Adrien Agreste

1.7K 184 55
                                    

❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁❁

- ADRIEN OBSERVOU o rosto espantado e lindo de Marinette, havia ponderado bastante sobre contar-lhe a verdade. Como evitar? Ela acabaria descobrindo sobre seus planos. Sabia que deveria pôr tudo em pratos limpos, mas decidiu adiar a revelação por saber, instintivamente, o que ela pensaria sobre sua decisão.

— Isso não tem nada a ver com a gente.

Ela assentiu, o rosto pálido, os olhos perdidos.

— Então tem a ver com o que?

— Com Agreste e comigo. É uma velha história.

— Então é vingança— constatou. Foi até a poltrona à frente da mesa e desabou. — Sempre foi por vingança.

— Justiça— corrigiu Adrien, cerrados os punhos.— Trata-se de justiça, Marin.

— Justiça em relação a quê? A quem? O que Gabriel Agreste fez de tão terrível para você, que ele nem sabe?

Ele a fitou por um tempo, o maxilar tão contraído que chegava a doer.

— Ele me fez. Me gerou.— esclareceu sem mais rodeios.

Marinette se espantou.

Gerou...— Balançou a cabeça devagar — Não entendi.

— Minha mãe era atendente em uma das boutiques no Reino Unido. Ele a seduziu e, quando ela engravidou, prometeu os céus e a terra à ela. Prometeu que se casaria com ela. Minha mãe voltou completamente iludida para casa, certa de que seu cavaleiro de armadura reluzente viria buscá-la, como tinham combinado.

   Marinette empalideceu.

— Mas ele nunca veio... ?

— Não. Minha mãe esperou sete anos. Sete anos. Insistia que ele apareceria. No início, ela me disse que recebia cartas. Promessas e rosas. E depois nada.— Engoliu em seco.— Sabe o que é crescer em um lugar como aquele como um bastardo? Minha mãe foi rotulada de vagabunda, e eu não era melhor. Transformaram nossas vidas em um inferno, e não tinha para onde fugir minha mãe não tinha dinheiro e continuava esperando Gabriel Agreste surgir montado em um cavalo branco.— A amargura o invadiu, a ânsia subindo pela garganta. Ele se levantou e, irrequieto começou a andar de norte a sul pela sala.

— E o que aconteceu depois de sete anos?— perguntou receosa, tão baixo que quase ela mesmo não conseguia ouvir.

   As memórias de embaralhavam na mente do loiro, em uma cacofonia de infelicidades.

— Minha mãe decidiu que não iria mais esperar e foi procurá-lo. Descobriu que ele voltaria ao Reino Unido, e foi até a casa dele em Doncaster. E me levou junto, uma viagem de dias só para encontrar com ele.

Miss ChengOnde histórias criam vida. Descubra agora