Capítulo 7

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Chegamos à escola e tivemos furo aos primeiros noventa minutos e, como é óbvio, mantivemo-nos sempre juntos. Passado um pouco, a Jéssica ligou ao George. Quando ele desligou contou-me o que ela disse. O Marco tinha-se injetado segundo o médico e os testes mostraram isso mesmo. Ela contou que quando ouviu isso da boca do médico desatou a chorar. Ela disse ao George que nunca mais queria ver o Marco à frente dela. O meu namorado, disse-lhe para vir ter connosco à escola para falarmos melhor, e ela veio. Agarramo-nos logo a ela.

                        - Oh Jéssica não fiques assim!- dizia-lhe o George.

                        - Tu sabes o quanto estou magoada com ele? No dia em que me pede em namoro vai à casa de banho e injeta-se? Por favor...!

                        - Ei Jéssica, tem calma ok? Vai ficar tudo bem.- disse eu.

                        - Kat, e se não ficar? Eu nunca mais o vou perdoar, o que ele fez foi pura estupidez!

                        - Olha, eu e ela estivemos a falar e achamos muito estranho a rapariga da nossa turma estar lá e nesse mesmo dia acontecer isso...Ela é capaz de tudo para conseguir o que quer!

                        - Estás a querer dizer que lá por uma rapariga estar lá e fazer de tudo para ter o que quer agora é a culpada? Deixa de ser assim George!

                        - Olha uma coisa, tu, tal como eu, conheces muito bem o Marco, achas que ele era capaz disso?

                         - Sinceramente, depois disto sim!

                         - Olha responde-me com a mais pura verdade! Achas que ele era capaz de fazer isso? A verdade não te esqueças!

                         - Não...

                         - E vais acreditar mais numa pessoa que conheces ou numa que nem sabes nada sobre ela?

                         - Numa pessoa que conheço.

                         - E agora explica-me o porquê de estares assim por causa de uma coisa que ele pode nem ter feito!

                         - Os testes mostraram tudo! Diz-me o que me impede de acreditar nos testes?

                         - O vosso namoro, amor e amizade!

      Fez-se silêncio durante uns cinco minutos. Parecia que o George tocara na ferida. Ela simplesmente olhava para o chão e não dizia nem uma palavra. Talvez estivesse a pensar no que ele disse, porque ela confiava imenso no Marco e que motivo teria ela para desconfiar dele? Essa era a questão do momento. Mas depois ela acabou por quebrar o silêncio entre nós.

                         - Sim, mas os testes...

                         - O que têm?

                         - Foram feitos por um especialista...

                         - E? Pode ser especialista a enganar, tipo os políticos...

      Começamos todos a rir. Realmente de vez enquanto ele dizia cada uma que para umas pessoas pode não fazer sentido, mas para nós fazia. O telemóvel da Jéssica começou a tocar e ela foi buscá-lo.

Amizade Diferente, Mas VerdadeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora