Capítulo 13

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Passaram-se dois meses, o Marco e a Jéssica já tinham uma casa para eles e já tinham ambos dezoito anos. Mas havia um problema que eu tinha que contar à Jéssica, ao Marco e principalmente ao George. Por isso, enquanto víamos televisão contei-lhe.

                       - George...- disse eu enquanto me chegava mais para o lado, de maneira a ficar de frente para ele.

                       - Diz amor.                                                 

                       - Eu tenho um pequeno problema...

                       - Sim...

                       - Como é que te hei-de contar isto?

                       - Amor, conta. Eu estou aqui para o bem e para o mal.

                       - Eu tenho...- corei.- Um atraso...

      Não respondeu e simplesmente colou em mim e com cara de espantado. Tudo isto aconteceu depois da aula da tarde. Ele levou-me até à farmácia mais próxima, ao primeiro nem sabia como pedir, mas depois disse que era para a minha mãe e deram-me um teste.

      Já em casa:

                       - Tenho medo...- disse eu nervosa.

                       - Não tenhas! Estou sempre aqui, mesmo que o resultado seja positivo!

                       - Obrigada.

      Ainda demorei um pouco. Mas quando saí não tinha nenhuma expressão definida no rosto, tinha o teste na mão e ia na direção do quarto.

                       - Então, qual é o resultado?

      Não lhe respondi e ele tirou-mo da mão.

                       - O que querem dizer os dois traços?

      Entrei no quarto, fechei a porta e ele não entrou.

                       - Kat, fala comigo.

                       - Deixa-me sozinha, por favor...

                       - Mas Kat...

                       - Por favor.

                       - Está bem, mas daqui a pouco venho falar contigo.

                       - Ok.

      Sentei-me na cama e comecei a chorar. Não me imaginava grávida, a minha barriga ia começar a crescer e as pessoas iam voltar a olhar para nós de lado. Estávamos no início do segundo período, toda a gente na escola ia olhar de lado. "E a minha mãe? E os pais do George?" pensei. Não tinha a certeza se queria dar um passo tão grande na minha vida. Os meus pensamentos foram-se quando bateram à porta.

                       - Entra.

      Entrou, fechou a porta e sentou-se ao meu lado, ainda com o teste.

                       - Ainda não me disseste o resultado...

                       - Sim, vamos ser pais...E agora?- comecei a chorar ainda mais.

Amizade Diferente, Mas VerdadeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora