Family

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- MARINETTE TOMOU uma taça do Soixante Quinze com espumante rosé que Gabriel Agreste fizera questão de que ela experimentasse, um pedido especial feito pelo Gabriel para a mestiça. “me lembra muito você, querida.” foi o que ele disse quando ela tomou o drink com gin, espumante rosé, açúcar e suco de limão.
   Tentou conter a agitação interna. Agora mais do que nunca, sentia-se confusa e perturbada, e, o mais preocupante, tentada.

   Não entendia como ele podia ser tão arrogante e irritante uma hora, e na outra tão meigo e sincero. Ela passara da vontade de o esbofetear à de ronronar ao sentir a carícia. O menor toque acendia nela uma fogueira de volúpia que ainda insistia em persistir. Imaginou o efeito que lhe causaria o toque dele, o corpo, e sentiu outra onda de calor percorrê-la.
   Não podia pensar em Adrien daquela forma. Ok, o sex appel de Adrien tinha surtido efeito desde que as barreiras de chefe e empregada tinham sido quebradas, mas não levara aquilo em contata. Nunca tinha alimentado a fantasia de que alguma coisa poderia acontecer entre os dois.

   A mente agora girava, flertavam com a possibilidade de — De que? De transarem uma vez? De terem um caso? Marinette tinha bom senso e sabia que isso era a única coisa que interessava para ele. Ela não queria um relacionamento, muito menos um relacionamento com um inegável mulherengo. Mas também não era o tipo de mulher que fazia sexo casual; nunca o fez. E não pretendia começar com o chefe...

   Contudo, o desejo era uma emoção perigosa. Vê-lo com o smoking foi o suficiente para deixá-la tonta e com a boca seca. A camisa branca e o paletó preto caindo com perfeição sobre os ombros. Ele estava incrível. Perto dele Nino Lahiffe parecia um playboyzinho e Simon Harrison um papai Noel corpulento. Adrien era bem mais alto que os outros dois, um colosso arrogante e deslumbrante capaz de destruir o mundo. Apenas Gabriel se aproximava de sua altura, apesar dos ombros curvados.

   O loiro passara a primeira parte da noite juntinho ao seu lado, encantador e solícito com todos obviamente, sob controle. Quando o Agreste entrou na luxuosa sala de estar, Adrien segurou Marinette pela cintura e praticamente grudou-a do seu lado. Sentia o calor da coxa atravessar o tecido fino do vestido, e isso foi mais do que o suficiente para arrepiar-se toda.
   Nunca ninguém tinha lhe despertado reações tão fortes. Não que tivesse muitas experiências. O pai de Hugo foi seu único namorado e embora gostasse muito da companhia, não sentia esse desesperado e impulsivo desejo carnal, como se alguém sedento encontrasse um oásis no deserto.
   Olhando de esguelha para Adrien, sentiu um desejo— uma necessidade— incontrolável de acariciá-lo, de sentir a barba por fazer, de verificar se os lábios eram tão macios quanto ela imaginava. De sentir seu corpo contra o dele e não saber onde um começava e o outro terminava...

   Ficou afogueada e tensa só de pensar. Adrien devia ter percebido, pois lançou um único e ardente olha antes de se dirigir a Simon Harrison.
   Sabia como a afetava, talvez até o quanto. O pensamento deveria a deixar envergonhada, mas ela também mexia com ele e sabia disso. Ele havia lhe confessado a atração naquela manhã, e, com certeza, a química não funcionária caso fosse só de sua parte.

Miss ChengOnde histórias criam vida. Descubra agora