo de ficar sem ti.

                        - E olha, desculpa ter aceite aquilo, mas é que...

                        - Tu não dormiste com ele, foi comigo, lembras-te?

                        - Sim, mas eu vi-te a chorar...

Amizade Diferente, Mas VerdadeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora