Capítulo 15

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- Estás linda Kat!

- Obrigada, e tu estás um príncipe!

- Olha, levamos o carrinho e a alcofa? No restaurante ele fica ao nosso lado no carrinho e durante o caminho fica na alcofa.

- Sim, acho que é melhor...

Esse dia, foi o dia do batizado do André.

Depois da cerimónia na Igreja, voltamos a casa para ir buscar uma coisa que nos esquecemos e que fazia muita falta, a chupeta. E seguimos para o mesmo restaurante onde tinha sido o nosso casamento. Convidamos na mesma os nossos amigos e os pais deles. O tempo não tinha mudado nada, nem mesmo a nossa amizade! Quem também convidamos foi o Rui, que levou a esposa.

Andava toda a gente a pegar no André e no meu primo, eles não se podiam queixar de falta de miminhos! O nosso passava a vida sossegado e no seu cantinho. Quando acordava, mantinha-se calado, com a chupeta na boca, a mexer nos cobertores e a mexer os pés, já o meu primo era muito chorão, qualquer coisa era motivo para chorar. Nessa altura agradeci por ele ser tão caladinho, só chorava quando a barriga dava horas ou quando era hora de mudar a fralda. E em comparação aos primeiros dias estava muito melhor. A avó do George veio à nossa beira e pegou no André.

- Ele não estava a dormir?- perguntei.

- Não, estava a mexer os pés.

- Normal.- disse eu enquanto dava uma risada.

- Ele é sempre assim?

- Sim. Quero dizer, nos primeiros dias chorava muito, agora passa a vida a abanar os pés.

- Então vai sair ao pai...

- E à mãe...- disse a minha mãe.- Desculpem estar a meter-me, mas não pude deixar de ouvir...

- Não faz mal. O meu neto também foi assim.

- E a minha filha.

Olhamos um para o outro e coramos.

- Até que quando cresceu nunca falava com ninguém e desde que se separou do Jorge fechou-se. Mas quando se viram outra vez começaram a falar mais.

- Foi o que aconteceu com ele...Ah, mas também sabe disso, até porque é muito amiga da minha filha. Ainda me lembro de quando passavam tardes juntas!- disse a avó do George.

- Sim, bons velhos tempos...!

- Mas sabe, eu acho que eles já gostavam um do outro desde pequenos e, quando se separaram, como não se tinham um ao outro, fecharam-se nos mundos deles.

- Também pensamos nisso...É um amor verdadeiro e imortal!

- O meu neto, passava a vida com as mãos frias, até metia impressão. A sua filha também era assim?

- Sim, como é que sabe?

- "Mãos frias, coração quente, amor para sempre."

- Uau...Nunca tinha pensado nisso...

- Mas é verdade.

O André começou a chorar, tivemos de ir alimentá-lo e aproveitamos e mudamos-lhe a fralda. Ao voltar, passamos pela mesa dos nossos amigos e falamos um pouco.

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⏰ Última atualização: May 26, 2015 ⏰

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